A função apoio e a gestão estadual: entre encontros, afetos, trilhas, armadilhas e dobras - cartografias da saúde no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mattos, Tatiana Clarkson
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8621
Resumo: Esse trabalho é antes de tudo o desejo de registro das trilhas abertas pelo agrupamento da Atenção Básica na experimentação do Apoio no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro no período de 2007 a 2012. Em meio a escrita, se tornou também um anseio compreender no SUS as apostas e dobras no campo da gestão e da atenção desde sua proposição, os modelos de saúde em disputa. A primeira parte desse trabalho se debruça então sobre a aposta de alguns autores sobre os modos de produzir-se Saúde Pública, a proposta de uma reforma da reforma que coloca em questão o modelo sanitário, a importância da centralidade no usuário, a democratização da gestão, os espaços coletivos como modo de sustentar o movimento de fazer-se SUS, e ainda, o apoio enquanto método ou modo para tal. Sob essa direção, a produção mais recente de políticas de saúde que se propõem sobre escopo democrático e as armadilhas dos discursos ou teorias dissociadas da prática. Como fazer o SUS? Como construir esse corpo orgânico e vivo pulsante? Como possibilitar modos de ‘construção-contágio’, ‘construção-movimento’ com o outro, permitir encontros, afetos e produção de sentido, pertencimento, prazer, militância, política pública e saúde? A proposição da ‘função apoio’ e sua construção por um grupo da atenção básica no estado do Rio de Janeiro possibilita trazer as contradições e tensionamentos sobre o lugar da gestão estadual no SUS. Pode ser usado como dispositivo que vaza as tentativas de encarceramento em ‘nomes’ ou ‘lugares’, podendo produzir movimento e comprometimento na construção coletiva da saúde. O efeito “cocun” vitalizador. Por entre encontros, afetos, trilhas, armadilhas e dobras, o modo como a vida não se cansa de inventar maneiras, linhas de fuga e criação, máquinas de guerra, mas também de captura. A segunda e terceira parte deste trabalho apresenta o contexto da SES, seu processo de regionalização, a proposição do trabalho com o ‘apoio’ e seus desdobramentos. Para compreensão dos movimentos instaurados por meio dessa gestão estadual o contato com os documentos, relatórios, cursos, registros, memórias, diário de campo, assim como entrevistas com os gestores da saúde estaduais e municipais que relatam a história viva do SUS RJ abrindo reflexão sobre o campo das relações ‘estado-municípios’ nesses últimos anos. Essa escrita se quis cartográfica, mas talvez esteja mais para uma ‘carta náutica’ tecida através do alinhavo de uma ‘colcha de retalhos’, se é que exista método para tal. Ela é desejo de tracejo desses encontros, suas vozes e reverberações, disparadores de um processo de pesquisa em certa medida genealógico, mas em especial arqueológico desses retalhos. Por fim, a quarta e última parte, uma roda de conversa com os gestores municipais, a percepção por estes da aproximação do estado nesses últimos anos, em especial da presença das áreas técnicas pela proposta do Apoio, assim como as críticas sobre o processo paradoxal da regionalização realizada por esse estado, apontado como de despolitização dos espaços colegiados regionais, o que indica os 'novos' desafios de se fazer SUS no Rio de Janeiro.
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A primeira parte desse trabalho se debruça então sobre a aposta de alguns autores sobre os modos de produzir-se Saúde Pública, a proposta de uma reforma da reforma que coloca em questão o modelo sanitário, a importância da centralidade no usuário, a democratização da gestão, os espaços coletivos como modo de sustentar o movimento de fazer-se SUS, e ainda, o apoio enquanto método ou modo para tal. Sob essa direção, a produção mais recente de políticas de saúde que se propõem sobre escopo democrático e as armadilhas dos discursos ou teorias dissociadas da prática. Como fazer o SUS? Como construir esse corpo orgânico e vivo pulsante? Como possibilitar modos de ‘construção-contágio’, ‘construção-movimento’ com o outro, permitir encontros, afetos e produção de sentido, pertencimento, prazer, militância, política pública e saúde? A proposição da ‘função apoio’ e sua construção por um grupo da atenção básica no estado do Rio de Janeiro possibilita trazer as contradições e tensionamentos sobre o lugar da gestão estadual no SUS. Pode ser usado como dispositivo que vaza as tentativas de encarceramento em ‘nomes’ ou ‘lugares’, podendo produzir movimento e comprometimento na construção coletiva da saúde. O efeito “cocun” vitalizador. Por entre encontros, afetos, trilhas, armadilhas e dobras, o modo como a vida não se cansa de inventar maneiras, linhas de fuga e criação, máquinas de guerra, mas também de captura. A segunda e terceira parte deste trabalho apresenta o contexto da SES, seu processo de regionalização, a proposição do trabalho com o ‘apoio’ e seus desdobramentos. Para compreensão dos movimentos instaurados por meio dessa gestão estadual o contato com os documentos, relatórios, cursos, registros, memórias, diário de campo, assim como entrevistas com os gestores da saúde estaduais e municipais que relatam a história viva do SUS RJ abrindo reflexão sobre o campo das relações ‘estado-municípios’ nesses últimos anos. Essa escrita se quis cartográfica, mas talvez esteja mais para uma ‘carta náutica’ tecida através do alinhavo de uma ‘colcha de retalhos’, se é que exista método para tal. Ela é desejo de tracejo desses encontros, suas vozes e reverberações, disparadores de um processo de pesquisa em certa medida genealógico, mas em especial arqueológico desses retalhos. Por fim, a quarta e última parte, uma roda de conversa com os gestores municipais, a percepção por estes da aproximação do estado nesses últimos anos, em especial da presença das áreas técnicas pela proposta do Apoio, assim como as críticas sobre o processo paradoxal da regionalização realizada por esse estado, apontado como de despolitização dos espaços colegiados regionais, o que indica os 'novos' desafios de se fazer SUS no Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde.porGestão EstadualApoio InstitucionalAtenção BásicaRegionalizaçãoAdministração de Serviços de SaúdeAtenção Primária à SaúdeRegionalizaçãoA função apoio e a gestão estadual: entre encontros, afetos, trilhas, armadilhas e dobras - cartografias da saúde no Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2013-09-23Coordenação de Pós-GraduaçãoFundação Oswaldo Cruz. 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