Infecção por L. (L.) chagasi e associação entre anticorpos anti-saliva da Lutzomyia longipalpis e o teste cutâneo anti-leishmania em crianças residentes em áreas endêmicas der leishmaniose visceral, na ilha de São Luís-MA
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35424 |
Resumo: | A resposta humoral anti-saliva do flebotomíneo está associada à presença de anticorpos anti-Leishmania, em crianças residentes em áreas endêmicas para leishmaniose visceral (LV). Tais achados, entretanto, baseiam-se em um estudo seccional com uma pequena amostra. O presente estudo, de coorte prospectivo (janeiro 2003 a janeiro 2005) com 1080 crianças (idade inferior a 10 anos), objetiva avaliar o desenvolvimento de anticorpos anti-saliva do flebotomíneo, bem como, anticorpos anti-Leishmania e reação de hipersensibilidade tipo tardia (DTH) ao antígeno de Leishmania, e identificar possíveis fatores de risco para a infecção. As características demográficas da população estudada eram: 1 a 6 anos de idade (66,6%), sexo feminino (52,0%), cor parda (77,1%) e residência em casa com cinco a sete pessoas (57,8%). A cobertura de telha foi mencionada em 77,0% dos domicílios e desses, 96,1% eram servidas por rede de água tratada, 68,5% queimavam o lixo produzido e em 51,2% o destino dos dejetos era a fossa negra. A criação de animais foi referida por 52,3% das famílias, e a proximidade destes (principalmente cães) por 93,7%. Chiqueiro (20,6%) e galinheiro (61.3%) foram, frequentemente, relatados na proximidade das casas. A presença de flebotomíneos foi mencionada por 30,6% dos familiares. História anterior de LV na família foi referida por 205 (19,0%) das crianças envolvidas no estudo. A DHT no inquérito inicial mostrou prevalência de 31,8%, com incidências de 24,6% e 7,2%, nos 12° e 24° meses de observação, respectivamente. A positividade ao teste ELlSA anti¬leishmania a prevalência foi de 17,1% (inquérito inicial) com incidências de 6,6%, 3,8%, 17,2% e 37,3% aos 6°, 12°, 18° e 24° meses, respectivamente. Apesar da positividade de anticorpos anti-leishmania, nenhuma criança desenvolveu sintomas de LV. A variável "criação de animais" esteve associada ao risco de infecção por L. (L.) chagasi, quando o exame utilizado foi o ELlSA, enquanto que, as variáveis "abastecimento com água de poço", "criação de animais" e "resposta negativa quanto a presença de flebotomíneo" mostraram-se associadas quando o teste utilizado foi a DTH. Os anticorpos anti-saliva do flebotomíneo apresentaram prevalência de 16,1% no inquérito inicial e incidências no 6°, 12°, 18° e 24° meses de, respectivamente, 0,4%, 3,8%, 1,9% e 2,7%. Não houve diferença estatisticamente significante nos níveis de anticorpos IgG anti-saliva nas diferentes faixas etárias (menores de 1 ano, de um a três, de quatro a seis, e de sete a nove anos de idade) no inquérito inicial (teste de Kruskal-Wallis usado para comparar os níveis de anticorpos nos diferentes grupos de idade e pontos de estudo). Com exceção do grupo de menores de 1 ano, os anticorpos IgG anti-saliva, declinaram em função do tempo (p < 0.01 nos demais grupos de idade). A associação entre anticorpos anti-saliva e DTH anti-Leishmania foi estatisticamente significante (p < 0.0006 pela análise de sobrevivência de Kaplan-Meyer). Nossos resultados mostram que: a) altos títulos de anticorpos anti-Ieishmania nem sempre se correlacionam com o desenvolvimento de LV; b) a sensibilidade de anticorpos anti-saliva é baixa, uma vez que, muitas crianças foram expostas (evidenciado pelos anticorpos anti-leishmania ou DTH positivos), mas não exibiram reação anti-saliva positiva; Mais importante, este estudo de coorte forneceu evidências de associação estatisticamente significante entre anticorpos IgG anti-saliva do flebotomíneo positivos e resposta imuno-celular anti-leishmania. |
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Aquino, Dorlene Maria Cardoso deRabello, Ana Lúcia TelesWerneck, Guilherme LoureiroReis, Mitermayer Galvão dosMoreira Junior, Edson DuarteBarral, Aldina Maria PradoBarral, Aldina Maria Prado2019-09-09T18:22:49Z2019-09-09T18:22:49Z2007AQUINO, Dorlene Maria Cardoso de. Infecção por L. (L.) chagasi e associação entre anticorpos anti-saliva da Lutzomyia longipalpis e o teste cutâneo anti-leishmania em crianças residentes em áreas endêmicas der leishmaniose visceral, na ilha de São Luís-MA. 2007. 108 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Federal da Bahia; Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz, Salvador, 2007.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35424A resposta humoral anti-saliva do flebotomíneo está associada à presença de anticorpos anti-Leishmania, em crianças residentes em áreas endêmicas para leishmaniose visceral (LV). Tais achados, entretanto, baseiam-se em um estudo seccional com uma pequena amostra. O presente estudo, de coorte prospectivo (janeiro 2003 a janeiro 2005) com 1080 crianças (idade inferior a 10 anos), objetiva avaliar o desenvolvimento de anticorpos anti-saliva do flebotomíneo, bem como, anticorpos anti-Leishmania e reação de hipersensibilidade tipo tardia (DTH) ao antígeno de Leishmania, e identificar possíveis fatores de risco para a infecção. As características demográficas da população estudada eram: 1 a 6 anos de idade (66,6%), sexo feminino (52,0%), cor parda (77,1%) e residência em casa com cinco a sete pessoas (57,8%). A cobertura de telha foi mencionada em 77,0% dos domicílios e desses, 96,1% eram servidas por rede de água tratada, 68,5% queimavam o lixo produzido e em 51,2% o destino dos dejetos era a fossa negra. A criação de animais foi referida por 52,3% das famílias, e a proximidade destes (principalmente cães) por 93,7%. Chiqueiro (20,6%) e galinheiro (61.3%) foram, frequentemente, relatados na proximidade das casas. A presença de flebotomíneos foi mencionada por 30,6% dos familiares. História anterior de LV na família foi referida por 205 (19,0%) das crianças envolvidas no estudo. A DHT no inquérito inicial mostrou prevalência de 31,8%, com incidências de 24,6% e 7,2%, nos 12° e 24° meses de observação, respectivamente. A positividade ao teste ELlSA anti¬leishmania a prevalência foi de 17,1% (inquérito inicial) com incidências de 6,6%, 3,8%, 17,2% e 37,3% aos 6°, 12°, 18° e 24° meses, respectivamente. Apesar da positividade de anticorpos anti-leishmania, nenhuma criança desenvolveu sintomas de LV. A variável "criação de animais" esteve associada ao risco de infecção por L. (L.) chagasi, quando o exame utilizado foi o ELlSA, enquanto que, as variáveis "abastecimento com água de poço", "criação de animais" e "resposta negativa quanto a presença de flebotomíneo" mostraram-se associadas quando o teste utilizado foi a DTH. Os anticorpos anti-saliva do flebotomíneo apresentaram prevalência de 16,1% no inquérito inicial e incidências no 6°, 12°, 18° e 24° meses de, respectivamente, 0,4%, 3,8%, 1,9% e 2,7%. Não houve diferença estatisticamente significante nos níveis de anticorpos IgG anti-saliva nas diferentes faixas etárias (menores de 1 ano, de um a três, de quatro a seis, e de sete a nove anos de idade) no inquérito inicial (teste de Kruskal-Wallis usado para comparar os níveis de anticorpos nos diferentes grupos de idade e pontos de estudo). Com exceção do grupo de menores de 1 ano, os anticorpos IgG anti-saliva, declinaram em função do tempo (p < 0.01 nos demais grupos de idade). A associação entre anticorpos anti-saliva e DTH anti-Leishmania foi estatisticamente significante (p < 0.0006 pela análise de sobrevivência de Kaplan-Meyer). Nossos resultados mostram que: a) altos títulos de anticorpos anti-Ieishmania nem sempre se correlacionam com o desenvolvimento de LV; b) a sensibilidade de anticorpos anti-saliva é baixa, uma vez que, muitas crianças foram expostas (evidenciado pelos anticorpos anti-leishmania ou DTH positivos), mas não exibiram reação anti-saliva positiva; Mais importante, este estudo de coorte forneceu evidências de associação estatisticamente significante entre anticorpos IgG anti-saliva do flebotomíneo positivos e resposta imuno-celular anti-leishmania.Positivity of anti-sand fly saliva humoral response has been correlated to the presence of anti-leishmania immune response in children living in endemic areas for visceral leishmaniasis (VL). Such findings however were based on sectional studies with small samples. The present study is a prospective cohort study (January 2003 to January 2005) with 1080 children (below 10 years old) aimed at evaluating the development of anti-sand fly saliva antibodies as well as anti- leishmania antibodies and delayed-type hypersensitivity (DTH) to leishmanial antigen. Demographic characteristics are: one to six years old (66,6%), female (52,0%), mulatoes (77,1%) and living in households with five to seven persons (57,8%). Tile roof was present in 77,0% of households and 96,1% of them were served by running treated water but 51,2% did not have swage. Raising animals was recorded by 52,3% of families, and proximity to animals (mainly dogs) referred to by 93,7%. Pigsty (20,6%) and hen houses (61,3%) were frequently observed in proximity to the houses. In house sand flies were referred to by 30,6% of families. Previous history of VL in the family was present in 205 (19,0%) children enrolled in the study, at time zero had a prevalence of 31,8% with incidences of 24,6%, 7,2% at time 12 and 24 months respectively. A positive anti-leishmania ELISA test had a prevalence of 17.1% (time zero) with incidences of 6,6%, 3,8%, 17,2% and 37,3% at times 12, 18 and 24 months, respectively. Despite the presence of positive anti- leishmania antibody titers no child developed symptoms of VL. Raising animals was a risck factor associeted with infection by the ELISA test, while extra domiciliary water source, raising animals and negative question to sand flies in house were associeted with infection when the test was the DTH. Anti-sand fly saliva antibodies exhibited a positivity of 16,1% at time zero, and of 0,4%, 3,8%, 1,9% e 2,7% at times six, 12, 18 and 24 months, respectively. At time zero, no statistically significant difference was observed in anti-saliva IgG antibodies at the different age ranges (below lyr, one to three, four to six or seven to nine). (Kruskal-Wallis test was used to all comparisons of antibody levels at different age ranges or time points). Except the group below 1 year, anti-saliva IgG antibodies declined as function of time (p<0.001 in all age ranges). The association between anti-saliva antibodies and anl\-leishmania DTH was statistically significant (p<0.0006 by Kaplan-Meyer survival analysis). Our results show: a) high anti- leishmania IgG antibodies do not always correlate to VL development; b) sensitivity of anti-saliva antibodies is low as many exposed children (evidenced by positive anti-leishmania antibodies or positive ) did not exhibit positive anti-saliva reactions. Most importantly, this large cohort study puts in evidence a statistically significant correlation between positive anti-sandfly saliva IgG antibodies and anti-leishmania cell-mediated immunity.TMRC pelo financiamento da pesquisa e ao PICDT, pela concessão da bolsa de estudos.Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil.porCentro de Pesquisas Gonçalo MonizLeishmaniose VisceralLeishmania ChagasiLutzomyiaPsichodidaeInfecçãoSalivaFlebotomíneoHuman visceral LeishmaniasisLeishmania ChagasiLutzomyiaPsichodidaeInfectionSalivaInfecção por L. (L.) chagasi e associação entre anticorpos anti-saliva da Lutzomyia longipalpis e o teste cutâneo anti-leishmania em crianças residentes em áreas endêmicas der leishmaniose visceral, na ilha de São Luís-MAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2007Coordenação de EnsinoUniversidade Federal da Bahia. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizSalvador/BAPós-Graduação em Patologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35424/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALDorlene Maria Cardoso de Aquino Infecção...2007.pdfDorlene Maria Cardoso de Aquino Infecção...2007.pdfapplication/pdf3159994https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35424/2/Dorlene%20Maria%20Cardoso%20de%20Aquino%20%20Infec%c3%a7%c3%a3o...2007.pdfeffe0c8da68d800cfa9396e5e58a422fMD52TEXTDorlene Maria Cardoso de Aquino Infecção...2007.pdf.txtDorlene Maria Cardoso de Aquino Infecção...2007.pdf.txtExtracted texttext/plain167552https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/35424/3/Dorlene%20Maria%20Cardoso%20de%20Aquino%20%20Infec%c3%a7%c3%a3o...2007.pdf.txta34780cdb2c9aa4ad2c769fcc0a04622MD53icict/354242019-09-10 02:03:23.225oai:www.arca.fiocruz.br:icict/35424Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-09-10T05:03:23Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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