Avaliação dos efeitos do clotrimazol em modelo experimental de endometriose
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54836 |
Resumo: | A endometriose é uma desordem ginecológica estrogênio e angiogênese dependente caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os principais sintomas são dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia e infertilidade. O tratamento da endometriose pode ser cirúrgico ou farmacológico, que é baseado no alívio dos sintomas, provocando efeitos adversos e dificultando a adesão ao tratamento. A busca por novas terapias farmacológicas, que sejam efetivas no tratamento da endometriose torna-se necessária. O clotrimazol (CTZ) é um medicamento antimicótico utilizado no tratamento de Candida albicans e outras infecções fúngicas. Seus efeitos antiangiogênicos e sobre a inibição da proliferação de células endoteliais já são descritos na literatura. O CTZ também inibe a aromatase, principal enzima da via de produção do estrogênio. Dessa forma, o objetivo do estudo foi testar o CTZ na endometriose. Foram utilizadas ratas Wistar para estabelecimento do modelo experimental de endometriose, conforme aprovação pela Comissão de Ética no Uso de Animais. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle via oral e via intraperitoneal (IP), e tratados via oral e via IP com 0,02g/Kg/dia de CTZ. Após 15 dias de tratamento, realizamos análises macroscópica e histológica das lesões (coloração HE para avaliação a viabilidade da lesão), imunohistoquímica de VEGF e VEGFR-2 (avaliação do perfil angiogênico), ERα e aromatase (avaliação da produção de estrogênio local), citometria de fluxo para avaliar a quantidade de macrófagos ativos (F4/80 e MAC2+), ELISA para VEGF, PGE2, IL-10 (avaliação do perfil inflamatório), ELISA para avaliação dos níveis séricos de estrogênio. Análises hematológica, de função hepática (AST e ALT) e metabólica (glicose e insulina), peso corporal e peso do fígado foram realizadas para avaliação da toxicidade. Observou-se redução das lesões nos animais tratados com CTZ quando comparados aos controles, o que foi confirmado pela análise histológica, indicando atrofia e regressão das lesões. Observou-se uma menor marcação para VEGF, VEGFR-2, ERα e aromatase nos animais tratados comparados aos controles. Houve também redução na quantidade de macrófagos ativos, nas concentrações de VEGF, PGE2 e IL-10 no lavado peritoneal e nos níveis séricos de estrogênio nos animais tratados em comparação aos controles. Sugere-se então que o CTZ apresenta efeitos antiangiogênico, anti-inflamatório e supressor da produção de estrogênio em modelo experimental de endometriose, sem apresentar toxicidade, podendo ser um fármaco promissor no tratamento da doença. |
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Mendonça, Erika Menezes deMachado, Daniel EscorsimPerini, Jamila Alessandra2022-09-22T00:15:58Z2022-09-22T00:15:58Z2019MENDONÇA, Erika Menezes de. Avaliação dos efeitos do clotrimazol em modelo experimental de endometriose. 2019. 90 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2019.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54836A endometriose é uma desordem ginecológica estrogênio e angiogênese dependente caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os principais sintomas são dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia e infertilidade. O tratamento da endometriose pode ser cirúrgico ou farmacológico, que é baseado no alívio dos sintomas, provocando efeitos adversos e dificultando a adesão ao tratamento. A busca por novas terapias farmacológicas, que sejam efetivas no tratamento da endometriose torna-se necessária. O clotrimazol (CTZ) é um medicamento antimicótico utilizado no tratamento de Candida albicans e outras infecções fúngicas. Seus efeitos antiangiogênicos e sobre a inibição da proliferação de células endoteliais já são descritos na literatura. O CTZ também inibe a aromatase, principal enzima da via de produção do estrogênio. Dessa forma, o objetivo do estudo foi testar o CTZ na endometriose. Foram utilizadas ratas Wistar para estabelecimento do modelo experimental de endometriose, conforme aprovação pela Comissão de Ética no Uso de Animais. Os animais foram divididos em 4 grupos: controle via oral e via intraperitoneal (IP), e tratados via oral e via IP com 0,02g/Kg/dia de CTZ. Após 15 dias de tratamento, realizamos análises macroscópica e histológica das lesões (coloração HE para avaliação a viabilidade da lesão), imunohistoquímica de VEGF e VEGFR-2 (avaliação do perfil angiogênico), ERα e aromatase (avaliação da produção de estrogênio local), citometria de fluxo para avaliar a quantidade de macrófagos ativos (F4/80 e MAC2+), ELISA para VEGF, PGE2, IL-10 (avaliação do perfil inflamatório), ELISA para avaliação dos níveis séricos de estrogênio. Análises hematológica, de função hepática (AST e ALT) e metabólica (glicose e insulina), peso corporal e peso do fígado foram realizadas para avaliação da toxicidade. Observou-se redução das lesões nos animais tratados com CTZ quando comparados aos controles, o que foi confirmado pela análise histológica, indicando atrofia e regressão das lesões. Observou-se uma menor marcação para VEGF, VEGFR-2, ERα e aromatase nos animais tratados comparados aos controles. Houve também redução na quantidade de macrófagos ativos, nas concentrações de VEGF, PGE2 e IL-10 no lavado peritoneal e nos níveis séricos de estrogênio nos animais tratados em comparação aos controles. Sugere-se então que o CTZ apresenta efeitos antiangiogênico, anti-inflamatório e supressor da produção de estrogênio em modelo experimental de endometriose, sem apresentar toxicidade, podendo ser um fármaco promissor no tratamento da doença.Endometriosis is a gynecological disorder estrogen and angiogenesis dependent characterized by endometrial tissue outside the uterine cavity. The main symptoms are chronic pelvic pain, dysmenorrhea, dyspareunia and infertility. The treatment of endometriosis can be surgical or pharmacological, it bases which on the relief of the symptoms, provoking adverse effects and hindering adherence to the treatment. In this context, the search for new pharmacological therapies effective in the treatment of endometriosis becomes necessary. Clotrimazole (CTZ) is an antifungal medicine used to treat Candida albicans and other fungal infections. Its antiangiogenic effects and inhibition of endothelial cell proliferation are already described in the literature. CTZ also inhibits aromatase, the main enzyme in the estrogen production pathway. Thus, the aim of the study was to test CTZ in endometriosis. Wistar rats were used to establish the experimental endometriosis model, as approved by the Ethics Committee on Animal Use. It divided the animals into 4 groups: oral and intraperitoneal (IP) control group, and treated orally and IP group with 0.02 g/kg /day of CTZ. After 15 days of treatment, we performed macroscopic and histological analyzes of the lesions (HE staining for lesion viability evaluation), VEGF and VEGFR-2 immunohistochemistry (evaluation of the angiogenic profile), ERα and aromatase (evaluation of local estrogen production), flow cytometry to test the amount of active macrophages (F4/80 and MAC2 +), ELISA for VEGF, PGE2, IL-10 (evaluation of inflammatory profile), ELISA for the evaluation of serum estrogen levels. Hematologic analysis, liver function (AST and ALT) and metabolic (glucose and insulin), body weight and liver weight tests were performed for toxicity assessment. There was a reduction in lesions in CTZ-treated animals compared to controls, histological analysis confirmed which, indicating atrophy and regression of lesions. It observed lower labeling for VEGF, VEGFR-2, ERα and aromatase in treated animals compared to controls. There was also a reduction in the amount of active macrophages in the concentrations of VEGF, PGE2 and IL10 in the peritoneal lavage and serum levels of estrogen in treated animals compared to controls. In conclusion, CTZ has antiangiogenic, anti-inflammatory and suppressive effects of estrogen production in an experimental model of endometriosis, without presenting toxicity, and may be a promising drug in the disease's treatment.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEndometrioseTratamentoClotrimazolEstrogênioAngiogêneseInflamaçãoEndometriosisTreatmentClotrimazoleEstrogenAngiogenesisInflammationEndometrioseterapiaepidemiologiadiagnósticoClotrimazolEstrogêniosInflamaçãoExperimentação AnimalRatos WistarAvaliação dos efeitos do clotrimazol em modelo experimental de endometrioseEvaluation of the effects of Clotrimazole in experimental model of endometriosisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2019-06-28Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54836/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Erika_Menezes_Mendonça_ENSP_mest_2019.pdfapplication/pdf3935497https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/54836/2/ve_Erika_Menezes_Mendon%c3%a7a_ENSP_mest_2019.pdf7312c7ba5646d536ebcc8fd204587746MD52icict/548362022-09-21 21:15:59.81oai:www.arca.fiocruz.br:icict/54836Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-09-22T00:15:59Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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