Estabelecimento do soro antibotropico de referência nacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucas, Elizabeth Porto Reis
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33576
Resumo: No Brasil ocorrem aproximadamente 20 mil acidentes ofídicos por ano. Em cerca de 90% dos casos em que a serpente é reconhecida, o gênero Bothrops é o responsável, sendo este o envolvido no maior número de casos de acidentes com serpentes venenosas no Novo Mundo. A soroterapia é o tratamento adequado para diminuir a letalidade dos acidentes causados por esses animais. O tratamento consiste na aplicação nos pacientes de um soro específico constituído por um concentrado de anticorpos. A segurança e a eficácia da imunoterapia antienvenenamento estão intimamente relacionadas à pureza e uma cuidadosa determinação da potência do soro (atividade biológica). A metodologia atual em camundongos, ainda apresenta importantes limitações e apesar de adotada como metodologia farmacopeica oficial, não é uma metodologia validada. Observações preliminares identificaram principalmente um alto índice de invalidação de ensaios e uma baixa repetibilidade e reprodutibilidade, representado por diferenças significativas no ensaio de potência nos resultados obtidos pelo INCQS e pelos laboratórios produtores, enfatizando a necessidade de aperfeiçoar a metodologia analítica para a determinação da potência do Soro Antibotrópico. De acordo com as recomendações de “Workshop on the Standardizationand Control of Antivenoms”, coordenado pela “Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit” da OMS, o estabelecimento de venenos e antivenenos de referência é essencial para a padronização destes ensaios para permitir a comparação lote a lote, assim como a comparação entre laboratórios. Idealmente a atividades dos antivenenos devem ser expressas em unidades neutralizantes de toxina baseada em um padrão nacional ou regional. Foi realizado pelo INCQS um “pool” de soros antibotrópicos representativos de todos os produtores nacionais. A Dose Efetiva 50% (DE50) foi determinada através de oito ensaios válidos para verificar sua potência e a variabilidade de seus resultados. Os resultados foram consistentes e foi calculada a potência obtendo um resultado de 6,92 mg/mL, recebendo a denominação de BRA/ANTIBOT/001.
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O tratamento consiste na aplicação nos pacientes de um soro específico constituído por um concentrado de anticorpos. A segurança e a eficácia da imunoterapia antienvenenamento estão intimamente relacionadas à pureza e uma cuidadosa determinação da potência do soro (atividade biológica). A metodologia atual em camundongos, ainda apresenta importantes limitações e apesar de adotada como metodologia farmacopeica oficial, não é uma metodologia validada. Observações preliminares identificaram principalmente um alto índice de invalidação de ensaios e uma baixa repetibilidade e reprodutibilidade, representado por diferenças significativas no ensaio de potência nos resultados obtidos pelo INCQS e pelos laboratórios produtores, enfatizando a necessidade de aperfeiçoar a metodologia analítica para a determinação da potência do Soro Antibotrópico. De acordo com as recomendações de “Workshop on the Standardizationand Control of Antivenoms”, coordenado pela “Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit” da OMS, o estabelecimento de venenos e antivenenos de referência é essencial para a padronização destes ensaios para permitir a comparação lote a lote, assim como a comparação entre laboratórios. Idealmente a atividades dos antivenenos devem ser expressas em unidades neutralizantes de toxina baseada em um padrão nacional ou regional. Foi realizado pelo INCQS um “pool” de soros antibotrópicos representativos de todos os produtores nacionais. A Dose Efetiva 50% (DE50) foi determinada através de oito ensaios válidos para verificar sua potência e a variabilidade de seus resultados. Os resultados foram consistentes e foi calculada a potência obtendo um resultado de 6,92 mg/mL, recebendo a denominação de BRA/ANTIBOT/001.In Brazil 20 thousand poisonous snakebites accidents are reported per year. About 90% of cases in which the serpent is recognized, the Bothrops genus is the responsible, being this involved in the largest number of accidents with poisonous serpents in the New World. Serum-therapy is the proper treatment for reducing the lethality of snakebites caused by these animals. Treatment consists in administrating to the patient a specific serum produced with a concentrate of antibodies. The safety and efficacy of the anti-poison immunoterapy depends on the purity and on a careful determination of potency (biological activity). The current official methodology using mice presents sever limitations and, even being an official pharmacopoeia monograph has not been validated. Preliminary observations has identified mainly a high level of invalid assays and a low repeatability and reproducibility, revealed by significant differences in the results of potency assay obtained by INCQS and by producer laboratories, emphasizing the need of refining the analytical methodology for the potency detection of anti-bothropic sera. According to there commendations of the “Workshop on the Standardization and Control of Antivenoms”, coordinated by “Quality Assurance and Safety of Biologicals Unit” of OMS the establishing of standards for venoms and antivenoms is essential to the standardization of these assays allowing a lot-to-lot comparison, as so as an inter-laboratory comparison. Ideally the activity of antivenoms should be expressed in Neutralizing Units of a toxin based in a National or Regional Standard. A pool of antibothropic sera was made by the INCQS with anti-sera from all national producers. The Effective dose 50% (ED50) was determinate using eight valid assays to verify its potency and the homogeneity of its results. The results showed to be consistent and the potency has been calculated obtaining the value 6.92 mg/mL, and called BRA/ANTIBOT/001.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porSoro AntibotrópicoPadrão de ReferênciaDeterminação da PotênciaAnti-bothropic SerumStandard of ReferenceDetermination of potencySoro AntibotrópicoPadrões de ReferênciaEstabelecimento do soro antibotropico de referência nacionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis2006Coordenação de Pós-GraduaçãoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em SaúdeRio de Janeiro/RJCurso de Especialização em Controle da Qualidade de Produtos, Ambientes e Serviços Vinculados à Vigilância Sanitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33576/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALMonografia_especialização_Elizabeth.pdfMonografia_especialização_Elizabeth.pdfapplication/pdf439250https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33576/2/Monografia_especializa%c3%a7%c3%a3o_Elizabeth.pdfc99ca2d44c3e59b64bff403cf99bd7c7MD52TEXTMonografia_especialização_Elizabeth.pdf.txtMonografia_especialização_Elizabeth.pdf.txtExtracted texttext/plain48565https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/33576/3/Monografia_especializa%c3%a7%c3%a3o_Elizabeth.pdf.txtab3ecb751c9753f0540d569a3a838f42MD53icict/335762019-06-20 16:20:05.286oai:www.arca.fiocruz.br:icict/33576Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352019-06-20T19:20:05Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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