O cuidado na atenção primária à saúde: o que há entre a intenção e o gesto?

• Autor(a) principal: Oliveira, Elizabeth Christina Ávila Pereira de
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Silva, Carolina Marques da, Lima, Cristialane Carvalho de, Moreira, Giselle Souza, Noite, Juliana Machado Pinho, Scavazza, Maíra Andrade
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
• Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/38595
• topic: Atenção Primária à Saúde; Prática do Cuidado; Unidade de Saúde da Família

Na nossa experiência cotidiana, a Atenção Primária à Saúde (APS), como Residentes Multiprofissionais em Saúde da Família, o modo como os trabalhadores conduzem e se referem aos casos e a reprodução de posturas tutelares nos instigou a pensar sobre a prática do cuidado. Além disso, também nos mobilizou a pensar sobre quais fatores interferem na produção do cuidado. Compreender as questões que interferem na produção do cuidado na APS a partir da ótica de trabalhadores e usuários de uma Unidade de Saúde da Família no município do Rio de Janeiro (MRJ). A metodologia empregada foi a busca bibliográfica, a Observação Participante (OP), entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde e usuários, a Análise Documental de políticas públicas de saúde, do Contrato de Gestão vigente do MRJ e de Diários Reflexivos (DR) de campo, produzidos ao longo da residência. Os dados obtidos foram analisados por intermédio da técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. O primeiro capítulo tratou das concepções e sentidos dado ao cuidado pelos profissionais e usuários; o segundo capítulo discutiu como a relação entre profissional de saúde e usuário influencia no cuidado em saúde; o terceiro capítulo discutiu os desafios na produção de um cuidado em saúde integral e longitudinal em contextos de iniquidade social e a construção de redes de cuidado intersetoriais como resposta a fragmentação das políticas sociais; o quarto capítulo trouxe questões a respeito do processo de trabalho; o quinto capítulo abordou causas que influenciam nas emoções vivenciadas no trabalho e o sexto capítulo discorreu sobre os impactos das formações em saúde. Apesar da maioria dos profissionais trazerem em sua falas concepções de cuidado que busquem considerar os usuários em sua integralidade, ainda o vêem de forma passiva. Com isso, acabam reproduzindo no seu cotidiano de trabalho relações tutelares e pouco autônomas. E ainda que queiram fornecer uma escuta mais atenta, fortalecendo a relação profissional-usuário, são atravessados pela sobrecarga e atravessamentos no seu processo de trabalho.