Características fenotípicas associadas à virulência e ao perfil de suscetibilidade aos antifúngicos em isolados clínicos do complexo Candida glabrata
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27065 |
Resumo: | Candida glabrata é um patógeno emergente nos hospitais públicos e privados brasileiros. Baseado em análises moleculares, Candida nivariensis e Candida bracarensis foram descritas como duas novas espécies filogeneticamente relacionadas à C. glabrata, formando o complexo C. glabrata. O objetivo deste trabalho foi estudar as características fenotípicas associadas à virulência e ao perfil de suscetibilidade aos antifúngicos em isolados clínicos previamente identificados como C. glabrata oriundos de pacientes com quadro de candidíase entre 1998 e 2015 em dois hospitais públicos no município do Rio de Janeiro. Um total de 92 isolados clínicos foi submetido à análise molecular com base na amplificação e sequenciamento da região ITS1-5.8S-ITS2 do DNA ribossomal. A produção de enzimas hidrolíticas foi avaliada em placas ou tubos contendo meios ou reagentes específicos e a formação de biofilme foi determinada pelo método do cristal violeta e pelo ensaio de redução do XTT. O perfil de suscetibilidade aos antifúngicos in vitro foi determinado pelo método da microdiluição em caldo (CLSI, M27-A3). Candida glabrata stricto sensu foi a espécie predominante (n=91), seguida por C. nivariensis (n=1) a qual foi pela primeira vez descrita no Brasil. C. bracarensis não foi encontrada neste estudo. Em geral, os isolados de C. glabrata stricto sensu foram bons produtores de catalase, aspártico protease, esterase, fitase e hemolisina. Entretanto, não foram detectadas atividades in vitro de caseinase e fosfolipase. Além disso, esses isolados foram capazes de formar biolfime. Todos os isolados de C. glabrata stricto sensu foram suscetíveis à 5-fluorocitosina Entretanto, esses isolados apresentaram resistência à anfotericina B (9,9%), fluconazol (15,4%), itraconazol (5,5%), caspofungina (8,8%) ou micafungina (15,4%). Alguns isolados foram classificados como tipo não-selvagem para o voriconazol (33,0%) e para o posaconazol (4,4%). Anfotericina B e micafungina foram mais eficazes do que o itraconazol e a fluorocitosina frente aos isolados clínicos de C. glabrata stricto sensu na presença do biofilme. Relações estatisticamente significativas foram encontradas (i) entre o perfil de suscetibilidade da micafungina e a produção de esterase, bem como entre o perfil de suscetibilidade do fluconazol, itraconazol, micafungina e a atividade hemolítica; e (ii) entre a produção de diferentes enzimas hidrolíticas, esterase e hemolisina, e a formação de biofilme (p<0,05). O isolado de C. nivariensis foi excelente produtor de aspártico protease e catalase, e um bom produtor de fitase, porém, nenhuma atividade in vitro foi detectada para as demais enzimas testadas. Este isolado também foi capaz de formar biofilme. O isolado de C. nivariensis foi suscetível à anfotericina B, caspofungina e 5-fluorocitosina, porém suscetível dose-dependente ao itraconazol e resistente ao fluconazol e à micafungina. Para voriconazol e posaconazol, este isolado foi classificado como tipo selvagem e tipo não-selvagem, respectivamente. Este estudo reforça o potencial de virulência dessas espécies e destaca o perfil de resistência de alguns isolados aos principais fármacos geralmente usados no tratamento da candidíase. |
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Carvalho, Maria Helena Galdino Figueiredo deOliveira, Rosely Maria ZancopePaes, Rodrigo de Almeida2018-06-25T11:52:28Z2018-06-25T11:52:28Z2017CARVALHO, Maria Helena Galdino Figueiredo de. Características fenotípicas associadas à virulência e ao perfil de suscetibilidade aos antifúngicos em isolados clínicos do complexo Candida glabrata. 2017. 168 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27065Candida glabrata é um patógeno emergente nos hospitais públicos e privados brasileiros. Baseado em análises moleculares, Candida nivariensis e Candida bracarensis foram descritas como duas novas espécies filogeneticamente relacionadas à C. glabrata, formando o complexo C. glabrata. O objetivo deste trabalho foi estudar as características fenotípicas associadas à virulência e ao perfil de suscetibilidade aos antifúngicos em isolados clínicos previamente identificados como C. glabrata oriundos de pacientes com quadro de candidíase entre 1998 e 2015 em dois hospitais públicos no município do Rio de Janeiro. Um total de 92 isolados clínicos foi submetido à análise molecular com base na amplificação e sequenciamento da região ITS1-5.8S-ITS2 do DNA ribossomal. A produção de enzimas hidrolíticas foi avaliada em placas ou tubos contendo meios ou reagentes específicos e a formação de biofilme foi determinada pelo método do cristal violeta e pelo ensaio de redução do XTT. O perfil de suscetibilidade aos antifúngicos in vitro foi determinado pelo método da microdiluição em caldo (CLSI, M27-A3). Candida glabrata stricto sensu foi a espécie predominante (n=91), seguida por C. nivariensis (n=1) a qual foi pela primeira vez descrita no Brasil. 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Relações estatisticamente significativas foram encontradas (i) entre o perfil de suscetibilidade da micafungina e a produção de esterase, bem como entre o perfil de suscetibilidade do fluconazol, itraconazol, micafungina e a atividade hemolítica; e (ii) entre a produção de diferentes enzimas hidrolíticas, esterase e hemolisina, e a formação de biofilme (p<0,05). O isolado de C. nivariensis foi excelente produtor de aspártico protease e catalase, e um bom produtor de fitase, porém, nenhuma atividade in vitro foi detectada para as demais enzimas testadas. Este isolado também foi capaz de formar biofilme. O isolado de C. nivariensis foi suscetível à anfotericina B, caspofungina e 5-fluorocitosina, porém suscetível dose-dependente ao itraconazol e resistente ao fluconazol e à micafungina. Para voriconazol e posaconazol, este isolado foi classificado como tipo selvagem e tipo não-selvagem, respectivamente. Este estudo reforça o potencial de virulência dessas espécies e destaca o perfil de resistência de alguns isolados aos principais fármacos geralmente usados no tratamento da candidíase.Candida glabrata is an emerging pathogen in public and private Brazilian hospitals. Based on molecular analysis, two new species phenotypically closely related to resemble C. glabrata have been described: Candida nivariensis and Candida bracarensis. This study evaluated the phenotypic characteristics associated with virulence and the antifungal susceptibility profile in clinical isolates previously identified as C. glabrata from patients with candidiasis between 1998 and 2015 in two public hospitals in the city of Rio de Janeiro. A total of 92 clinical isolates were submitted to molecular analysis based on the amplification and sequencing of the ribosomal DNA ITS1-5.8S-ITS2 region. The production of hydrolytic enzymes was evaluated in plates or tubes containing specific media or reagents and biofilm formation was evaluated by the crystal violet method and the XTT reduction assay. The in vitro antifungal susceptibility profile was determined by the broth microdilution method (CLSI, M2-A3). Candida glabrata stricto sensu was the predominant species (n = 91), followed by C. nivariensis (n = 1), which was for the first time described in Brazil. Candida bracarensis was not found in this study. Overall, C. glabrata stricto sensu isolates were good producers of catalase, aspartic protease, esterase, phytase, and hemolysin. No in vitro activities were detected for caseinase and phospholipase Moreover, these isolates were able to produce biolfim. All isolates of C. glabrata stricto sensu were susceptible to flucytosine. However, these isolates showed resistance to amphotericin B (9.9%), fluconazole (15.4%), itraconazole (5.5%), caspofungin (8.8%), or micafungin (15.4%). Some isolates were classified as non-wild-type for voriconazole (33.0%) and posaconazole (4.4%). Amphotericin B and micafungin were more effective than itraconazole and fluorocytosine against to clinical isolates of C. glabrata stricto sensu forming biofilms. Statistically significant correlations were identified between (i) micafungin minimum inhibitory concentration (MIC) and esterase production, as well as between fluconazole and micafungin MIC and hemolytic activity, and between amphotericin B MIC and phytase production, and between (ii) the production of different hydrolytic enzymes, esterase and hemolysin, and biofilm formation (p<0.05). The C. nivariensis isolate was an excellent producer of aspartic protease and catalase, and a good phytase producer. No in vitro activity was detected for the other enzymes tested. This isolate was also able to form biofilm, susceptible to amphotericin B, caspofungin and flucytosine, but susceptible dose-dependent to itraconazole, and resistant to fluconazole and micafungin. For voriconazole and posaconazole, this isolate was classified as wild type and non-wild type, respectively. This study reinforces the virulence potential of these species and highlights the resistance profile of some isolates to the main drugs commonly used for candidiasis management.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porCândidaAntifúngicosCandida glabrataBiofilmesCaracterísticas fenotípicas associadas à virulência e ao perfil de suscetibilidade aos antifúngicos em isolados clínicos do complexo Candida glabratainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2017Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27065/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALmaria_carvalho_ini_dout_2017.pdfapplication/pdf12451752https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27065/2/maria_carvalho_ini_dout_2017.pdf013fad1a745fd54310b64c8b7a729e47MD52TEXTmaria_carvalho_ini_dout_2017.pdf.txtmaria_carvalho_ini_dout_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain256238https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27065/3/maria_carvalho_ini_dout_2017.pdf.txtcca66ad7cbbcc332e4354a689f20b463MD53icict/270652018-08-15 03:34:50.238oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27065Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-08-15T06:34:50Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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