Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Arannadia Barbosa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23132
Resumo: No Brasil, a Febre Maculosa (FM) é causada por Rickettsia rickettsii e por uma riquétsia filogeneticamente próxima à Rickettsia parkeri, Rickettsia sibirica e Rickettsia africae, denominada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica. A FM causada por R. rickettsii concentra-se na região Sudeste e agrega todos os óbitos relacionados a esse agravo, enquanto aquela relacionada à Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é de característica mais branda, sendo relatada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. Assim, apesar da evidente diversidade da FM no território brasileiro, não há, até o momento, a caracterização das espécies circulantes em alguns focos importantes no país, bem como o entendimento da cinética de crescimento e patogenicidade dessas espécies; conhecimento necessário e fundamental para o controle da FM. Desta forma, esta pesquisa foi dividida em três etapas: 1) realizar a análise filogenética da Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica circulante no Brasil; 2) realizar o isolamento e caracterização molecular da Rickettsia sp. circulante em foco recente de FM e 3) Analisar o comportamento de crescimento de estirpes de Rickettsia sp. do grupo FM e expressão de genes relacionados à infecção. Os resultados da primeira etapa deste trabalho baseados nas análises filogenéticas de distância par-a-par mostraram que a amostra analisada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é uma espécie distinta de R. parkeri, no entanto, não foi possível diferenciá-la de R. sibirica Neste estudo, obtivemos com sucesso o isolamento de riquétsias provenientes de carrapatos naturalmente infectados, coletados em foco recente de FM no Estado do Ceará: um isolado de Rickettsia sp. filogeneticamente próximo a R. rickettsii que foi obtido a partir de Rhipicephalus sanguineus e uma Rickettsia sp. pertencente ao grupo FM obtida do carrapato Amblyomma ovale. Na terceira etapa do trabalho, avaliamos comparativamente a taxa de crescimento e expressão gênica de R. rickettsii cepa Taiaçu, R. parkeri cepa AT#24 e R. rhipicephali cepa HJ#5, todos isolados brasileiros, infectando células Vero. Foram observadas variações nos padrões de crescimento bacteriano destas três estirpes. Os dados sugerem que a estirpe R. rhipicephali apresenta um comportamento distinto, mostrando um crescimento mais rápido com elevadas taxas de infecção ao longo do período de 72 horas, quando comparada às estirpes patogênicas R. rickettsii e R. parkeri. No entanto, os dados de expressão gênica mostraram que o nível de expressão de ompA foi maior para R. rickettsii em comparação com as duas espécies, nas primeiras horas da infecção. A habilidade contínua das espécies de Rickettsia sp. em modificarem-se geneticamente impulsiona a realização de novos estudos, a fim de identificar fatores que possam contribuir para uma melhor compreensão da patogênese das riquétsias.
id CRUZ_f45a3977990d39d51d1de25990a7173b
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/23132
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Silva, Arannadia BarbosaNogueira, Rita de Maria SeabraDuarte, Myrian MoratoBruno, Rafaela VieiraAmaral, Heloiza H. de O. M.Amorim, MarineteGazêta, Gilberto SallesFerreira, Erik Machado2017-11-13T16:56:14Z2017-11-13T16:56:14Z2016SILVA, Arannadia Barbosa. Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil. 2016. 90 f. Tese (Doutorado em Biodiversidade e Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23132No Brasil, a Febre Maculosa (FM) é causada por Rickettsia rickettsii e por uma riquétsia filogeneticamente próxima à Rickettsia parkeri, Rickettsia sibirica e Rickettsia africae, denominada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica. A FM causada por R. rickettsii concentra-se na região Sudeste e agrega todos os óbitos relacionados a esse agravo, enquanto aquela relacionada à Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é de característica mais branda, sendo relatada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. Assim, apesar da evidente diversidade da FM no território brasileiro, não há, até o momento, a caracterização das espécies circulantes em alguns focos importantes no país, bem como o entendimento da cinética de crescimento e patogenicidade dessas espécies; conhecimento necessário e fundamental para o controle da FM. Desta forma, esta pesquisa foi dividida em três etapas: 1) realizar a análise filogenética da Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica circulante no Brasil; 2) realizar o isolamento e caracterização molecular da Rickettsia sp. circulante em foco recente de FM e 3) Analisar o comportamento de crescimento de estirpes de Rickettsia sp. do grupo FM e expressão de genes relacionados à infecção. Os resultados da primeira etapa deste trabalho baseados nas análises filogenéticas de distância par-a-par mostraram que a amostra analisada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é uma espécie distinta de R. parkeri, no entanto, não foi possível diferenciá-la de R. sibirica Neste estudo, obtivemos com sucesso o isolamento de riquétsias provenientes de carrapatos naturalmente infectados, coletados em foco recente de FM no Estado do Ceará: um isolado de Rickettsia sp. filogeneticamente próximo a R. rickettsii que foi obtido a partir de Rhipicephalus sanguineus e uma Rickettsia sp. pertencente ao grupo FM obtida do carrapato Amblyomma ovale. Na terceira etapa do trabalho, avaliamos comparativamente a taxa de crescimento e expressão gênica de R. rickettsii cepa Taiaçu, R. parkeri cepa AT#24 e R. rhipicephali cepa HJ#5, todos isolados brasileiros, infectando células Vero. Foram observadas variações nos padrões de crescimento bacteriano destas três estirpes. Os dados sugerem que a estirpe R. rhipicephali apresenta um comportamento distinto, mostrando um crescimento mais rápido com elevadas taxas de infecção ao longo do período de 72 horas, quando comparada às estirpes patogênicas R. rickettsii e R. parkeri. No entanto, os dados de expressão gênica mostraram que o nível de expressão de ompA foi maior para R. rickettsii em comparação com as duas espécies, nas primeiras horas da infecção. A habilidade contínua das espécies de Rickettsia sp. em modificarem-se geneticamente impulsiona a realização de novos estudos, a fim de identificar fatores que possam contribuir para uma melhor compreensão da patogênese das riquétsias.In Brazil, Spotted Fever (SF) is caused by Rickettsia rickettsii and by another rickettsia phylogenetically close related to Rickettsia parkeri, Rickettsia sibirica and Rickettsia africae, named Rickettsia sp. strain Atlantic Forest. The SF caused by R. rickettsii is concentrated in the Southeast region and put together all deaths related to this grievance, whereas that related to Rickettsia sp. strain Atlantic Forest is milder, being reported in the South, Southeast and Northeast regions. Thus, despite the apparent diversity of SF in Brazil, there is, until now, no characterization of circulating species in some important centers in the country, as well as the understanding of the growth kinetics and pathogenicity of these species, essential to the control of SF. Thus, this research was divided into three stages: 1) performing the phylogenetic analysis of Rickettsia sp. strain Atlantic Forest circulating in Brazil; 2) making the isolation and molecular characterization of Rickettsia sp. circulating in recent focus of SF and 3) compare growth of SFG Rickettsia sp. strains and expression of genes related to infection riquetsial. The results of the first step of this work based on peer-to-peer distance phylogenetic analyzes showed that Rickettsia sp. strain Atlantic rainforest is a distinct species not related to R. parkeri, however, it was not possible to differentiate it from R. sibirica. In this study, we successfully obtained the isolation of rickettsiae from naturally infected ticks collected in SF recent focus on the state of Ceará: an isolate of Rickettsia sp., obtained from Rhipicephalus sanguineus, is phylogenetically close related to R. rickettsii, whereas the other isolate, obtained from the Amblyomma ovale, is phylogenetically close related to SFG Rickettsia sp In the third stage of this work, we comparatively evaluate the rate growth and gene expression of R. rickettsii strain Taiaçu, R. parkeri strain AT#24 and Rickettsia rhipicephali strain HJ#5, all Brazilian isolates, infecting Vero cells. Variations in patterns of bacterial growth of the three strains were observed in this study. Data suggest that R. rhipicephali strain has a different behavior, showing a more rapid growth to high rates of infection over a 72 hour period when compared to pathogenic strains R. rickettsii and R. parkeri. However, gene expression data suggest that the level of expression ompA were more highly in R. rickettsii when compared to the two species in the early hours of the infection. The continued ability of the Rickettsia to modify genetically drives new studies in order to identify factors that may contribute to a better understanding of riquetsial pathogenesis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInfecções por RickettsiaFilogeniaCinéticaDoenças Transmitidas por CarrapatosInfecções por RickettsiaFilogeniaCinéticaDoenças Transmitidas por CarrapatosIsolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2016Pós-Graduação em Biodiversidade e SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALarannadia_silva_ioc_dout_2016.pdfarannadia_silva_ioc_dout_2016.pdfapplication/pdf5387818https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/2/arannadia_silva_ioc_dout_2016.pdfd011c752582af7212a72583679f1b7d6MD52TEXTarannadia_silva_ioc_dout_2016.pdf.txtarannadia_silva_ioc_dout_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain225892https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/3/arannadia_silva_ioc_dout_2016.pdf.txt124fde4c8743bc9d73554b20f703f2e6MD53icict/231322019-09-10 21:22:51.129oai:www.arca.fiocruz.br:icict/23132Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-11T00:22:51Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
title Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
spellingShingle Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
Silva, Arannadia Barbosa
Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
title_short Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
title_full Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
title_fullStr Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
title_full_unstemmed Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
title_sort Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil
author Silva, Arannadia Barbosa
author_facet Silva, Arannadia Barbosa
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Nogueira, Rita de Maria Seabra
Duarte, Myrian Morato
Bruno, Rafaela Vieira
Amaral, Heloiza H. de O. M.
Amorim, Marinete
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Arannadia Barbosa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Gazêta, Gilberto Salles
Ferreira, Erik Machado
contributor_str_mv Gazêta, Gilberto Salles
Ferreira, Erik Machado
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
topic Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Infecções por Rickettsia
Filogenia
Cinética
Doenças Transmitidas por Carrapatos
description No Brasil, a Febre Maculosa (FM) é causada por Rickettsia rickettsii e por uma riquétsia filogeneticamente próxima à Rickettsia parkeri, Rickettsia sibirica e Rickettsia africae, denominada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica. A FM causada por R. rickettsii concentra-se na região Sudeste e agrega todos os óbitos relacionados a esse agravo, enquanto aquela relacionada à Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é de característica mais branda, sendo relatada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. Assim, apesar da evidente diversidade da FM no território brasileiro, não há, até o momento, a caracterização das espécies circulantes em alguns focos importantes no país, bem como o entendimento da cinética de crescimento e patogenicidade dessas espécies; conhecimento necessário e fundamental para o controle da FM. Desta forma, esta pesquisa foi dividida em três etapas: 1) realizar a análise filogenética da Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica circulante no Brasil; 2) realizar o isolamento e caracterização molecular da Rickettsia sp. circulante em foco recente de FM e 3) Analisar o comportamento de crescimento de estirpes de Rickettsia sp. do grupo FM e expressão de genes relacionados à infecção. Os resultados da primeira etapa deste trabalho baseados nas análises filogenéticas de distância par-a-par mostraram que a amostra analisada de Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica é uma espécie distinta de R. parkeri, no entanto, não foi possível diferenciá-la de R. sibirica Neste estudo, obtivemos com sucesso o isolamento de riquétsias provenientes de carrapatos naturalmente infectados, coletados em foco recente de FM no Estado do Ceará: um isolado de Rickettsia sp. filogeneticamente próximo a R. rickettsii que foi obtido a partir de Rhipicephalus sanguineus e uma Rickettsia sp. pertencente ao grupo FM obtida do carrapato Amblyomma ovale. Na terceira etapa do trabalho, avaliamos comparativamente a taxa de crescimento e expressão gênica de R. rickettsii cepa Taiaçu, R. parkeri cepa AT#24 e R. rhipicephali cepa HJ#5, todos isolados brasileiros, infectando células Vero. Foram observadas variações nos padrões de crescimento bacteriano destas três estirpes. Os dados sugerem que a estirpe R. rhipicephali apresenta um comportamento distinto, mostrando um crescimento mais rápido com elevadas taxas de infecção ao longo do período de 72 horas, quando comparada às estirpes patogênicas R. rickettsii e R. parkeri. No entanto, os dados de expressão gênica mostraram que o nível de expressão de ompA foi maior para R. rickettsii em comparação com as duas espécies, nas primeiras horas da infecção. A habilidade contínua das espécies de Rickettsia sp. em modificarem-se geneticamente impulsiona a realização de novos estudos, a fim de identificar fatores que possam contribuir para uma melhor compreensão da patogênese das riquétsias.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-11-13T16:56:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-11-13T16:56:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SILVA, Arannadia Barbosa. Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil. 2016. 90 f. Tese (Doutorado em Biodiversidade e Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23132
identifier_str_mv SILVA, Arannadia Barbosa. Isolamento, caracterização molecular, análise filogenética e expressão de genes relacionados à infecção de riquétsias do Grupo Febre Maculosa circulantes no Brasil. 2016. 90 f. Tese (Doutorado em Biodiversidade e Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23132
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/2/arannadia_silva_ioc_dout_2016.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/23132/3/arannadia_silva_ioc_dout_2016.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
d011c752582af7212a72583679f1b7d6
124fde4c8743bc9d73554b20f703f2e6
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324980007567360