Hidrobiologia geral, aplicada particularmente a veiculadores de Esquistossomos, Hipereutrofia, mal moderno das águas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Lejeune P. H. de
Data de Publicação: 1970
Outros Autores: Krau, Luiza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/41709
Resumo: Observações hidrobiológicas do Lago de Brasília, em 1965, mostraram algas planctônicas Desmidiaceae predominantes, com espécies dos gêneros Staurastrum, Micrasterias, Euastrum, Cosmarium Xanthidium, Bambusina, Closterium, Spondilosium, Penium, principalmente, de águas puras e naturais; conforme o texto, são sêres comuns nas águas indígenas do Brasil Central. Mas a nova capital brasileira cresceu ràpidamente, alcançando oerto de meio milhão de habitantes: a influência do homem se apresentou e, em 1968, já causava outro regime hidrobiológico dentro das faixas de saprobidade, com planctos cosmopolitas indicadores de poluição. Encontramos águas já mesossapróbias com cianofíceas indesejáveis em quantidades maciças, como as Aphanizomenon flos-aquae, a Anacystis cyanea (= Microcystis aeruginosa), Anabaenopsis, Gomphosphaeria e outras. O lago que era "Lago de Desmidiáceas" passou a ser um "Lago de Cianofíceas". Os índices de eutrofização dependem de eutrofizantes no numerador, divididos por desmidiáceas no denominador. Quanto maior o número de algas eutrofizantes, tanto maior a eutrofização; exatamente o que acontece no lago de Brasília. os autores chamam a atenção para os estudos de saprobidade das águas do lago, baseado na teoria que os moluscos Planorbidae se instalem dependentes do regime de poluição mesossapróbio; supõe-se por isso a razão por que êsses moluscos acompanham o homem nas suas migrações. Poder-se-à determinar a faixa de saprobidade em que se instalam os moluscos, suspeitando-se entre os regimes A- e B- mesossapróbio. Propõem medidas preventivas de caráter hidrobiológico para evitar a instalação de planorbídeos. Embora os esgotos sejam todos muito bem tratados sanitàriamente e não há nenhum perigo ou queixa quanto a essa parte; mas é o resultado do tratamento de esgotos e restos de águas usadas pelo homem que fornecem nutritivos às àguas: N, P, Ca, Cl, K, etc. ... e que eutrofizam. A eutrofização normal é ótima; o lago fica produtivo de bom plancto e ótimos peixes. Para eutrofia em excesso, os autores criaram o nôvo têrmo HIPEREUTROFIA, descrevem êsses fenômenos, de ordem geral, com explosivo crescimento da população planctônica e fitoplanto mesossapróbio causador de calamitosos problemas. Pode a "hipereutrofia" ser considerada uma nova e grave "praga das águas" que surgiu depois da 2ª guerra mundial, devido á rápida industralização e explosão populacional do homem. Medidas preventivas contra a hipereutrofia poderão ser conseguidas com planejamentos integrados das bacias dos rios, lagos e baías evitando despejos de excessos de nutrientes, em zonas que fiquem como reservas, preservando a biota aquática natural e normal. É possível tal planejamento no Brasil, porque é um dos poucos países, com bacias de rios e lagos artificiais ainda não poluídos.
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spelling Oliveira, Lejeune P. H. deKrau, Luiza2020-06-17T19:10:06Z2020-06-17T19:10:06Z1970OLIVEIRA, Lejeune P. H.; KRAU. Luiza. Hidrobiologia geral, aplicada particularmente a veiculadores de esquistossomos: hipereutrofia, mal moderno das águas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 68, n. 1, 30p, 1970.0074-0276https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4170910.1590/S0074-027619700001000041678-8060Observações hidrobiológicas do Lago de Brasília, em 1965, mostraram algas planctônicas Desmidiaceae predominantes, com espécies dos gêneros Staurastrum, Micrasterias, Euastrum, Cosmarium Xanthidium, Bambusina, Closterium, Spondilosium, Penium, principalmente, de águas puras e naturais; conforme o texto, são sêres comuns nas águas indígenas do Brasil Central. Mas a nova capital brasileira cresceu ràpidamente, alcançando oerto de meio milhão de habitantes: a influência do homem se apresentou e, em 1968, já causava outro regime hidrobiológico dentro das faixas de saprobidade, com planctos cosmopolitas indicadores de poluição. Encontramos águas já mesossapróbias com cianofíceas indesejáveis em quantidades maciças, como as Aphanizomenon flos-aquae, a Anacystis cyanea (= Microcystis aeruginosa), Anabaenopsis, Gomphosphaeria e outras. O lago que era "Lago de Desmidiáceas" passou a ser um "Lago de Cianofíceas". Os índices de eutrofização dependem de eutrofizantes no numerador, divididos por desmidiáceas no denominador. Quanto maior o número de algas eutrofizantes, tanto maior a eutrofização; exatamente o que acontece no lago de Brasília. os autores chamam a atenção para os estudos de saprobidade das águas do lago, baseado na teoria que os moluscos Planorbidae se instalem dependentes do regime de poluição mesossapróbio; supõe-se por isso a razão por que êsses moluscos acompanham o homem nas suas migrações. Poder-se-à determinar a faixa de saprobidade em que se instalam os moluscos, suspeitando-se entre os regimes A- e B- mesossapróbio. Propõem medidas preventivas de caráter hidrobiológico para evitar a instalação de planorbídeos. Embora os esgotos sejam todos muito bem tratados sanitàriamente e não há nenhum perigo ou queixa quanto a essa parte; mas é o resultado do tratamento de esgotos e restos de águas usadas pelo homem que fornecem nutritivos às àguas: N, P, Ca, Cl, K, etc. ... e que eutrofizam. A eutrofização normal é ótima; o lago fica produtivo de bom plancto e ótimos peixes. Para eutrofia em excesso, os autores criaram o nôvo têrmo HIPEREUTROFIA, descrevem êsses fenômenos, de ordem geral, com explosivo crescimento da população planctônica e fitoplanto mesossapróbio causador de calamitosos problemas. Pode a "hipereutrofia" ser considerada uma nova e grave "praga das águas" que surgiu depois da 2ª guerra mundial, devido á rápida industralização e explosão populacional do homem. Medidas preventivas contra a hipereutrofia poderão ser conseguidas com planejamentos integrados das bacias dos rios, lagos e baías evitando despejos de excessos de nutrientes, em zonas que fiquem como reservas, preservando a biota aquática natural e normal. É possível tal planejamento no Brasil, porque é um dos poucos países, com bacias de rios e lagos artificiais ainda não poluídos.The results of hydrobiological observations in the "LAGO DE BRASÍLIA", in 1965, presents that lake as a body water in natural state. The biota of Central Brazil waters presents predominancy of Desmidiaceae, autogenetic indigenous plankton, and for example, with species of the genus; Staurastrum, Micrasterias, Euastrum, Cosmarium, Xanthidium, Bambusina, Closterium, Spondilosium, Penium and others, of natural waters. They may be seen, by its latin names, in italic types, in portuguese pages. However, the city of Brasilia has abruptly develloped, in few years arrived to 500.000 inhabitants, in 1968. The influence of the man, and the quantities of his urban nutrients (N, P, K, Ca, Cl, etc. ...) has changed the habitat from a natural lake of desminds (1965) to a lake of Cyanophyceae (1968); with blooms of Aphanizomenon flosaquae, Anacystis cyanea (= Microcystis aeruginosa) Anabaenopsis, Gomphosphaeria, and others blue-algae. the eutrophication index has increased. In accordance with the theory that the Planorbidae mollusks appears from the A-mesosaprobic zone to the B-mesosaprobic one, is supposed a argument because this mollusks followed the migrations of the man; so it is possible to make determinations of the degree of saprobity of waters during the beggining of iniciatory communities of Planorbidae, by hydrobiologic and limnological continuatives studies of the habitat. The authors recommend to take preventive measures as a biologic control over quality of waters of the lake preventing the forthcomming of the molluks of the Schistosomosis. Sanitarity Brasilia sewage is well treated, to protect health and there are no anti-hygienic menaces, but its mineralized nutrients as N, P, K, Ca, Cl, etc. ...provokes great devellopment of blue-algae. The normal eutrophication is excellent producer of nice chlorophyceae plankton and fishes. The authors suggest a new word "HYPEREUTROPHY" for the big and exagerate eutrophication, blowing up tremendous development of phytoplankton, mainly blue-algae. "Hipereutrophy" is without possibility of recovery of normal condictions in waters, without macroscopic life, with turbidity, without self-purification, fomented by enormous source of food supply, artificially produced by man, resulting in continuous blooms of phytoplankton. "Hypereutrophy" is the new name, for a new calamity of waters, condictioned by the impetuosity of the industrialization, and the sudden human populational explosion after the 2nd. world-war. Preventives against the hypereutrophy is proposed in taking indispensable measures by the integrated planning of the rivers and lake basins, providing forestal waters, lakes, and rivers reserves for nature protections. This is possible in a country as the Brazil, because is a nation which is possessor of very big rivers basins, and artificial lakes, yet in indigenous and natural state.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, GB, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, GB, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz.Hidrobiologia geralEsquistossomosHipereutrofiaHidrobiologia geral, aplicada particularmente a veiculadores de Esquistossomos, Hipereutrofia, mal moderno das águasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/41709/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALLeujenePHOliveira_LuizaKrau_IOC_1970.pdfLeujenePHOliveira_LuizaKrau_IOC_1970.pdfapplication/pdf2629113https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/41709/2/LeujenePHOliveira_LuizaKrau_IOC_1970.pdfaf27071d2a5cb27a8339be85dad4256fMD52TEXTLeujenePHOliveira_LuizaKrau_IOC_1970.pdf.txtLeujenePHOliveira_LuizaKrau_IOC_1970.pdf.txtExtracted 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