Estudo comparativo das características clínicas e da resposta imune in situ entre pacientes com forma cutânea localizada e forma cutânea disseminada da Leishmaniose Tegumentar Americana atendidos no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses, 1989 a 2014
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26505 |
Resumo: | A leishmaniose cutânea disseminada (LDi) caracteriza-se por um número elevado (\F0B3 10) de lesões cutâneas, polimórficas, em vários segmentos corporais, podendo ou não atingir mucosas. A eficácia do tratamento específico é motivo de controvérsia. Apesar de dados já publicados, questões relativas às características clínicas, à resposta terapêutica e ao perfil imunológico dos pacientes, quando comparados com os pacientes com a forma cutânea localizada com lesão única de LTA, permanecem a ser respondidas. Neste contexto, estudamos uma coorte histórica de pacientes com LDi atendidos no LapClinVigileish (INI-Fiocruz) entre 1989 e 2014. Os pacientes com diagnóstico de LDi (n=17) foram comparados com pacientes apresentando forma cutânea localizada (LCL - n=34). Foi realizado levantamento de dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos, e estudo imunológico in situ no qual se avaliou a presença de células CD4+, CD8+, CD68+, mastócitos, neutrófilos, células NK, Ki67+, CD25+, expressão de NOS2 e amastigotas em fragmentos de lesões cutâneas coletadas no momento do diagnóstico. A confirmação diagnóstica foi realizada por histopatologia e imuno-histoquímica. Os pacientes de LDi eram predominantemente do sexo masculino, com frequente acometimento de cabeça e de mucosas Não houve diferenças na positividade de exames parasitológicos, IDRM e sorologia entre os dois grupos. Apesar do maior número de casos de insucesso terapêutico primário nos casos de LDi, todos os pacientes obtiveram cura das lesões após repetição ou modificação do esquema terapêutico. Os estudos in situ demonstraram semelhanças nas concentrações de células CD8+, Ki67+, macrófago, neutrófilo, NK e expressão de NOS2 nos dois grupos. No entanto, LCL apresentou maior concentração de células CD4+ e mastócitos, enquanto LDi apresentou maior número de células CD25+. Como conclusão, obtivemos algumas características clínicas e do processo inflamatório que diferiram quando LCL e LDi eram comparados. No entanto, nenhum deles foi suficiente, isoladamente ou em conjunto, para distinguir de forma clara LCL de LDi. Baseado na literatura que reporta dificuldade de curar a LDi o Ministério da Saúde recomendou recentemente aumentar o tempo de administração e a dose de antimoniato de meglumina para esta forma de doença. Por este motivo, os profissionais de saúde devem ser capazes de reconhecer e tratar a LDi de forma adequada. |
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Pereira, Rossina Pereira eConceição-Silva, Fátima daLyra, Marcelo Rosandiski2018-05-21T13:29:58Z2018-05-21T13:29:58Z2017PEREIRA, Rossina Pereira e. Estudo comparativo das características clínicas e da resposta imune in situ entre pacientes com forma cutânea localizada e forma cutânea disseminada da Leishmaniose Tegumentar Americana atendidos no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses, 1989 a 2014. 2017. 95 f. Dissertação (Mestrado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas)-Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26505A leishmaniose cutânea disseminada (LDi) caracteriza-se por um número elevado (\F0B3 10) de lesões cutâneas, polimórficas, em vários segmentos corporais, podendo ou não atingir mucosas. A eficácia do tratamento específico é motivo de controvérsia. Apesar de dados já publicados, questões relativas às características clínicas, à resposta terapêutica e ao perfil imunológico dos pacientes, quando comparados com os pacientes com a forma cutânea localizada com lesão única de LTA, permanecem a ser respondidas. Neste contexto, estudamos uma coorte histórica de pacientes com LDi atendidos no LapClinVigileish (INI-Fiocruz) entre 1989 e 2014. Os pacientes com diagnóstico de LDi (n=17) foram comparados com pacientes apresentando forma cutânea localizada (LCL - n=34). Foi realizado levantamento de dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos, e estudo imunológico in situ no qual se avaliou a presença de células CD4+, CD8+, CD68+, mastócitos, neutrófilos, células NK, Ki67+, CD25+, expressão de NOS2 e amastigotas em fragmentos de lesões cutâneas coletadas no momento do diagnóstico. A confirmação diagnóstica foi realizada por histopatologia e imuno-histoquímica. Os pacientes de LDi eram predominantemente do sexo masculino, com frequente acometimento de cabeça e de mucosas Não houve diferenças na positividade de exames parasitológicos, IDRM e sorologia entre os dois grupos. Apesar do maior número de casos de insucesso terapêutico primário nos casos de LDi, todos os pacientes obtiveram cura das lesões após repetição ou modificação do esquema terapêutico. Os estudos in situ demonstraram semelhanças nas concentrações de células CD8+, Ki67+, macrófago, neutrófilo, NK e expressão de NOS2 nos dois grupos. No entanto, LCL apresentou maior concentração de células CD4+ e mastócitos, enquanto LDi apresentou maior número de células CD25+. Como conclusão, obtivemos algumas características clínicas e do processo inflamatório que diferiram quando LCL e LDi eram comparados. No entanto, nenhum deles foi suficiente, isoladamente ou em conjunto, para distinguir de forma clara LCL de LDi. Baseado na literatura que reporta dificuldade de curar a LDi o Ministério da Saúde recomendou recentemente aumentar o tempo de administração e a dose de antimoniato de meglumina para esta forma de doença. Por este motivo, os profissionais de saúde devem ser capazes de reconhecer e tratar a LDi de forma adequada.The disseminated cutaneous form of leishmaniasis (LDi) is characterized by a high number (\F0B3 10) of polymorphic cutaneous lesions spread in several body segments, with or without mucosal lesions. The response to specific treatment is controversial. Despite the literature information, questions related to the clinical characteristics, therapeutic response and the immunological profile of these patients remain to be answered, mostly when they are compared with the profile of patients with a unique localized cutaneous form of ACL. In this context, we evaluated a historical cohort of patients with LDi followed by LaPClinVigileish (INI-Fiocruz) between 1989 and 2014. Patients with a diagnosis of LDi (n = 17) were compared to patients presenting localized cutaneous form (LCL = 34). In addition to clinical, laboratory and epidemiological date, we performed an in situ immunological study to evaluate the quantity of CD4+, CD8+, CD68+ cells, mast cell, neutrophil, NK cells, Ki67+, CD25+ cells, NOS2 expression and amastigotes on fragments of cutaneous lesions collected during diagnosis. The diagnostic confirmation was done by histopathology and immunohistochemistry. The LDi patients were predominantly male, with frequent involvement of the head and mucous membranes There was no difference in the positivity of parasitological exams, IDRM and serology between the two groups. Despite the greater number of cases of primary therapeutic failure in LDi, all patients were cured after repeated 1-3 cycles of treatment or after treatment adjustment. In situ studies showed similarities in CD8, Ki67, macrophage, neutrophil, NK and NOS2 concentrations when the two groups were compared. However, LCL exhibits the highest concentration of CD4+ cells and mast cells, while LDi had the highest number of CD25+ cells. These results alone are not enough to suggest an increase of the in situ inflammatory activity in either group. Other markers should be evaluated in order to better verify the characteristics of the in situ inflammatory process which could be involved in the development of LDi. In conclusion, we obtained some clinical and inflammatory characteristics that differed when LCL and LDi were compared. However, they are not sufficient, either alone or in combination, to clearly separate LCL from Ldi. The literature reports a possibility of difficulty in healing LDi, so health professionals should be aware during the follow up and the therapeutic response in LDi to intervene early and correct the therapeutic scheme used if necessary.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmaniose CutâneaVirulênciaImunidade nas MucosasEstudo comparativo das características clínicas e da resposta imune in situ entre pacientes com forma cutânea localizada e forma cutânea disseminada da Leishmaniose Tegumentar Americana atendidos no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses, 1989 a 2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26505/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALrossina_pereira_ini_mest_2017.pdfapplication/pdf2816059https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26505/2/rossina_pereira_ini_mest_2017.pdff33365a9d108f94c7aacd49cb73673f1MD52TEXTrossina_pereira_ini_mest_2017.pdf.txtrossina_pereira_ini_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain155996https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/26505/3/rossina_pereira_ini_mest_2017.pdf.txt2eeb7e563a165b36088fde8a4d473803MD53icict/265052019-04-26 09:31:22.227oai:www.arca.fiocruz.br:icict/26505Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-04-26T12:31:22Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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