Contribuição ao estudo da infecção pelos vírus da dengue tipo 1, 2 e 3, no Estado do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28523 |
Resumo: | Essa tese é composta de uma revisão da literatura que aborda aspectos históricos, da circulação desses arbovírus no mundo e no Brasil, informações sobre a epidemiologia e biologia molecular dos vírus Dengue e procura situar o estado atual do conhecimento relativo à imunopatogenia e às manifestações clínicas das diferentes formas de apresentação da doença. Quatro artigos descritos seguir são a principal contribuição: 1) Dengue virus surveillance: the co-circulation of DENV-1, DENV-2 and DENV-3 in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Esse artigo resulta da atividade de vigilância epidemiológica realizada em colaboração com Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz na área metropolitana do Rio de Janeiro, onde são caracterizadas 5.324 amostras de casos suspeitos de infecção por vírus dengue nos anos 2000-2001. Detectamos a circulação de DENV-1, DENV-2 e DENV-3. A técnica da reação em cadeia da polimerase após restrição sítio-específico demonstrou que os vírus DENV-1 e DENV-2 pertenciam aos mesmos genótipos das epidemias de 1986-1987 e 1990-1991, respectivamente. Em relação à DENV-3, confirma a circulação de cepa proveniente do subcontinente indiano. São também descritos sinais de maior gravidade associados à circulação de DENV-3, quando comparados à DENV-1 e DENV-2. 2) Inducible nitric oxide synthetase (iNOS) expression in monocytes during acute Dengue Fever in patients and during in vitro infection Esse artigo é uma contribuição original ao estudo do papel do óxido nítrico (NO) na resposta imune ao DENV-1. Observa-se a expressão de óxido nítrico sintetase induzível (iNOS) em monócitos de pacientes com febre da dengue, através da citometria de fluxo. A mesma metodologia detectou antígeno de vírus Dengue em monócitos humanos até 3 dias após infecção in vitro. Os monócitos apresentaram aumento da produção de iNOS, de maneira inversamente proporcional à redução do antígeno viral. Demonstramos que doadores de NO como o Nitroprussiato de Sódio, reduzem a detecção de antígeno viral pós-infecção, enquanto inibidores da produção de NO como a NG-metil L arginina aumentam a proporção de células C6/36 infectadas. Esses dados demonstram o papel dos monócitos na produção de NO, assim como a sua importância no controle da replicação viral. 3) Correlation of serum neopterin levels with disease severity in dengue patients. Esse artigo compara as dosagens séricas de neopterina em três momentos: fase aguda, defervescência da febre e convalescença, em três grupos de pacientes, i.e., pacientes com dengue grave, pacientes com febre da dengue e controles sadios, estabelece a cinética de neopterina nesses três grupos Demonstra que na fase aguda pacientes com dengue grave ou não apresentam níveis elevados de neopterina em relação aos controles, enquanto na convalescência os pacientes com dengue grave permanecem com níveis elevados. Na fase de defervescência definida como o intervalo entre 6-10 dias de doença observamos que, em especial nesse período, os pacientes graves podem ser discriminados dos casos de febre da dengue e dos controles sadios. Esses resultados demonstram pela primeira vez a cinética da neopterina em pacientes com diferentes níveis de gravidade de doença. 4) Aspectos clínicos e laboratoriais relacionados à introdução de Dengue 1, 2 e 3, no Estado do Rio de Janeiro. Esse estudo descreve as manifestações clínicas e laboratoriais observadas em três períodos epidêmicos, relacionados à introdução dos vii sorotipos endêmicos no Brasil. Demonstramos que com a introdução de DENV-2 e DENV-3, houve uma maior freqüência de manifestações clínicas associadas à gravidade como vômitos, dor abdominal e hemorragias, acompanhadas de alterações laboratoriais sugestivas de um comprometimento sistêmico maior, traduzido pela maior intensidade das alterações das provas de função hepática e trombocitopenia. O estudo da resposta imunológica demonstrou uma associação da resposta secundária com esse perfil de agravamento nas infecções por DENV-2, porém, no período de circulação de DENV-3, observamos uma maior freqüência de vômitos, dor abdominal, elevação de transaminases, leucopenia, trombocitopenia em pacientes com resposta imune primária. Esses dados confirmam o agravamento do perfil clínico e laboratorial da doença associada à introdução de DENV-2 e DENV-3 e demonstra o potencial patogênico de DENV-3, mesmo em infecções primárias por flavivírus. |
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Souza, Rogerio Valls deSerpa, Maria José de Andrada2018-09-01T01:24:43Z2018-09-01T01:24:43Z2008SOUZA, Rogerio Valls de. Contribuição ao estudo da infecção pelos vírus da dengue tipo 1, 2 e 3, no Estado do Rio de Janeiro. 2008. 115 f. Tese (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28523Essa tese é composta de uma revisão da literatura que aborda aspectos históricos, da circulação desses arbovírus no mundo e no Brasil, informações sobre a epidemiologia e biologia molecular dos vírus Dengue e procura situar o estado atual do conhecimento relativo à imunopatogenia e às manifestações clínicas das diferentes formas de apresentação da doença. Quatro artigos descritos seguir são a principal contribuição: 1) Dengue virus surveillance: the co-circulation of DENV-1, DENV-2 and DENV-3 in the State of Rio de Janeiro, Brazil. Esse artigo resulta da atividade de vigilância epidemiológica realizada em colaboração com Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz na área metropolitana do Rio de Janeiro, onde são caracterizadas 5.324 amostras de casos suspeitos de infecção por vírus dengue nos anos 2000-2001. Detectamos a circulação de DENV-1, DENV-2 e DENV-3. A técnica da reação em cadeia da polimerase após restrição sítio-específico demonstrou que os vírus DENV-1 e DENV-2 pertenciam aos mesmos genótipos das epidemias de 1986-1987 e 1990-1991, respectivamente. Em relação à DENV-3, confirma a circulação de cepa proveniente do subcontinente indiano. São também descritos sinais de maior gravidade associados à circulação de DENV-3, quando comparados à DENV-1 e DENV-2. 2) Inducible nitric oxide synthetase (iNOS) expression in monocytes during acute Dengue Fever in patients and during in vitro infection Esse artigo é uma contribuição original ao estudo do papel do óxido nítrico (NO) na resposta imune ao DENV-1. Observa-se a expressão de óxido nítrico sintetase induzível (iNOS) em monócitos de pacientes com febre da dengue, através da citometria de fluxo. A mesma metodologia detectou antígeno de vírus Dengue em monócitos humanos até 3 dias após infecção in vitro. Os monócitos apresentaram aumento da produção de iNOS, de maneira inversamente proporcional à redução do antígeno viral. Demonstramos que doadores de NO como o Nitroprussiato de Sódio, reduzem a detecção de antígeno viral pós-infecção, enquanto inibidores da produção de NO como a NG-metil L arginina aumentam a proporção de células C6/36 infectadas. Esses dados demonstram o papel dos monócitos na produção de NO, assim como a sua importância no controle da replicação viral. 3) Correlation of serum neopterin levels with disease severity in dengue patients. Esse artigo compara as dosagens séricas de neopterina em três momentos: fase aguda, defervescência da febre e convalescença, em três grupos de pacientes, i.e., pacientes com dengue grave, pacientes com febre da dengue e controles sadios, estabelece a cinética de neopterina nesses três grupos Demonstra que na fase aguda pacientes com dengue grave ou não apresentam níveis elevados de neopterina em relação aos controles, enquanto na convalescência os pacientes com dengue grave permanecem com níveis elevados. Na fase de defervescência definida como o intervalo entre 6-10 dias de doença observamos que, em especial nesse período, os pacientes graves podem ser discriminados dos casos de febre da dengue e dos controles sadios. Esses resultados demonstram pela primeira vez a cinética da neopterina em pacientes com diferentes níveis de gravidade de doença. 4) Aspectos clínicos e laboratoriais relacionados à introdução de Dengue 1, 2 e 3, no Estado do Rio de Janeiro. Esse estudo descreve as manifestações clínicas e laboratoriais observadas em três períodos epidêmicos, relacionados à introdução dos vii sorotipos endêmicos no Brasil. Demonstramos que com a introdução de DENV-2 e DENV-3, houve uma maior freqüência de manifestações clínicas associadas à gravidade como vômitos, dor abdominal e hemorragias, acompanhadas de alterações laboratoriais sugestivas de um comprometimento sistêmico maior, traduzido pela maior intensidade das alterações das provas de função hepática e trombocitopenia. O estudo da resposta imunológica demonstrou uma associação da resposta secundária com esse perfil de agravamento nas infecções por DENV-2, porém, no período de circulação de DENV-3, observamos uma maior freqüência de vômitos, dor abdominal, elevação de transaminases, leucopenia, trombocitopenia em pacientes com resposta imune primária. Esses dados confirmam o agravamento do perfil clínico e laboratorial da doença associada à introdução de DENV-2 e DENV-3 e demonstra o potencial patogênico de DENV-3, mesmo em infecções primárias por flavivírus.This thesis has an introduction with a review of the literature on the historical aspects of the spread of dengue virus in the World and Brazil. It brings information about the molecular biology and epidemiology of dengue virus as well as the current knowledge on immunopathogenesis and clinical features of the disease. However, the main contribution are the four studies that follow: 1) Dengue virus surveillance: the cocirculation of DENV-1, DENV-2 and DENV-3 in the State of Rio de Janeiro, Brazil. This study presents results obtained on the virological surveillance of dengue virus (DENV) transmission in the Metropolitan Region of the State of Rio de Janeiro, in the period 2000-2001. A total of 5324 serum samples were analyzed. The introduction of DENV-3 to the region in December 2000 resulted in the co-circulation of three serotypes: DENV-1, DENV-2 and DENV-3. Despite the introduction of a new serotype, an outbreak due to DENV-1 was observed in the city of Niteroi. The restriction sitespecific PCR patterns obtained for DENV-1 and DENV-2 isolated in that period showed that those strains belonged to the subtypes previously circulating in the state. DENV-3 RSS-PCR patterns confirmed that these viruses belonged to subtype C (Sri Lanka/India strains), represented by the strain circulating on the American continent. 2) Inducible nitric oxide synthetase (iNOS) expression in monocytes during acute Dengue Fever in patients and during in vitro infection. Mononuclear phagocytes are considered to be main targets for DENV. Nitric oxide (NO), usually produced by activated mononuclear phagocytes, has antimicrobial and antiviral activities The expression of DENV antigens and inducible nitric oxide synthase (iNOS) in human blood isolated monocytes were analyzed by flow cytometry using cells either from patients with acute Dengue Fever or after DENV-1 in vitro infection. DENV-1 susceptibility to iNOS inhibition and NO production was investigated using NG-methyl L-Arginine (NGMLA) as an iNOS inhibitor, which was added to DENV-1 infected human monocytes, and sodium nitroprussiate (SNP), a NO donor, added to infected C6/36 mosquito cell clone. Viral antigens after treatments were detected by flow cytometry analysis INOS expression in activated monocytes was observed patients with Dengue Fever and was absent in cells from healthy individuals. DENV antigens were observed early during in vitro infection, significantly diminished with time, indicating that virus replicated, however monocytes controlled the infection. On the other hand, the iNOS expression was detected at increasing frequency in in vitro infected monocytes, exhibiting an inverse relationship to DENV antigen expression. We demonstrated that the detection of the DENV-1 antigen was enhanced during monocyte treatment with NGMLA. This study is the first to reveal the activation of DENV infected monocytes based on induction of iNOS both in vivo and in vitro, as well as the susceptibility of DENV-1 to a NO production. 3) Correlation of serum neopterin levels with disease severity in dengue patients Recent reports have demonstrated increased neopterin concentrations during acute viral infections; in addition few studies tried to correlate neopterin level to the severity of dengue fever. We now demonstrated persistent higher neopterin levels in severe dengue when compared to classical dengue fever. Serial serum neopterin determinations may be a biological marker for the detection of severe dengue fever. 4) Clinical and laboratorial aspects related to the introduction of dengue virus 1, 2 and 3 in the State of Rio de Janeiro. This study describes clinical and laboratory aspects observed during three epidemics, related to the introduction of dengue virus serotypes presently endemic in Brazil. We demonstrated that with the introduction of DENV-2 and DENV-3, a higher frequency of severe manifestations such as vomiting, abdominal pain and hemorrhage as well as laboratory features suggestive of a more severe systemic compromising, translated by higher AST and ALT levels and thrombocytopenia were observed. The antibody response analysis revealed an association of previous described severe manifestations with secondary dengue, in cases with DENV-2 infection, but during the period of DENV-3 circulation, vomiting, abdominal pain, altered liver function tests, leucopenia and thrombocytopenia, were associated with a primary antibody response. These data confirm previous observations on DENV-3 virulence in primary infections.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDenguePatologiaSinais e SintomasEpidemiologiaImunologiaContribuição ao estudo da infecção pelos vírus da dengue tipo 1, 2 e 3, no Estado do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2008Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28523/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALrogerio_souza_ipec_dout_2008.pdfapplication/pdf1414984https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28523/2/rogerio_souza_ipec_dout_2008.pdfadf719c5b667e24c212d0c8fa68af3ccMD52TEXTrogerio_souza_ipec_dout_2008.pdf.txtrogerio_souza_ipec_dout_2008.pdf.txtExtracted texttext/plain259328https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28523/3/rogerio_souza_ipec_dout_2008.pdf.txte4273598c9386a2dce164a886854ad79MD53icict/285232018-09-01 16:26:44.505oai:www.arca.fiocruz.br:icict/28523Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-09-01T19:26:44Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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