O ativismo de mulheres negras do município do Rio de Janeiro na construção de políticas públicas de saúde: a pauta da violência obstétrica
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51959 |
Resumo: | Considerando o cenário de intenso ativismo de mulheres negras no Rio de Janeiro e o fato de que as expressivas desigualdades raciais vividas pelas mulheres negras se traduzem no processo de saúde e adoecimento, o objetivo geral deste estudo foi analisar as trajetórias de vida e o ativismo de integrantes do Movimento de Mulheres Negras do município do Rio de Janeiro no enfrentamento à violência obstétrica em mulheres negras. Tratou-se de uma pesqui-sa qualitativa na perspectiva socioantropológica, ancorada sob as lentes da interseccionalidade. Foram feitas sete entrevistas individuais, a partir do método da Entrevista Narrativa, com mu-lheres negras ativistas de movimentos sociais e que pautam a causa da violência obstétrica con-tra mulheres negras. Tendo como eixo norteador os objetivos desta pesquisa, após o tratamen-to e análise de dados (Análise de conteúdo), foram eleitas nove categorias: “Trajetórias pesso-ais e profissionais”, “Conceito de Violência Obstétrica”, “Violência Obstétrica em Mulheres Negras”, “Estratégias”, “Enfrentamentos”, “Relação com outros movimentos”, “Relato de Violência Obstétrica”, “Morte Materna” e “Saúde da População Negra”. Foi possível chegar a núcleos de sentido do material coletado, gerando as seções de capítulo da discussão: Trajetórias e Estratégias de Militância – práticas situadas; Sentidos da Violência Obstétrica; Enfrentamentos – da afetação às ações no cotidiano; Silenciamento e morte como elementos disruptivos. Aponta-se para a necessidade dos estudos em saúde coletiva não perperturarem a invisibiliza-ção das vivências de mulheres negras que sofrem de violência obstétrica, fazendo-se necessário considerar as discussões e os saberes construídos no interior das trajetórias das ativistas entrevistadas, que de maneira articulada, nos movimentos sociais que fazem parte, contribuem para o enfrentamento à violência obstétrica em mulheres negras. |
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Gadelha, Ana Giselle dos SantosCecchetto, Fátima ReginaNJaine, Kathie2022-03-31T17:12:06Z2022-03-31T17:12:06Z2020GADELHA, Ana Giselle dos Santos. O ativismo de mulheres negras do município do Rio de Janeiro na construção de políticas públicas de saúde: a pauta da violência obstétrica. 2020. 174 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51959Considerando o cenário de intenso ativismo de mulheres negras no Rio de Janeiro e o fato de que as expressivas desigualdades raciais vividas pelas mulheres negras se traduzem no processo de saúde e adoecimento, o objetivo geral deste estudo foi analisar as trajetórias de vida e o ativismo de integrantes do Movimento de Mulheres Negras do município do Rio de Janeiro no enfrentamento à violência obstétrica em mulheres negras. Tratou-se de uma pesqui-sa qualitativa na perspectiva socioantropológica, ancorada sob as lentes da interseccionalidade. Foram feitas sete entrevistas individuais, a partir do método da Entrevista Narrativa, com mu-lheres negras ativistas de movimentos sociais e que pautam a causa da violência obstétrica con-tra mulheres negras. Tendo como eixo norteador os objetivos desta pesquisa, após o tratamen-to e análise de dados (Análise de conteúdo), foram eleitas nove categorias: “Trajetórias pesso-ais e profissionais”, “Conceito de Violência Obstétrica”, “Violência Obstétrica em Mulheres Negras”, “Estratégias”, “Enfrentamentos”, “Relação com outros movimentos”, “Relato de Violência Obstétrica”, “Morte Materna” e “Saúde da População Negra”. Foi possível chegar a núcleos de sentido do material coletado, gerando as seções de capítulo da discussão: Trajetórias e Estratégias de Militância – práticas situadas; Sentidos da Violência Obstétrica; Enfrentamentos – da afetação às ações no cotidiano; Silenciamento e morte como elementos disruptivos. Aponta-se para a necessidade dos estudos em saúde coletiva não perperturarem a invisibiliza-ção das vivências de mulheres negras que sofrem de violência obstétrica, fazendo-se necessário considerar as discussões e os saberes construídos no interior das trajetórias das ativistas entrevistadas, que de maneira articulada, nos movimentos sociais que fazem parte, contribuem para o enfrentamento à violência obstétrica em mulheres negras.From the context of intense activism of black women in Rio de Janeiro and the fact that the expressive racial inequalities experienced by black women are reflected in the health and illness process, this study analyzed trajectories and activism of members of the Black Women Movement in the city of Rio de Janeiro in the fight against obstetric violence in black women. Qualitative research was developed from a socio-anthropological perspective, anchored under of intersectionality. Seven individual interviews were carried out, using the Narrative Interview method, with black women activists from social movements and who determine the cause of obstetric violence against black women. After data treatment and analysis (Content analysis), nine categories were chosen: “Personal and professional trajectories”, “Concept of Obstetric Violence”, “Obstetric Violence in Black Women”, “Strategies”, “Confrontations”, “Relation-ship” with other movements ”,“ Obstetric Violence Report ”,“ Maternal Death ”and“ Health of the Black Population ”. It was possible to reach the nuclei of meaning of the collected material, generating the sections of the discussion chapter: Trajectories and Militancy Strategies - situated practices; Meanings of Obstetric Violence; Confrontations - from affectation to actions in daily life; Silence and death as disruptive elements. It points to the need for studies in collective health not to perpetuate the invisibility of the experiences of black women who suffer from obstetric violence. It is necessary to consider the discussions and knowledge constructed within the trajectories of the interviewed activists, who in an articulated way, in the social movements that they are part of, they contribute to the fight against obstetric violence in black women.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSaúde da População NegraAtivismo PolíticoRacismoIniquidade em SaúdeViolência ObstétricaHealth of Ethnic MinoritiesPolitical ActivismRacismHealth Status DisparitiesAbuse and DisrespectSaúde das Minorias ÉtnicasAtivismo PolíticoRacismoDisparidades nos Níveis de SaúdeViolência contra a MulherPartoPolíticas Públicas de SaúdePesquisa QualitativaEntrevistaO ativismo de mulheres negras do município do Rio de Janeiro na construção de políticas públicas de saúde: a pauta da violência obstétricaThe activism of black women in the municipality of Rio de Janeiro in the construction of public health policies: the agenda of obstetric violenceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020-05-12Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Mestrado AcadêmicoRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51959/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALana_giselle_santos_gadelha_ensp_mest_2020.pdfapplication/pdf1602111https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/51959/2/ana_giselle_santos_gadelha_ensp_mest_2020.pdf4abd25588bd62a7156068213945a595fMD52icict/519592022-03-31 14:13:29.061oai:www.arca.fiocruz.br:icict/51959Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-03-31T17:13:29Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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