Avaliação do padrão de resposta do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de elevada endemicidade no Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ronald Alves dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57510
Resumo: INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença negligenciada causada por helmintos do gênero Schistosoma, reconhecida como um importante problema de saúde pública que afeta especialmente as comunidades mais pobres ao redor do mundo. A esquistossomose possui ampla distribuição ao redor do mundo, porém, está restrita apenas às zonas tropical e subtropical, fator que influencia diretamente a distribuição global da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as pessoas mais suscetíveis a contrair a esquistossomose são as que habitam áreas carentes, cuja fonte de renda principal seja a pesca ou a agricultura em rios e lagos com caramujos infectados. O diagnóstico atualmente é realizado por exame parasitológico de fezes, pelo método Kato-Katz, o que representa uma limitação dos estudos e inquéritos parasitológicos, considerando o cenário epidemiológico atual do Brasil. Alguns testes diagnósticos estão sendo propostos e avaliados em todos o mundo, dentre eles, destaca se o teste rápido em urina POC-CCA. OBJETIVO: Determinar a frequência de positividade do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população rural de alta prevalência no estado da Bahia, antes e após o tratamento da esquistossomose. METODOLOGIA: Trata-se de uma coorte realizada no município de Conde-BA, na qual foram incluídos indivíduos de ambos os sexos com idade entre 4 e 70 anos que entregaram amostras de fezes e urina. As amostras de fezes foram utilizadas para a confecção de duas lâminas de Kato-Katz, e as de urina para a execução do POC-CCA e tira reagente de urina. Para as análises do pós-tratamento, todos os indivíduos que receberam tratamento para a esquistossomose e enviaram amostras de fezes e urina foram incluídos. O acompanhamento foi realizado em cinco momentos: avaliação pré-tratamento (D0), tratamento, controle de cura (D30), acompanhamento 180 (D180) e 360 (D360) dias após tratamento. RESULTADOS: Foi identificada a presença de ovos de S. mansoni em 189 indivíduos (55,59%) com mediana da carga parasitária de 36 (12–108) ovos por grama de fezes (OPG). Para a avaliação do POC CCA das 273 amostras no D0, 58,24% (n=159) foram positivas para o Antígeno Catódico Circulante (CCA), destes, 18,32% (n=50) foram considerados falso-negativos; 19,05% (n=52) falso-positivos; 23,44% (n= 64) verdadeiro-negativos e 39,19% (n=107) verdadeiro-positivos. Dentre os indivíduos falso-negativos 71,43% (n=20) apresentaram densidade urinaria elevada enquanto que 76,60% dos verdadeiros-positivos (n=37) apresentaram densidade mais baixa. CONCLUSÃO: O POC-CCA, apesar de apresentar uma frequência de resultados positivos maior do que a trazida por duas lâminas de Kato-Katz de uma única amostra de fezes, apresenta uma quantidade importante de falso-negativos, especialmente entre os indivíduos com baixa carga parasitária. Em relação à análise pré-tratamento, o POC-CCA apresentou fragilidades relacionadas à sensibilidade em amostras com baixa carga parasitária. Além disso, osindivíduos falso-negativo para o POC-CCA apresentaram amostras de urina com densidade mais elevada do que os indivíduos verdadeiro-positivos. Assim, a utilização em larga escala do POC-CCA, como inquérito populacional em populações de alta endemicidade do Brasil, não pode ser recomendada em seu formato atual. Adequações do kit ou mesmo do preparo do paciente poderiam então melhorar o desempenho do teste.
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spelling Santos, Ronald Alves dosOliveira, Ricardo Riccio2023-03-23T12:40:25Z2023-03-23T12:40:25Z2021SANTOS, Ronald Alves dos. Avaliação do padrão de resposta do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de elevada endemicidade no Estado da Bahia. 2021. 72 f. Dissertação, (Mestrado em Patologia Humana e Experimental)-Instituto Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/57510INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença negligenciada causada por helmintos do gênero Schistosoma, reconhecida como um importante problema de saúde pública que afeta especialmente as comunidades mais pobres ao redor do mundo. A esquistossomose possui ampla distribuição ao redor do mundo, porém, está restrita apenas às zonas tropical e subtropical, fator que influencia diretamente a distribuição global da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as pessoas mais suscetíveis a contrair a esquistossomose são as que habitam áreas carentes, cuja fonte de renda principal seja a pesca ou a agricultura em rios e lagos com caramujos infectados. O diagnóstico atualmente é realizado por exame parasitológico de fezes, pelo método Kato-Katz, o que representa uma limitação dos estudos e inquéritos parasitológicos, considerando o cenário epidemiológico atual do Brasil. Alguns testes diagnósticos estão sendo propostos e avaliados em todos o mundo, dentre eles, destaca se o teste rápido em urina POC-CCA. OBJETIVO: Determinar a frequência de positividade do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população rural de alta prevalência no estado da Bahia, antes e após o tratamento da esquistossomose. 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Além disso, osindivíduos falso-negativo para o POC-CCA apresentaram amostras de urina com densidade mais elevada do que os indivíduos verdadeiro-positivos. Assim, a utilização em larga escala do POC-CCA, como inquérito populacional em populações de alta endemicidade do Brasil, não pode ser recomendada em seu formato atual. Adequações do kit ou mesmo do preparo do paciente poderiam então melhorar o desempenho do teste.INTRODUCTION: Schistosomiasis is a neglected disease caused by helminths of the genus Schistosoma, recognized as an important public health problem that especially affects the poorest communities around the world. Schistosomiasis has a wide distribution around the world, however, it is restricted to tropical and subtropical zones, a factor that directly influences the global distribution of the disease. According to the World Health Organization (WHO), the people most susceptible to contracting schistosomiasis are those who live in deprived areas whose main source of income is fishing or farming in rivers and lakes with infected snails. The diagnosis is currently performed by parasitological examination of feces, using the Kato-Katz method, which represents a limitation of parasitological studies and surveys, considering the current epidemiological scenario in Brazil. Some diagnostic tests are being proposed and evaluated all over the world, among them, the rapid test in urine POC-CCA stands out. OBJECTIVE: To determine the frequency of positivity of the rapid urine test for the diagnosis of schistosomiasis, POC-CCA, in a high-prevalence rural population in the state of Bahia, before and after treatment for schistosomiasis. METHODOLOGY: This is a cohort carried out in the city of Conde-BA, in which individuals of both sexes aged between 4 and 70 years who delivered stool and urine samples were included. The stool samples were used to make two Kato-Katz slides, and the urine samples were used to perform the POC-CCA and urine reagent strip. For post-treatment analyses, all subjects who received treatment for schistosomiasis and submitted stool and urine samples were included. Follow-up was performed at five time points: pre-treatment assessment (D0), treatment, cure control (D30), follow-up 180 (D180) and 360 (D360) days after treatment. RESULTS: The presence of S. mansoni eggs was identified in 189 individuals (55.59%) with a median parasite load of 36 (12– 108) eggs per gram of feces (OPG). For the evaluation of the POC-CCA of the 273 samples on D0, 58.24% (n=159) were positive for Circulating Cathodic Antigen (CCA), of which 18.32% (n=50) were considered false-negative; 19.05% (n=52) false positives; 23.44% (n=64) true negative and 39.19% (n=107) true-positive. Among the false-negative individuals, 71.43% (n=20) presented high urinary density while 76.60% of the true-positives (n=37) presented lower density. CONCLUSION: The POC-CCA, despite presenting a higher frequency of positive results than that brought by two Kato-Katz slides of a single stool sample, presents an important amount of false negatives, especially among individuals with low parasite load. Regarding the pre-treatment analysis, the POC-CCA presented weaknesses related to sensitivity in samples with low parasite load. In addition, false-negative individuals for POC-CCA had urine samples with higher density than true-positive individuals. Thus, the large-scale use of the POC-CCA, as a population survey in highly endemic populations in Brazil, cannot be recommended in its current format. Adaptations of the kit or even the preparation of the patient could then improve the performance of the test.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES). Programa INOVA FIOCRUZ. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porSchistosoma mansoniDiagnósticoPOC-CCASchistosoma mansoniDiagnosesPOC-CCASchistosoma MansoniDiagnosticoAvaliação do padrão de resposta do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de elevada endemicidade no Estado da BahiaEvaluation of the Response Pattern of the Rapid Urine Test for the Diagnosis of Schistosomiasis, POC-CCA, in a High Endemicity Population in the State of Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Instituto Gonçalo MonizMestrado AcadêmicoSalvadorPrograma de Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimentalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/57510/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALronald_santos_fioba_mest_2021.pdfapplication/pdf2200180https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/57510/2/ronald_santos_fioba_mest_2021.pdfbaedddd356d6ea4638ba36cbe72e057dMD52icict/575102023-03-23 09:40:26.241oai:www.arca.fiocruz.br:icict/57510Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-03-23T12:40:26Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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