Estudos sobre a fibrose septal hepática induzida por Capillaria hepatica. (Patogênese e evolução)
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35363 |
Resumo: | Vários modelos experimentais têm sido utilizado na tentativa de melhor se compreender a etiologia e a patogênese da fibrose hepática. Ratos infectados com o helminto Capllaria hepática desenvolvem regular e rapidamente um processo de fibrose septal que progride rumo a uma morfologia cirrótica. A patogênese e o destino desta fibrose são pouco compreendidos. O objetivo da presente investigação foi acompanhar o desenvolvimento da fibrose septal, desde a formação inicial até mais de um ano. Alterações vasculares, celulares e da matriz extracelular foram investigadas por meio de métodos histológicos, bioquímicos, imunohistoquímicos, de imunofluorescêncla e ultraestruturais em 94 ratos Wistar, Infectados com 800 ovos embrionados de C. hepática, e biopsiados ou sacrificados em diferentes intervalos de tempo, do 10° dia de infecção até mais de um ano. No início, o septo exibiu diferentes tipos celulares, especialmente fibroblastos e células endoteliais. As células estreladas hepáticas,mioflbroblastos ou células desmina-actina positivas foram raras. Os vasos sangüíneos apareceram proeminentes nos septos Quando preparações de aactina, laminina e colágeno IV foram examinadas. Seis meses após a infecção a quantidade de colágeno diminuiu no septo, o que foi confirmado pela dosagem da hidroxiprolina que tal estatisticamente significante. A proliferação vascular (angiogênese) apareceu não apenas como um achado principal na formação do septo , mas também como um condutor da progressão do septo em direção a outro espaço porta. Essas alterações vasculares e estromais sofreram uma redução considerável em torno do 69 mês da infecção. Contudo, os septos fibrosos ticaram estáveis no 69 mês, incorporados à nova estrutura hhepática, que resultou da fibrose septal. Nossas observações sobre o modelo eexperimental de fibrose septal nos permitiu concluir que a fibrose septal inicia-se entre o 25° e 27° dias após a infecção, principalmente a partir dos espaços porta. Esses septos são formados, predominantemente, por células endoteliais e fibroblastos proliferados com poucas células α-actina positivas. A proliferação endotelial e fibroblástlca precoce é acompanhada de aumento de expressão de TGF-β, TGF-β e PDGF nas células dos septos em formação. Após um ano ou mais de infecção os septos fibrosos permanecem em associação com os vasos que brotaram a partir dos espaços-porta e esses vasos persistem, lançando o sangue nos sinusóides sem causar alteração da função hepática. |
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Souza, Márcia Maria dePereira, Fausto Edmundo LimaBrasileiro Filho, GeraldoFerreira Filho, Raymundo ParanáFreitas, Luiz Antonio Rodrigues deAndrade, Zilton de AraújoAndrade, Zilton de Araújo2019-09-05T16:40:02Z2019-09-05T16:40:02Z2003SOUZA, Márcia Maria de. Estudos sobre a fibrose septal hepática induzida por Capillaria hepática. (Patogênese e evolução). 2003. 107 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2003.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35363Vários modelos experimentais têm sido utilizado na tentativa de melhor se compreender a etiologia e a patogênese da fibrose hepática. Ratos infectados com o helminto Capllaria hepática desenvolvem regular e rapidamente um processo de fibrose septal que progride rumo a uma morfologia cirrótica. A patogênese e o destino desta fibrose são pouco compreendidos. O objetivo da presente investigação foi acompanhar o desenvolvimento da fibrose septal, desde a formação inicial até mais de um ano. Alterações vasculares, celulares e da matriz extracelular foram investigadas por meio de métodos histológicos, bioquímicos, imunohistoquímicos, de imunofluorescêncla e ultraestruturais em 94 ratos Wistar, Infectados com 800 ovos embrionados de C. hepática, e biopsiados ou sacrificados em diferentes intervalos de tempo, do 10° dia de infecção até mais de um ano. No início, o septo exibiu diferentes tipos celulares, especialmente fibroblastos e células endoteliais. As células estreladas hepáticas,mioflbroblastos ou células desmina-actina positivas foram raras. Os vasos sangüíneos apareceram proeminentes nos septos Quando preparações de aactina, laminina e colágeno IV foram examinadas. Seis meses após a infecção a quantidade de colágeno diminuiu no septo, o que foi confirmado pela dosagem da hidroxiprolina que tal estatisticamente significante. A proliferação vascular (angiogênese) apareceu não apenas como um achado principal na formação do septo , mas também como um condutor da progressão do septo em direção a outro espaço porta. Essas alterações vasculares e estromais sofreram uma redução considerável em torno do 69 mês da infecção. Contudo, os septos fibrosos ticaram estáveis no 69 mês, incorporados à nova estrutura hhepática, que resultou da fibrose septal. Nossas observações sobre o modelo eexperimental de fibrose septal nos permitiu concluir que a fibrose septal inicia-se entre o 25° e 27° dias após a infecção, principalmente a partir dos espaços porta. Esses septos são formados, predominantemente, por células endoteliais e fibroblastos proliferados com poucas células α-actina positivas. A proliferação endotelial e fibroblástlca precoce é acompanhada de aumento de expressão de TGF-β, TGF-β e PDGF nas células dos septos em formação. Após um ano ou mais de infecção os septos fibrosos permanecem em associação com os vasos que brotaram a partir dos espaços-porta e esses vasos persistem, lançando o sangue nos sinusóides sem causar alteração da função hepática.Several experimental models have been used in an attempt to better understand the etiology and pathogenesis of hepatic fibrosis. Rats infected with the helminth Capillaria hepatica regularly and rapidly develop a process of septal fibrosis that progress toward a cirrhotic morphology. Pathogenesis and fate of this fibrosis are poorly understood. The present investigation aimed at following the development of septal fibrosis, from its early formation up to to more than a year. Vascular, cellular and extracellular matrix changes were investigated by means of histological, biochemical, immunohistochemical, immunofluorescence and ultrastructural methods in 94 Wistar rats, infected with 800 embryonated eggs of C. hepatica, and biopsied or sacrificed at different time intervals, from the 1day following infection up to one year later. At the beginning the septa exhibited different cell types, especially fibroblasts and endothelial cells. Hepatic stellate cells, myofibroblasts or demin-actin-positive cells were rare. Blood vessels appeared prominent in the septa when preparations for actin, laminin, collagen IV were examined. Six months after infection the amount of collagen diminished in the septa, which was confirmed by hydroxyprolln measurements in a statistically significant way. Vascular proliferation (angiogenesis) appeared not only as a major finding in septal formation, but also as a leading change in the infiltrating progression of the septum toward another portal space. These vascular and stromal septal changes underwent a considerable reduction by the 6'^ month of infection. However, the fibrous septa were stabilized from the 6*^ month on, blood vessels being incorporated into the new hepatic structure, which resulted from septal fibrosis. Present observations indicated that C. hepatica-'múuced septal fibrosis, which departed from portal spaces, started around the 25th - 27th day following inoculation. Septa were predominantly composed of endothelial cells and fibroblasts plus a few a-actin cells. The early proliferation of endothelial cells and fibroblasts were accompanied by an augmented expression of TGF-p, TGF-pR and PDGF. After one year or longer, thin fibrous septa remained associated with blood vessels that had sprouted from portal spaces and were seen to conduct portal blood directly into the hepatic sinusoids. Therefore, such septal vessels seemed functionally active, which explain their persistence.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizCapillaria hepáticaFibrose hepáticaAngiogêneseRatoCapillaria hepaticaHepatic FibrosisAngiogenesisRatEstudos sobre a fibrose septal hepática induzida por Capillaria hepatica. (Patogênese e evolução)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2003Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisa Gonçalo MonizSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35363/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMarcia Maria de Souza 2003.pdfMarcia Maria de Souza 2003.pdfapplication/pdf8192807https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35363/2/Marcia%20Maria%20de%20Souza%202003.pdf6bbba85b4ff8e689083efe824c642977MD52TEXTMarcia Maria de Souza 2003.pdf.txtMarcia Maria de Souza 2003.pdf.txtExtracted texttext/plain281987https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35363/3/Marcia%20Maria%20de%20Souza%202003.pdf.txt45fa5859b64f9c6cdabe3acee40761f8MD53icict/353632021-07-30 15:23:54.92oai:www.arca.fiocruz.br:icict/35363Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352021-07-30T18:23:54Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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