Perfil epidemiológico dos contatos de casos de hanseníase em área hiperendêmica na Amazônia do Maranhão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Kamila Karla de Castro
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Costa, Jackson Mauricio Lopes, Barral, Aldina Maria Prado, Caldas, Arlene de Jesus Mendes, Corrêa, Rita da Graça Carvalhal Frazão, Aquino, Dorlene Maria Cardoso de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9799
Resumo: Estudo transversal com objetivo de descrever o perfil epidemiológico dos contatos intradomiciliares dos casos de hanseníase no município de Buriticupu – MA. Estudaram-se 294 contatos, utilizou-se um questionário sobre a situação socioeconômica e demográfica e formulário padronizado para o exame físico. Observou-se predomínio de solteiros (68,7%), gênero feminino (54,1%), cor parda (78,6%), menores de 10 anos (39,5%), estudantes (37,1%) e com renda familiar inferior a um salário mínimo (50,7%). Os contatos residiam em casa própria (86,3%), de alvenaria (48,0%), 3 a 5 moradores (50,7%), mais de três cômodos (84,9%), destino dos dejetos em fossa negra (58,9%), queimavam o lixo (64,4%) e utilizavam água da rede pública (35,6%). Todos possuíam energia elétrica e em 49,3% dos domicílios apenas uma pessoa estava trabalhando. Em 60,5% dos contatos foi encontrada a cicatriz da 1ª dose da BCG, 29,3% a cicatriz da 2ª dose, 23,3% a forma dimorfa, 21,9% a forma indeterminada, 19,2% a tuberculoide e 9,6% a forma virchowiana. Quanto aos casos não classificados, 75,0% eram paucibacilares e 25,0% multibacilares. Conclui-se que as precárias condições socioeconômicas e ambientais associadas à qualidade das ações de vigilância epidemiológica podem estar contribuindo para o aumento dos casos de hanseníase.
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Os contatos residiam em casa própria (86,3%), de alvenaria (48,0%), 3 a 5 moradores (50,7%), mais de três cômodos (84,9%), destino dos dejetos em fossa negra (58,9%), queimavam o lixo (64,4%) e utilizavam água da rede pública (35,6%). Todos possuíam energia elétrica e em 49,3% dos domicílios apenas uma pessoa estava trabalhando. Em 60,5% dos contatos foi encontrada a cicatriz da 1ª dose da BCG, 29,3% a cicatriz da 2ª dose, 23,3% a forma dimorfa, 21,9% a forma indeterminada, 19,2% a tuberculoide e 9,6% a forma virchowiana. Quanto aos casos não classificados, 75,0% eram paucibacilares e 25,0% multibacilares. Conclui-se que as precárias condições socioeconômicas e ambientais associadas à qualidade das ações de vigilância epidemiológica podem estar contribuindo para o aumento dos casos de hanseníase.Descriptive transversal study, with the objective of describing the epidemiological profile of household contacts of Hansen’s disease cases in the city of Buriticupu – MA. The study involved 294 contacts and the data was collected through interview by means of a questionnaire. The results showed the predominance of single persons (68,7%), of the female gender (54,1%), of brown people (78,6%), aged between 0 a 10 years old (39,5%), who were students (37,1%), and whose familiar income was lower than a minimum income standard (50,7%). From the contacts, 32,9% lived in a house made of clay and 58,9% had a black latrine as the destination of the human waste. About the living conditions: 64,4% burned the garbage as a way of disposal and 35,6% used water from the public supplies. Everyone had access to electric energy and 86,3% owned the house they lived in. The majority of the houses (50,7%) were inhabited by three to five persons, 84,9% of the residences had more than three rooms and 47,9% of them had two persons living in the same room. In 49,3% of the households just one person worked. 60,5% of the contacts have had the first dose of the BCG vaccine and 23,3% of the cases presented the dimorphic form. The conclusion was that the hyperendemicity associated with the poor socio-economic and environmental conditions may increase the risk of sickness of the contacts of Hansen’s disease cases.Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilUniversidade Federal do Maranhão. Departamento de Enfermagem. São Luis, MA, BrasilUniversidade Federal do Maranhão. Departamento de Enfermagem. São Luis, MA, BrasilUniversidade Federal do Maranhão. Departamento de Enfermagem. São Luis, MA, BrasilporAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaHanseníasePerfil epidemiológicoContactantesHansen’s diseaseEpidemiological profileContactsPerfil epidemiológico dos contatos de casos de hanseníase em área hiperendêmica na Amazônia do MaranhãoEpidemiological profile of the contacts of Hansen´s disease cases in a hyperendemic area in Maranhão’s Amazon, Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82352https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9799/1/license.txtafbdf7d7a9bcf771a1cc7edf5f618413MD51ORIGINALLeite K K C Perfil epidemiologico....pdfLeite K K C Perfil epidemiologico....pdfapplication/pdf160238https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9799/2/Leite%20K%20K%20C%20Perfil%20epidemiologico....pdf9f83926efb3972f5ba9032d63dc77012MD52TEXTLeite K K C Perfil epidemiologico....pdf.txtLeite K K C Perfil epidemiologico....pdf.txtExtracted texttext/plain39416https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9799/3/Leite%20K%20K%20C%20Perfil%20epidemiologico....pdf.txtc6df958d55289238475c98b7fd6da943MD53icict/97992023-03-15 14:33:06.674oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9799Q0VTU8ODTyBOw4NPLUVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKQ0VERSBlIFRSQU5TRkVSRSwgdG90YWwgZSBncmF0dWl0YW1lbnRlLCDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVosIGVtIGNhcsOhdGVyIHBlcm1hbmVudGUsIGlycmV2b2fDoXZlbCBlIE7Dg08gRVhDTFVTSVZPLCAKdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08gQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcyAKZGUgdm96IGUgaW1hZ2VtIHZpbmN1bGFkb3Mgw6AgT0JSQSwgZHVyYW50ZSB0b2RvIG8gcHJhem8gZGUgZHVyYcOnw6NvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZW0gcXVhbHF1ZXIgaWRpb21hIGUgZW0gdG9kb3Mgb3MgcGHDrXNlczsKICAgICAgICAKQUNFSVRBIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gdG90YWwgbsOjbyBleGNsdXNpdmEsIHBlcm1hbmVudGUgZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXMgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIApkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciAKbWVpbyBvdSB2ZcOtY3VsbywgaW5jbHVzaXZlIGVtIFJlcG9zaXTDs3Jpb3MgRGlnaXRhaXMsIGJlbSBjb21vIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHJlcHJvZHXDp8OjbywgZXhpYmnDp8OjbywgZXhlY3XDp8OjbywgZGVjbGFtYcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgCmFycXVpdmFtZW50bywgaW5jbHVzw6NvIGVtIGJhbmNvIGRlIGRhZG9zLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBkaWZ1c8OjbywgZGlzdHJpYnVpw6fDo28sIGRpdnVsZ2HDp8OjbywgZW1wcsOpc3RpbW8sIHRyYWR1w6fDo28sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyAKb2JyYXMgb3UgY29sZXTDom5lYXMsIHJldXRpbGl6YcOnw6NvLCBlZGnDp8OjbywgcHJvZHXDp8OjbyBkZSBtYXRlcmlhbCBkaWTDoXRpY28gZSBjdXJzb3Mgb3UgcXVhbHF1ZXIgZm9ybWEgZGUgdXRpbGl6YcOnw6NvIG7Do28gY29tZXJjaWFsOwogICAgICAgIApSRUNPTkhFQ0UgcXVlIGEgY2Vzc8OjbyBhcXVpIGVzcGVjaWZpY2FkYSBjb25jZWRlIMOgIEZJT0NSVVogLSBGVU5EQcOHw4NPIE9TV0FMRE8gQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3JpemFyIHF1YWxxdWVyIHBlc3NvYSDigJMgZsOtc2ljYSAKb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdSBlc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlciAKZmluYWxpZGFkZXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzOwogICAgICAgIApERUNMQVJBIHF1ZSBhIG9icmEgw6kgY3JpYcOnw6NvIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIMOpIG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXF1aSBjZWRpZG9zIGUgYXV0b3JpemFkb3MsIHJlc3BvbnNhYmlsaXphbmRvLXNlIGludGVncmFsbWVudGUgCnBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwgaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIAppbmRlbml6YXIgdGVyY2Vpcm9zIHBvciBkYW5vcywgYmVtIGNvbW8gaW5kZW5pemFyIGUgcmVzc2FyY2lyIGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIGRlIGV2ZW50dWFpcyBkZXNwZXNhcyBxdWUgdmllcmVtIGEgCnN1cG9ydGFyLCBlbSByYXrDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgb2ZlbnNhIGEgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgb3UgZGlyZWl0b3MgZGUgdm96IG91IGltYWdlbSwgcHJpbmNpcGFsbWVudGUgbm8gcXVlIGRpeiByZXNwZWl0byBhIHBsw6FnaW8gCmUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CiAgICAgICAgCkFGSVJNQSBxdWUgY29uaGVjZSBhIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBlIGFzIGRpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIGZ1bmNpb25hbWVudG8gZG8gcmVwb3NpdMOzcmlvIAppbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EKRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-03-15T17:33:06Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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