Genotoxicidade em floricultores da região serrana do Rio de Janeiro: uso do teste de micronúcleo na mucosa oral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hoshi, Lyssa
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2438
Resumo: Este trabalho avaliou os possíveis efeitos genotóxicos dos agrotóxicos na população floricultora de Nova Friburgo, RJ através do teste de micronúcleo de células exfoliativas da mucosa oral. A população exposta ocupacionalmente e não-ocupacionalmente aos agrotóxicos, composta por 80 indivíduos, participou preenchendo um questionário e fornecendo amostras celulares do epitélio bucal. As lâminas foram tratadas seguindo a metodologia Feulgen-Fastgreen, codificadas e avaliadas quanto a presença de micronúcleo (MN), broken egg (BE), binucleação (Bi) e fragmentação (Fr). Não foi encontrada diferença significativa entre expostos e não-expostos ocupacionais. A freqüência média das anormalidades nucleares desta população foi MN: 0,08±0,1; BE: 0,05±0,14; Bi: 0,86±0,57; Fr: 0,05±0,11. Não houve nenhum tipo de associação entre a frequência de micronúcleos e as variáveis fumo, bebida, sexo, idade, tempo de exposição e dieta, porém, verificou-se que o fato de as pessoas sentirem cheiro de agrotóxicos em sua casa, independente de trabalhar ou não com os agrotóxicos, apresentou uma concentração maior de MN com p-valor de 0,05. A utilização de equipamento de proteção individual diminui ligeiramente (ausência de significância) a freqüência de MN entre os expostos. A diversidade de agrotóxicos que os trabalhadores manipulam, a ausência de um grupo controle adequado, predisposição genética, diferenças nos graus e rotas de exposição, utilização de EPI de forma adequada, são fatores comuns que dificultaram uma análise de genotoxicidade neste estudo. Desta maneira, maiores investigações são necessárias para melhor compreensão da saúde desta população.
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As lâminas foram tratadas seguindo a metodologia Feulgen-Fastgreen, codificadas e avaliadas quanto a presença de micronúcleo (MN), broken egg (BE), binucleação (Bi) e fragmentação (Fr). Não foi encontrada diferença significativa entre expostos e não-expostos ocupacionais. A freqüência média das anormalidades nucleares desta população foi MN: 0,08±0,1; BE: 0,05±0,14; Bi: 0,86±0,57; Fr: 0,05±0,11. Não houve nenhum tipo de associação entre a frequência de micronúcleos e as variáveis fumo, bebida, sexo, idade, tempo de exposição e dieta, porém, verificou-se que o fato de as pessoas sentirem cheiro de agrotóxicos em sua casa, independente de trabalhar ou não com os agrotóxicos, apresentou uma concentração maior de MN com p-valor de 0,05. A utilização de equipamento de proteção individual diminui ligeiramente (ausência de significância) a freqüência de MN entre os expostos. A diversidade de agrotóxicos que os trabalhadores manipulam, a ausência de um grupo controle adequado, predisposição genética, diferenças nos graus e rotas de exposição, utilização de EPI de forma adequada, são fatores comuns que dificultaram uma análise de genotoxicidade neste estudo. Desta maneira, maiores investigações são necessárias para melhor compreensão da saúde desta população.This study analyzed possible genotoxic effects of pesticides in a flower producer’s population of Nova Friburgo municipality, Rio de Janeiro State, through micronucleus test in exfoliative cells of the oral mucosa. The participants exposed occupationally and nonoccupationaly to pesticides, comprising 80 individuals, took part in the study filling out a structured questionnaire and providing samples of the oral epithelium. Slides were processed following the Feulgen-Fastgreen method, coded and analyzed for the presence of micronucleus (MN), broken egg (BE), bi-nucleation (Bi) and fragmentation (Fr). There was no significant difference between direct and non-exposed occupational individuals. The average frequency of nuclear abnormalities of this population was MN: 0.08 ± 0.1, BE: 0.05 ± 0.14, Bi: 0.86 ± 0.57; Fr: 0.05 ± 0.11. There was any kind of association between the frequency of micronuclei and smoke, drink, sex, age, exposure time and diet variables. However, people who detected smell of pesticides in their homes, regardless of using or not pesticides in their work, showed a higher concentration of MN with p-value of 0.05. The use of personal protective equipment reduces slightly (but it is not significant) the frequency of MN between the exposed. The diversity of pesticides manipulated by workers, the lack of an appropriate control group, genetic predisposition, differences in exposure degrees and routes, appropriate use of PPE, are common factors that hampered a genotoxic analysis in this study. In this way, more investigations are necessary to better comprehend this population’s health.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porGenotoxicidadeTrabalhadores RuraisPraguicidas/efeitos adversosPraguicidas/toxicidadeMicronucleusPesticidesGenotoxicityFlower producersRural workersGenotoxicidadeTrabalhadores RuraisPraguicidas/efeitos adversosPraguicidas/toxicidadeTestes para MicronúcleosExposição OcupacionalBrasilAnálise Citogenética/utilizaçäoMicronúcleoAgrotóxicosGenotoxicidadeFloricultoresTrabalhador ruralGenotoxicidade em floricultores da região serrana do Rio de Janeiro: uso do teste de micronúcleo na mucosa oralGenotoxicity in flower growers in the mountainous region of Rio de Janeiro: use of micronucleus test in oral mucosainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaMestradoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdfve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdfapplication/pdf389263https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2438/1/ve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdf5cf11633c2b57df09d33b60272df1654MD51TEXTENSP_Dissertação_Hoshi_Lyssa.pdf.txtENSP_Dissertação_Hoshi_Lyssa.pdf.txtExtracted texttext/plain88102https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2438/4/ENSP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Hoshi_Lyssa.pdf.txt473e1406834eabccbd70cf5a4df25747MD54ve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdf.txtve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdf.txtExtracted texttext/plain88102https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2438/5/ve_Lyssa_Hoshi_ENSP_2009.pdf.txt473e1406834eabccbd70cf5a4df25747MD55THUMBNAILENSP_Dissertação_Hoshi_Lyssa.pdf.jpgENSP_Dissertação_Hoshi_Lyssa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg852https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/2438/3/ENSP_Disserta%c3%a7%c3%a3o_Hoshi_Lyssa.pdf.jpg4905dafe14a44b73fd4ef50b33c433ccMD53icict/24382023-01-19 14:52:27.353oai:www.arca.fiocruz.br:icict/2438Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:52:27Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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