Estudo sobre arbovírus em populações de eqüinos e artrópodes na sub-região da Nhecolândia no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pauvolid-Corrêa, Alex
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/21142
Resumo: Os arbovírus mantêm-se na natureza devido principalmente à transmissão biológica de um vertebrado infectado a outro susceptível através de artrópodes hematófagos. Assim como em humanos, casos de infecção sub-clínica por arbovírus são freqüentes em animais domésticos, entretanto sua identificação normalmente só ocorre durante epizootias sendo os casos isolados raramente diagnosticados. Regiões como o Pantanal brasileiro, que apresentam fatores como alta densidade populacional eqüina, circulação de aves migratórias e condições ambientais e climáticas favoráveis à proliferação de artrópodes estão potencialmente sujeitas à circulação de arbovírus. Entretanto, poucos trabalhos foram realizados acerca da presença de arbovírus no Pantanal. Neste sentido o principal objetivo deste trabalho foi estudar a circulação de arbovírus na região. Foram realizadas na Sub-região da Nhecolândia no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em fevereiro e novembro de 2007, amostragens de artrópodes e de soro sanguíneo de eqüinos. Um total de 75 grupos de culicídeos e 18 de ixodídeos compondo uma amostragem de 1759 espécimes de artrópodes foram submetidos às técnicas de isolamento viral e RT-PCR, enquanto 135 amostras de soro sanguíneo eqüino foram submetidas a isolamento viral, testes de soroneutralização (NT) e RT-PCR. Foram pesquisados os arbovírus, vírus da encefalite eqüina do oeste (WEEV), vírus da encefalite eqüina do leste (EEEV), vírus Mayaro (MAYV), vírus da encefalite de St Louis (SLEV), vírus Rocio (ROCV), vírus Ilhéus (ILHV), vírus da febre amarela (YFV), vírus do oeste do Nilo (WNV) e vírus da encefalite eqüina venezuelana (VEEV) por NT e/ou RT-PCR. Resultados: Não houve isolamento viral em nenhuma amostra analisada. Os resultados de detecção de ácido nucléico viral nas amostras de artrópodes e soro eqüino, pela técnica de RT-PCR, foram também negativos. Foi detectada soropositividade, em eqüinos não vacinados, de 41,7 % para WEEV e 56,6 % para EEEV. Nenhuma amostra de soro foi positiva (0%) para MAYV e 40 % dos soros foram positivos para SLEV. Foram identificadas 22 espécies de culicídeos. Nossos resultados sugerem por evidência sorológica, circulação de três arbovírus, na Região do Pantanal, causadores de quadros clínicos em seres humanos. A presença desses agentes, aliada às demais condições existentes no país para a sua disseminação, constitui em um problema de saúde pública que deve ser motivo de ações preventivas por parte das autoridades de saúde
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spelling Pauvolid-Corrêa, AlexSilva, Edson Elias da2017-09-27T12:44:07Z2017-09-27T12:44:07Z2008PAUVOLID-CORRÊA, Alex. Estudo sobre arbovírus em populações de eqüinos e artrópodes na sub-região da Nhecolândia no Pantanal de Mato Grosso do Sul. 2008. 158 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Parasitária)-Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/21142Os arbovírus mantêm-se na natureza devido principalmente à transmissão biológica de um vertebrado infectado a outro susceptível através de artrópodes hematófagos. Assim como em humanos, casos de infecção sub-clínica por arbovírus são freqüentes em animais domésticos, entretanto sua identificação normalmente só ocorre durante epizootias sendo os casos isolados raramente diagnosticados. Regiões como o Pantanal brasileiro, que apresentam fatores como alta densidade populacional eqüina, circulação de aves migratórias e condições ambientais e climáticas favoráveis à proliferação de artrópodes estão potencialmente sujeitas à circulação de arbovírus. Entretanto, poucos trabalhos foram realizados acerca da presença de arbovírus no Pantanal. Neste sentido o principal objetivo deste trabalho foi estudar a circulação de arbovírus na região. Foram realizadas na Sub-região da Nhecolândia no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em fevereiro e novembro de 2007, amostragens de artrópodes e de soro sanguíneo de eqüinos. Um total de 75 grupos de culicídeos e 18 de ixodídeos compondo uma amostragem de 1759 espécimes de artrópodes foram submetidos às técnicas de isolamento viral e RT-PCR, enquanto 135 amostras de soro sanguíneo eqüino foram submetidas a isolamento viral, testes de soroneutralização (NT) e RT-PCR. Foram pesquisados os arbovírus, vírus da encefalite eqüina do oeste (WEEV), vírus da encefalite eqüina do leste (EEEV), vírus Mayaro (MAYV), vírus da encefalite de St Louis (SLEV), vírus Rocio (ROCV), vírus Ilhéus (ILHV), vírus da febre amarela (YFV), vírus do oeste do Nilo (WNV) e vírus da encefalite eqüina venezuelana (VEEV) por NT e/ou RT-PCR. Resultados: Não houve isolamento viral em nenhuma amostra analisada. Os resultados de detecção de ácido nucléico viral nas amostras de artrópodes e soro eqüino, pela técnica de RT-PCR, foram também negativos. Foi detectada soropositividade, em eqüinos não vacinados, de 41,7 % para WEEV e 56,6 % para EEEV. Nenhuma amostra de soro foi positiva (0%) para MAYV e 40 % dos soros foram positivos para SLEV. Foram identificadas 22 espécies de culicídeos. Nossos resultados sugerem por evidência sorológica, circulação de três arbovírus, na Região do Pantanal, causadores de quadros clínicos em seres humanos. A presença desses agentes, aliada às demais condições existentes no país para a sua disseminação, constitui em um problema de saúde pública que deve ser motivo de ações preventivas por parte das autoridades de saúdeAbstract: Arboviruses are maintained in nature due the biological transmission of an infected vertebrate host to another through hematophagous arthropods. As occur in humans, sub-clinic infection cases due to arboviruses are frequent in domestic animals, however its identification normally only occur during epizooties, and the sporadic cases are seldom diagnosed. Regions like the Brazilian Pantanal, which present high density of equine population, circulation of migratory birds, environmental and climatic conditions which favor the proliferation of arthropods, are susceptible the circulation of arboviruses. The amount of data concerning arboviruses in the Pantanal is scarce; therefore the objective of the present work was study the circulation of arboviruses in the region. During the months of February and November of 2007, a survey and capture of arthropods was carried in the Sub-region of the Nhecolândia in the Pantanal of Mato Grosso do Sul. Equine serum samples were also obtained. A total of 75 groups of Culicidae and 18 of Ixodidae, comprising 1759 specimens of arthropods were submitted to viral isolation and RT-PCR while 135 equine serum samples were submitted to viral isolation, neutralization tests (NT) and RT-PCR. The investigated arboviruses were Western equine encephalitis virus (WEEV), Eastern equine encephalitis virus (EEEV), Mayaro virus (MAYV), St Louis encephalitis virus (SLEV), Rocio virus (ROCV), Ilheus virus (ILHV), Yellow fever virus (YFV), West Nile virus (WNV) and Venezuelan equine encephalitis virus (VEEV) by NT and/or RT-PCR. Results: No virus was isolated; viral nucleic-acid detection in the arthropods and equine sera by RT-PCR were also negative. Seropositivity in unvaccinated equines was 41,7% for WEEV and 56,6% for EEEV. No serum was positive (0%) for MAYV while 40% of them were positive to SLEV. 22 Culicidae species were identified. Our results suggest by serological evidence, the circulation in the Pantanal Region, of three arboviruses that are etiological agents of human diseases. The occurrence of these agents combined to preexistent condition, in the country, which could favor its dissemination represents a public health concern, which should be take in to account by the Public Health authoritiesFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porArbovírusPântanosArtrópodesCavalosEstudo sobre arbovírus em populações de eqüinos e artrópodes na sub-região da Nhecolândia no Pantanal de Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2008Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALalex_correa_ioc_mest_2008.pdfapplication/pdf5850378https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/21142/1/alex_correa_ioc_mest_2008.pdf15a0a1ee4bd174e06987dac353b2307cMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/21142/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTalex_correa_ioc_mest_2008.pdf.txtalex_correa_ioc_mest_2008.pdf.txtExtracted texttext/plain347122https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/21142/3/alex_correa_ioc_mest_2008.pdf.txtf0b8978f2449e8c3a37c2453b1076641MD53icict/211422022-06-24 13:08:58.818oai:www.arca.fiocruz.br:icict/21142Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T16:08:58Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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