O prescrito, o implementado e o possível: o processo de trabalho do núcleo de apoio à saúde da família no município do Rio de Janeiro
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38634 |
Resumo: | O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), dispositivo que completa 10 anos em 2018, ainda apresenta dissenso em relação ao que é prescrito para seu processo de trabalho dependendo do município de sua execução (CORREIA et al., 2017). No município do Rio de Janeiro (MRJ), o processo de trabalho da equipe NASF apresenta algumas peculiaridades em relação a sua implementação e sua organização. O objetivo do estudo é discutir o processo de trabalho do NASF no cenário da Estratégia de Saúde da Família do MRJ, por meio da descrição do prescrito para processo de trabalho do Núcleo e análise das percepções dos trabalhadores sobre a temática. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em uma unidade básica de saúde no MRJ no período de setembro de 2017 a fevereiro de 2018. Para a coleta dos dados, foram realizados dois grupos focais e uma entrevista conduzidos por roteiros semi estruturados. A pesquisa contou com a participação de 19 trabalhadores, incluindo representantes da equipe mínima, do NASF e da gestão central. A análise de dados tomou por referência a análise temática proposta por Minayo (2015). Assim, foram criados seis eixos: 1) Prescrito para o NASF; 2) NASF no MRJ; 3) Organização do processo de trabalho NASF; 4) Lógica de cuidado; 5) Desafios do trabalho NASF e 6) Potencialidade do trabalho NASF. Como resultado, o estudo aponta que o processo tardio de implantação do NASF no MRJ tem influência sobre a organização do seu processo de trabalho, atualmente baseado em uma agenda padrão. Além disso é influenciado por questões como: baixa cobertura NASF, rede de serviços da atenção secundária insuficiente, aspectos relacionais entre trabalhadores, complexidade do território atendido e modelo de gestão adotado. Os participantes da pesquisa, em sua maioria, reconhecem como positivo o apoio oferecido pelo Núcleo e a potência do instrumento para um olhar mais ampliado sobre o processo de saúde-doença, qualificando o processo de trabalho a partir do fortalecimento do saber coletivo.Conclusões/ConsideraçõesPor fim, o trabalho permitiu um olhar sobre o que é produzido pelo NASF para o serviço de saúde na atenção básica. Conclui-se que as questões que permeiam o processo de trabalho do NASF no MRJ apresentam semelhanças e particularidades em relação a outras experiências no país. Mesmo diante das contradições e dificuldades vividas, os trabalhadores NASF constroem ou desconstroem vias para uma prática de cuidado mais emancipadora e reflexiva. |
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Jesus, Juliana Giaj Levra deCerqueira, Annie Thayná AvelinoAlves, Felipe CardiaRocha, Harielle dos SantosSouza, Jaci Pinto deGuimarães, Raphael RodriguesBelo, Thayene de OliveiraSilva, Rondineli Mendes daLuiza, Vera Lucia2019-12-17T12:01:29Z2019-12-17T12:01:29Z2018JESUS, Juliana Giaj Levra de et al. O prescrito, o implementado e o possível: o processo de trabalho do núcleo de apoio à saúde da família no município do Rio de Janeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.978-85-85740-10-8https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38634O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), dispositivo que completa 10 anos em 2018, ainda apresenta dissenso em relação ao que é prescrito para seu processo de trabalho dependendo do município de sua execução (CORREIA et al., 2017). No município do Rio de Janeiro (MRJ), o processo de trabalho da equipe NASF apresenta algumas peculiaridades em relação a sua implementação e sua organização. O objetivo do estudo é discutir o processo de trabalho do NASF no cenário da Estratégia de Saúde da Família do MRJ, por meio da descrição do prescrito para processo de trabalho do Núcleo e análise das percepções dos trabalhadores sobre a temática. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em uma unidade básica de saúde no MRJ no período de setembro de 2017 a fevereiro de 2018. Para a coleta dos dados, foram realizados dois grupos focais e uma entrevista conduzidos por roteiros semi estruturados. A pesquisa contou com a participação de 19 trabalhadores, incluindo representantes da equipe mínima, do NASF e da gestão central. A análise de dados tomou por referência a análise temática proposta por Minayo (2015). Assim, foram criados seis eixos: 1) Prescrito para o NASF; 2) NASF no MRJ; 3) Organização do processo de trabalho NASF; 4) Lógica de cuidado; 5) Desafios do trabalho NASF e 6) Potencialidade do trabalho NASF. Como resultado, o estudo aponta que o processo tardio de implantação do NASF no MRJ tem influência sobre a organização do seu processo de trabalho, atualmente baseado em uma agenda padrão. Além disso é influenciado por questões como: baixa cobertura NASF, rede de serviços da atenção secundária insuficiente, aspectos relacionais entre trabalhadores, complexidade do território atendido e modelo de gestão adotado. Os participantes da pesquisa, em sua maioria, reconhecem como positivo o apoio oferecido pelo Núcleo e a potência do instrumento para um olhar mais ampliado sobre o processo de saúde-doença, qualificando o processo de trabalho a partir do fortalecimento do saber coletivo.Conclusões/ConsideraçõesPor fim, o trabalho permitiu um olhar sobre o que é produzido pelo NASF para o serviço de saúde na atenção básica. Conclui-se que as questões que permeiam o processo de trabalho do NASF no MRJ apresentam semelhanças e particularidades em relação a outras experiências no país. Mesmo diante das contradições e dificuldades vividas, os trabalhadores NASF constroem ou desconstroem vias para uma prática de cuidado mais emancipadora e reflexiva.Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. 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