Ambiente alimentar digital: estudo descritivo sobre o uso de aplicativos de entrega de comida pronta para consumo entre residentes da região metropolitana do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Botelho, Laís Vargas
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47349
Resumo: Introdução: Nos últimos cinco anos observou-se a popularização dos aplicativos de delivery de comida pronta para consumo. Essa nova forma de aquisição de comida, que integra o ambiente alimentar digital, torna a alimentação fora do lar mais acessível e conveniente, e possui particularidades que podem favorecer piores escolhas alimentares. Objetivos Descrever o perfil de usuários e as características de uso de aplicativos de delivery de comida pronta para consumo segundo a frequência de utilização de tais plataformas, antes e durante o distanciamento físico devido à pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo seccional com coleta de dados por questionário autopreenchível on-line realizado na região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). A amostragem se deu em duas etapas: (i) amostra aleatória estratificada por discentes e egressos da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro; (ii) amostra obtida por bola de neve virtual, pós-estratificada segundo sexo, faixa etária e escolaridade da população adulta da região. No software R Studio versão 4.0.3, foi feita análise descritiva em função do status e da frequência de uso de apps de delivery. Para verificar a significância estatística dos resultados foram avaliados os testes de MannWhitney, Kruskal-Wallis e McNemar, para os quais foi considerado um nível descritivo de 5%, bem como a não sobreposição dos intervalos de confiança. Resultados: O tamanho amostral alcançado na Amostra (i) foi igual a 324 e, na Amostra (ii), 986. A prevalência de uso de apps de delivery foi maior que 80% nas duas amostras. A frequência de uso mais prevalente foi 1 a 2 vezes por semana. Os usuários de apps eram majoritariamente mulheres, jovens entre 25 e 34 anos, com arranjo familiar composto por casal com ou sem filhos. O estado nutricional não se diferenciava segundo status e frequência de uso. Proporção maior de heavy users estava situada nos maiores quintis no escore de diversidade alimentar, e o oposto foi observado no escore de consumo de alimentos ultraprocessados. A principal ocasião de uso de apps era aos finais de semana e feriados. O almoço e o jantar eram mais relevantes para heavy users. O desejo de comer algo diferente era a principal motivação, e o preço, o critério de compra mais importante. A proporção de pessoas que pedia pelo menos uma preparação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados era mais alta do que a observada para pelo menos uma preparação baseada em alimentos ultraprocessados, mas o consumo de fast food e refrigerante por meio de apps era hegemônico. A pandemia de COVID-19 provocou aumento na frequência de compra. Fast food, refrigerantes, pizzas e hambúrgueres artesanais, comida oriental (exceto yakisoba) continuaram sendo os principais itens comprados, apesar da redução observada na proporção de pessoas que pediam comida oriental, fast food e refrigerante. Conclusão: O uso de aplicativos de delivery de comida é uma prática alimentar consolidada na RMRJ, mas contribui para uma parcela pequena do consumo total, visto que a frequência de uso pela maioria das pessoas é baixa. A frequência de uso foi independente do estado nutricional e heavy users apresentaram melhor qualidade de alimentação, em geral, e melhores escolhas alimentares em apps em comparação com usuários menos frequentes. O perfil de uso observado foi altamente congruente com as dimensões de disponibilidade e propaganda desse ambiente alimentar, caracterizadas como obesogênicas em estudos anteriores. A pandemia de COVID-19 mudou o padrão de compra em apps quanto à frequência e qualidade dos itens adquiridos, mas a melhoria observada foi modesta. Tanto que itens ultraprocessados permaneciam entre aqueles adquiridos por mais pessoas.
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spelling Botelho, Laís VargasCanella, Daniela SilvaCardoso, Letícia de Oliveira2021-05-24T21:09:09Z2021-05-24T21:09:09Z2021BOTELHO, Laís Vargas. Ambiente alimentar digital: estudo descritivo sobre o uso de aplicativos de entrega de comida pronta para consumo entre residentes da região metropolitana do Rio de Janeiro. 2021. 187 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47349Introdução: Nos últimos cinco anos observou-se a popularização dos aplicativos de delivery de comida pronta para consumo. Essa nova forma de aquisição de comida, que integra o ambiente alimentar digital, torna a alimentação fora do lar mais acessível e conveniente, e possui particularidades que podem favorecer piores escolhas alimentares. Objetivos Descrever o perfil de usuários e as características de uso de aplicativos de delivery de comida pronta para consumo segundo a frequência de utilização de tais plataformas, antes e durante o distanciamento físico devido à pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo seccional com coleta de dados por questionário autopreenchível on-line realizado na região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). A amostragem se deu em duas etapas: (i) amostra aleatória estratificada por discentes e egressos da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro; (ii) amostra obtida por bola de neve virtual, pós-estratificada segundo sexo, faixa etária e escolaridade da população adulta da região. No software R Studio versão 4.0.3, foi feita análise descritiva em função do status e da frequência de uso de apps de delivery. 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O almoço e o jantar eram mais relevantes para heavy users. O desejo de comer algo diferente era a principal motivação, e o preço, o critério de compra mais importante. A proporção de pessoas que pedia pelo menos uma preparação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados era mais alta do que a observada para pelo menos uma preparação baseada em alimentos ultraprocessados, mas o consumo de fast food e refrigerante por meio de apps era hegemônico. A pandemia de COVID-19 provocou aumento na frequência de compra. Fast food, refrigerantes, pizzas e hambúrgueres artesanais, comida oriental (exceto yakisoba) continuaram sendo os principais itens comprados, apesar da redução observada na proporção de pessoas que pediam comida oriental, fast food e refrigerante. Conclusão: O uso de aplicativos de delivery de comida é uma prática alimentar consolidada na RMRJ, mas contribui para uma parcela pequena do consumo total, visto que a frequência de uso pela maioria das pessoas é baixa. A frequência de uso foi independente do estado nutricional e heavy users apresentaram melhor qualidade de alimentação, em geral, e melhores escolhas alimentares em apps em comparação com usuários menos frequentes. O perfil de uso observado foi altamente congruente com as dimensões de disponibilidade e propaganda desse ambiente alimentar, caracterizadas como obesogênicas em estudos anteriores. A pandemia de COVID-19 mudou o padrão de compra em apps quanto à frequência e qualidade dos itens adquiridos, mas a melhoria observada foi modesta. Tanto que itens ultraprocessados permaneciam entre aqueles adquiridos por mais pessoas.Introduction: Over the past five years, ready-to-eat food delivery apps have become more popular. This new method of food acquisition, which is a dimension of the digital food environment, increases accessibility and convinience of food prepared away from home, and its particularities can favor worse food choices. Objectives: This study aimed to describe ready-to-eat food delivery apps users and the characteristics of the use profile according to the frequency of use of such platforms, before and during physical distancing due to the COVID-19 pandemic. Methods: This is a cross-sectional study with data collection by online self-administered questionnaire carried out in the metropolitan region of Rio de Janeiro (MRRJ). The sample design was based in two stages: (i) random sample stratified by students and graduates of the Oswaldo Cruz Foundation in Rio de Janeiro; (ii) sample obtained by virtual snowball, post-stratified according to sex, age group and education of the adult population in the region. The statistical analysis was conducted using R Studio version 4.0.3. A descriptive analysis was performed according to the status and frequency of use of delivery apps. To verify the statistical significance of the results, the Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and McNemar tests were performed at a 5 % significance level, as well as the non-overlapping of the confidence intervals. Results: Sample (i) reached a sample size equal to 324, and Sample (ii), 986. The prevalence of food delivery apps use was greater than 80% in both samples. The most prevalent frequency of use was 1 to 2 times a week. The users of delivery apps were mostly women, young people aged between 25 and 34 years old, were part of a family arrangement composed by a couple with or without children. Nutritional status did not differ according to use and frequency of use. The largest proportion of heavy users was located in the highest fifths in the food diversity score, and the opposite was observed in the consumption of ultra-processed foods (UPF) score. The main occasion for using apps was on weekends and holidays. Lunch and dinner were more relevant among heavy users than among those in lower frequencies of use. The desire to eat something different was the main motivation, and price, the most important buying criterion. The proportion of people who requested at least one culinary preparation based on fresh or minimally processed foods (FMPF) was higher than that observed for at least one culinary preparation based on UPF, but the consumption of fast food and soft drinks through apps was hegemonic. The COVID-19 pandemic caused an increase in the frequency of purchases. Fast food, soft drinks, artisanal pizzas and hamburgers, oriental food (except for yakisoba) continued to be the main items purchased, despite a reduction in the proportion of people who ordered oriental food, fast food and soft drinks. Conclusion: The use of food delivery applications is a consolidated food practice in MRRJ, but contributes to a small portion of total food consumption, given that most people use ir at low frequencies. The frequency of use was independent of nutritional status and heavy users had healthier eating, in general, and better food choices in apps compared to less frequent users. The observed usage profile was highly congruent with the dimensions of availability and advertising of this food environment, characterized as obesogenic in previous studies. The COVID-19 pandemic changed the pattern of purchase in applications regarding the frequency and quality of the items purchased, but this improvement was only modest and ultra-processed preparations and drinks remained being the items purchased by a greater proportion of people.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEntrega de ComidaAmbiente AlimentarAmbiente Alimentar DigitalAplicativos MóveisCOVID-19Inquérito EletrônicoFood DeliveryFood EnvironmentDigital Food EnvironmentMobile ApplicationsCOVID-19Web surveyServiços de AlimentaçãoAplicativos MóveisInfecções por CoronavirusAlimentosInquéritos e QuestionáriosAlimentos IndustrializadosComércio EletrônicoAmbiente alimentar digital: estudo descritivo sobre o uso de aplicativos de entrega de comida pronta para consumo entre residentes da região metropolitana do Rio de JaneiroDigital food environment: a descriptive study on the use of ready-to-eat food delivery applications among residents of the metropolitan region of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021-03-31Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47349/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALlais_vargas_botelho_ensp_mest_2021.pdfapplication/pdf3679981https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47349/2/lais_vargas_botelho_ensp_mest_2021.pdf3b4d6cc1d38eea92fbc6012c52b5773cMD52TEXTlais_vargas_botelho_ensp_mest_2021.pdf.txtlais_vargas_botelho_ensp_mest_2021.pdf.txtExtracted texttext/plain409541https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/47349/3/lais_vargas_botelho_ensp_mest_2021.pdf.txt63771c9bc6218a8e8778a04281943ab7MD53icict/473492023-08-03 09:58:47.733oai:www.arca.fiocruz.br:icict/47349Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-08-03T12:58:47Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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