Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34360 |
Resumo: | Introdução: Na maioria dos países da África sub-sahariana, onde a meningite bacteriana aguda (MBA) continua a ser uma das principais causas de mortalidade infantil, a vigilância de MBA é baseada principalmente em cultura. Além disso, as amostras de LCR de baixa qualidade e alta frequência de consumo de antibióticos antes da colheita de amostras, leva a uma alta taxa de resultados falso-negativos. Este estudo foi realizado com o objetivo de descrever a epidemiologia e o perfil de susceptibilidade aos antibióticos dos principais agentes etiológicos da MBA, isolados em amostras de crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. Metodologia: Durante o período de março de 2013 a março de 2014, foram colhidas amostras de LCR de crianças menores de 5 anos de idade, internadas, e que reuniram os critérios de definição de caso da OMS para MBA, em três hospitais (quaternários) regionais. Os exames macroscópicos e citoquímico, cultura e qPCR foram realizadas em todas as amostras. Resultados: Das 369 amostras de LCR colhidas em crianças com suspeita clínica da MBA. A qPCR mostrou uma elevada taxa de detecção dos patógenos bacterianos quando comparada à cultura [52.3% (193/369) para M-qPCR contra 7.3% (27/399) para a cultura]. A frequência de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e S. agalactiae, and foi de 32.8% (121\2044369), 12.2%, (45\2044369), 3.0% (16\2044369) and 4.3% (11\2044369), respectivamente, significativamente elevada quando comparada com resultados da cultura (p < 0,001 para cada) Idade inferior a 12 meses foi estatisticamente associadas a MBA. Todos os isolados de pneumococos (n = 17) foram sensíveis à ceftriaxona, e 11,8% (2/17) foram sensíveis à penicilina. Todos os isolados de Hib (n = 5) foram sensíveis à ampicilina e 80% (4/5) foram sensíveis à cloranfenicol. Entre os 3 isolados de meningococos, apenas um foi resistente à ampicilina, ceftriaxona e cloranfenicol (33,3%) para cada um. Todos os 2 isolados de S. agalactiae foram sensíveis à eritromicina, levofloxacina e ceftriaxona e todos eram resistentes à vancomicina e à ampicilina. Os serotipos mais prevalentes foram 1 (18,2), 5 (15,2), 14 (12,1), 9V (12.1), 23F (9,1), 6A (9,1), 4 (9,1) e 6B (6,1). A proporção de isolados pertencentes a serotipos incluídos nas vacinas PCV-7, PCV-10, e PCV-13 foram 45,5%, 63,6% e 81,8%, respectivamente. Os serotipos 1, 3, 4, 6B, 14 e 23F foram todos resistentes à penicilina, enquanto para a ceftriaxona, todos foram sensíveis. Conclusão: Nossos achados mostram que a MBA é altamente prevalente em crianças com meningite e que S. pneumoniae foi a causa mais comum de meningite bacteriana aguda em crianças <5 anos de idade. Além disso, nossos dados demonstram que a cultura apresenta um rendimento baixo no diagnóstico da MBA, e sugerem fortemente que a qPCR deve ser incorporada nas atividades de vigilância de MBA. A introdução da PCV- 13 pode ser vantajoso devido a emergência dos serotipos 3 e 6A em Moçambique. |
id |
CRUZ_f4b9069a31768c6885a02b98f6b3817f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34360 |
network_acronym_str |
CRUZ |
network_name_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
repository_id_str |
2135 |
spelling |
Nhantumbo, Aquino AlbinoMoraes, Milton OzórioGudo, Eduardo Samo2019-07-23T15:18:51Z2019-07-23T15:18:51Z2014NHANTUMBO, Aquino Albino. Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. 2014. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Maputo, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34360Introdução: Na maioria dos países da África sub-sahariana, onde a meningite bacteriana aguda (MBA) continua a ser uma das principais causas de mortalidade infantil, a vigilância de MBA é baseada principalmente em cultura. Além disso, as amostras de LCR de baixa qualidade e alta frequência de consumo de antibióticos antes da colheita de amostras, leva a uma alta taxa de resultados falso-negativos. Este estudo foi realizado com o objetivo de descrever a epidemiologia e o perfil de susceptibilidade aos antibióticos dos principais agentes etiológicos da MBA, isolados em amostras de crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. Metodologia: Durante o período de março de 2013 a março de 2014, foram colhidas amostras de LCR de crianças menores de 5 anos de idade, internadas, e que reuniram os critérios de definição de caso da OMS para MBA, em três hospitais (quaternários) regionais. Os exames macroscópicos e citoquímico, cultura e qPCR foram realizadas em todas as amostras. Resultados: Das 369 amostras de LCR colhidas em crianças com suspeita clínica da MBA. A qPCR mostrou uma elevada taxa de detecção dos patógenos bacterianos quando comparada à cultura [52.3% (193/369) para M-qPCR contra 7.3% (27/399) para a cultura]. A frequência de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e S. agalactiae, and foi de 32.8% (121\2044369), 12.2%, (45\2044369), 3.0% (16\2044369) and 4.3% (11\2044369), respectivamente, significativamente elevada quando comparada com resultados da cultura (p < 0,001 para cada) Idade inferior a 12 meses foi estatisticamente associadas a MBA. Todos os isolados de pneumococos (n = 17) foram sensíveis à ceftriaxona, e 11,8% (2/17) foram sensíveis à penicilina. Todos os isolados de Hib (n = 5) foram sensíveis à ampicilina e 80% (4/5) foram sensíveis à cloranfenicol. Entre os 3 isolados de meningococos, apenas um foi resistente à ampicilina, ceftriaxona e cloranfenicol (33,3%) para cada um. Todos os 2 isolados de S. agalactiae foram sensíveis à eritromicina, levofloxacina e ceftriaxona e todos eram resistentes à vancomicina e à ampicilina. Os serotipos mais prevalentes foram 1 (18,2), 5 (15,2), 14 (12,1), 9V (12.1), 23F (9,1), 6A (9,1), 4 (9,1) e 6B (6,1). A proporção de isolados pertencentes a serotipos incluídos nas vacinas PCV-7, PCV-10, e PCV-13 foram 45,5%, 63,6% e 81,8%, respectivamente. Os serotipos 1, 3, 4, 6B, 14 e 23F foram todos resistentes à penicilina, enquanto para a ceftriaxona, todos foram sensíveis. Conclusão: Nossos achados mostram que a MBA é altamente prevalente em crianças com meningite e que S. pneumoniae foi a causa mais comum de meningite bacteriana aguda em crianças <5 anos de idade. Além disso, nossos dados demonstram que a cultura apresenta um rendimento baixo no diagnóstico da MBA, e sugerem fortemente que a qPCR deve ser incorporada nas atividades de vigilância de MBA. A introdução da PCV- 13 pode ser vantajoso devido a emergência dos serotipos 3 e 6A em Moçambique.Background: In Sub-Saharan Africa, including Mozambique, acute bacterial meningitis (ABM) represents a main cause of childhood mortality. The burden of ABM is seriously underestimated because of the poor performance of culture sampling, the primary method of ABM surveillance in the region. Low quality cerebrospinal fluid (CSF) samples and frequent consumption of antibiotics prior to sample collection lead to a high rate of false-negative results. To our knowledge, this study is the first to determine the frequency of ABM in Mozambique using real-time polymerase chain reaction (qPCR) and to compare results to those of culture sampling. Method: Between March 2013 and March 2014, CSF samples were collected at 3 regional hospitals from patients under 5 years of age, who met World Health Organization case definition criteria for ABM. Macroscopic examination, cytochemical study, culture, and qPCR were performed on all samples. Results: A total of 369 CSF samples were collected from children clinically suspected of ABM. qPCR showed a significantly higher detection rate of ABM-causing pathogens when compared to culture (52.3% [193/369] versus 7.3% [27/369], p = 0.000). The frequency of Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis and S. agalactiae, and were 32.8% (121⁄369), 12.2%, (45⁄369), 3.0% (16⁄369) and 4.3% (11⁄369), respectively, significantly higher compared to that obtained on culture (p <0.001 for each). All pneumococci isolates (n=17) were susceptible to ceftriaxone, and 11.8% (2/17) were susceptible to penicillin. All Hib isolates (n=5) were susceptible to ampicillin and 80% (4/5) were susceptible to chloramphenicol. Among the 3 meningococci isolates, only one was resistant to ampicillin, ceftriaxone and chloramphenicol (33.3%) for each. All the 2 isolates of group B streptococci were susceptible to erythromycin, levofloxacin and ceftriaxone and all were resistant to vancomycin and ampicillin. The most common serotypes of S. pneumoniae were 1 (18.2%), 5 (15.2%), 14 (12.1%), 9V (12.1%), 23F (9.1%), 6A (9.1%), 4 (9.1%) and 6B (6.1%). Serotypes 1, 5, 9V, 6A and 12 were mostly prevalent in northern Mozambique, while serotypes 23F, 4, 6B, 3 and 15B were predominant in southern. Serotype coverage of PCV-10 and PCV-13 vaccine formulations were 81.8% and 93.9%, respectively. Serotypes 1, 3, 4, 6B, 14, 23F were resistant to penicillin and sensitive to ceftriaxone. Conclusion: Our findings demonstrate that culture is less effective for the diagnosis of ABM than qPCR. The common use of culture rather than qPCR to identify ABM results in serious underestimation of the burden of the disease, and our findings strongly suggest that qPCR should be incorporated into surveillance activities for ABM. In addition, our data showed that S. pneumoniae represents the most common cause of ABM in children under 5 years of age. Introduction of PCV-13 would be advantageous because of emergence of news serotypes 3 and 6A in Mozambique.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porMeningite Bacteriana AgudaReação em Cadeia da PolimeraseMoçambiqueCriançasMeningites BacterianasFrequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambiqueinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Pós-Graduação em Ciências da SaúdeFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzMaputoPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALaquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdfapplication/pdf3008338https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/2/aquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdfb159a1db1a5e9c66ec5229d62650aa72MD52TEXTaquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdf.txtaquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain213169https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/3/aquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdf.txtb7a525b66c9f3a6f40df59852f633a45MD53icict/343602019-07-24 02:01:52.512oai:www.arca.fiocruz.br:icict/34360Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-07-24T05:01:52Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
title |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
spellingShingle |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique Nhantumbo, Aquino Albino Meningite Bacteriana Aguda Reação em Cadeia da Polimerase Moçambique Crianças Meningites Bacterianas |
title_short |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
title_full |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
title_fullStr |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
title_full_unstemmed |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
title_sort |
Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique |
author |
Nhantumbo, Aquino Albino |
author_facet |
Nhantumbo, Aquino Albino |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nhantumbo, Aquino Albino |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Moraes, Milton Ozório Gudo, Eduardo Samo |
contributor_str_mv |
Moraes, Milton Ozório Gudo, Eduardo Samo |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Meningite Bacteriana Aguda Reação em Cadeia da Polimerase |
topic |
Meningite Bacteriana Aguda Reação em Cadeia da Polimerase Moçambique Crianças Meningites Bacterianas |
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv |
Moçambique Crianças Meningites Bacterianas |
description |
Introdução: Na maioria dos países da África sub-sahariana, onde a meningite bacteriana aguda (MBA) continua a ser uma das principais causas de mortalidade infantil, a vigilância de MBA é baseada principalmente em cultura. Além disso, as amostras de LCR de baixa qualidade e alta frequência de consumo de antibióticos antes da colheita de amostras, leva a uma alta taxa de resultados falso-negativos. Este estudo foi realizado com o objetivo de descrever a epidemiologia e o perfil de susceptibilidade aos antibióticos dos principais agentes etiológicos da MBA, isolados em amostras de crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. Metodologia: Durante o período de março de 2013 a março de 2014, foram colhidas amostras de LCR de crianças menores de 5 anos de idade, internadas, e que reuniram os critérios de definição de caso da OMS para MBA, em três hospitais (quaternários) regionais. Os exames macroscópicos e citoquímico, cultura e qPCR foram realizadas em todas as amostras. Resultados: Das 369 amostras de LCR colhidas em crianças com suspeita clínica da MBA. A qPCR mostrou uma elevada taxa de detecção dos patógenos bacterianos quando comparada à cultura [52.3% (193/369) para M-qPCR contra 7.3% (27/399) para a cultura]. A frequência de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e S. agalactiae, and foi de 32.8% (121\2044369), 12.2%, (45\2044369), 3.0% (16\2044369) and 4.3% (11\2044369), respectivamente, significativamente elevada quando comparada com resultados da cultura (p < 0,001 para cada) Idade inferior a 12 meses foi estatisticamente associadas a MBA. Todos os isolados de pneumococos (n = 17) foram sensíveis à ceftriaxona, e 11,8% (2/17) foram sensíveis à penicilina. Todos os isolados de Hib (n = 5) foram sensíveis à ampicilina e 80% (4/5) foram sensíveis à cloranfenicol. Entre os 3 isolados de meningococos, apenas um foi resistente à ampicilina, ceftriaxona e cloranfenicol (33,3%) para cada um. Todos os 2 isolados de S. agalactiae foram sensíveis à eritromicina, levofloxacina e ceftriaxona e todos eram resistentes à vancomicina e à ampicilina. Os serotipos mais prevalentes foram 1 (18,2), 5 (15,2), 14 (12,1), 9V (12.1), 23F (9,1), 6A (9,1), 4 (9,1) e 6B (6,1). A proporção de isolados pertencentes a serotipos incluídos nas vacinas PCV-7, PCV-10, e PCV-13 foram 45,5%, 63,6% e 81,8%, respectivamente. Os serotipos 1, 3, 4, 6B, 14 e 23F foram todos resistentes à penicilina, enquanto para a ceftriaxona, todos foram sensíveis. Conclusão: Nossos achados mostram que a MBA é altamente prevalente em crianças com meningite e que S. pneumoniae foi a causa mais comum de meningite bacteriana aguda em crianças <5 anos de idade. Além disso, nossos dados demonstram que a cultura apresenta um rendimento baixo no diagnóstico da MBA, e sugerem fortemente que a qPCR deve ser incorporada nas atividades de vigilância de MBA. A introdução da PCV- 13 pode ser vantajoso devido a emergência dos serotipos 3 e 6A em Moçambique. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-23T15:18:51Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-23T15:18:51Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
NHANTUMBO, Aquino Albino. Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. 2014. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Maputo, 2014. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34360 |
identifier_str_mv |
NHANTUMBO, Aquino Albino. Frequência e epidemiologia molecular das estirpes causadoras de meningites bacterianas agudas em crianças menores de 5 anos de idade em Moçambique. 2014. 104 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Maputo, 2014. |
url |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34360 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) instacron:FIOCRUZ |
instname_str |
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
instacron_str |
FIOCRUZ |
institution |
FIOCRUZ |
reponame_str |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
collection |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/1/license.txt https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/2/aquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdf https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/34360/3/aquino_nhantumbo_ioc_mest_2014.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 b159a1db1a5e9c66ec5229d62650aa72 b7a525b66c9f3a6f40df59852f633a45 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio.arca@fiocruz.br |
_version_ |
1822791738604912640 |