Gourmet e glutão? Cérebro precisa de 'alimento' constante para manter seu funcionamento normal e esse 'combustível' é fornecido de diferentes formas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luz, Maurício
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Da Poian, Andrea
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30498
Resumo: O cérebro representa cerca de 2 % da massa corporal, mas consome em torno de 20% do oxigênio usado pelo corpo humano. Esse alto consumo de oxigênio é necessário para manter o funcionamento cerebral, já que as células do cérebro gastam muita energia no constante transporte de íons através suas membranas, o que garante a transmissão do impulso nervoso. O consumo de energia desse glutão metabólico varia pouco ao longo do dia e se mantém quase inalterado durante o sono. Um gasto tão grande exige uma fonte de energia constante e eficiente. Em condições normais, ou seja, quando se segue uma dieta diversificada, quase toda a energia usada pelos neurônios vem da glicose transportada por meio da circulação sanguínea. Como o cérebro não dispõe de reservas de glicose, até pequenas quedas nas concentrações desse açúcar no sangue podem afetar seriamente seu funcionamento. Assim, além de ser glutão, o cérebro é também um gourmet que 'aceita' somente glicose para seu metabolismo. O aporte constante desse combustível para o cérebro parece uma coisa simples, mas, na verdade, é um desafio, vencido somente graças à ação de vários hormônios que permitem a sincronização do metabolismo de diversos tipos celulares.
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