Mobilidade social e saúde: uma análise do survey pesquisa dimensões sociais das desigualdades (PDSD), Brasil, 2008

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flor, Luísa Sorio
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24609
Resumo: A tradução das desigualdades sociais em termos de disparidades de saúde faz da Saúde Pública e da Epidemiologia um campo interessante para o estudo dessas relações especialmente em um país tão desigual como o Brasil. Hoje é possível compreender de forma um pouco mais clara os mecanismos pelos quais aspectos sociais e condições de saúde se relacionam, principalmente no que tange as associações existentes a posição social e a saúde. Embora estudos apresentem, em sua maioria, a saúde como resultante da inserção econômica e social dos indivíduos, acredita-se que a saúde pode ser considerada um fator determinante das oportunidades sociais alcançadas, principalmente no que diz respeito às oportunidades ocupacionais. Objetivo: Conhecer a magnitude das associações simultâneas que as condições sociodemográficas, de saúde e de qualidade de vida exercem nas chances de mobilidade social inter e intrageracional de uma amostra probabilística de domicílios no Brasil em 2008, a qual foi utilizada na “Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades”. Metodologia: O survey deu origem a um banco de dados composto por 12.423 brasileiros, chefes de família e cônjuges, o qual foi analisado nessa pesquisa. A mobilidade social, variável de desfecho, foi determinada pela transição entre os grupos ocupacionais, os quais foram definidos através da escala de Ganzeboom, dando origem a cinco grupos hierárquicos de ocupação. Características sociodemográficas, de saúde e de qualidade de vida, mensurada através do SF-36, foram associadas à mobilidade social através de regressão logística, modelo stepwise, no programa SPSS. Resultados: Resultados apontaram para uma mobilidade social no Brasil ainda marcada pela curta distância e pelas desigualdades de oportunidades de ascensão social, principalmente para aqueles oriundos da base da hierarquia. Constataram-se associações estatisticamente significativas entre sexo, faixa etária, escolaridade, auto avaliação de saúde e componente físico da qualidade de vida com as chances de mobilidade social intergeracional e entre sexo, escolaridade, raça/cor e faixa etária interagindo com o componente físico da qualidade de vida com as chances de mobilidade social intrageracional. Uma alta escolaridade coloca-se como o principal fator determinante das chances de mobilidade social ascendente inter e intrageracional. Mulheres, jovens, aqueles que não avaliam a própria saúde como ruim ou péssima e que apresentam maiores escores de saúde física ascendem mais intergeracionalmente. Homens brancos ascendem mais na mobilidade de carreira. Conclusões: Os processos de mobilidade social firmaram-se como eventos multideterminados. A escolaridade adquirida se traduziu fortemente no preenchimento de posições mais elevadas na hierarquia ocupacional. Há ainda, desigualdades nas oportunidades de ascensão social entre homens e mulheres. A saúde física e a saúde percebida também se colocaram como recursos capazes de influírem nas transições sociais. Dessa forma, ainda que muito seja dito sobre a saúde como resultante das condições sociais vivenciadas, evidências apontam para o poder da saúde em desvelar desfechos sociais diversos.
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Embora estudos apresentem, em sua maioria, a saúde como resultante da inserção econômica e social dos indivíduos, acredita-se que a saúde pode ser considerada um fator determinante das oportunidades sociais alcançadas, principalmente no que diz respeito às oportunidades ocupacionais. Objetivo: Conhecer a magnitude das associações simultâneas que as condições sociodemográficas, de saúde e de qualidade de vida exercem nas chances de mobilidade social inter e intrageracional de uma amostra probabilística de domicílios no Brasil em 2008, a qual foi utilizada na “Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades”. Metodologia: O survey deu origem a um banco de dados composto por 12.423 brasileiros, chefes de família e cônjuges, o qual foi analisado nessa pesquisa. A mobilidade social, variável de desfecho, foi determinada pela transição entre os grupos ocupacionais, os quais foram definidos através da escala de Ganzeboom, dando origem a cinco grupos hierárquicos de ocupação. Características sociodemográficas, de saúde e de qualidade de vida, mensurada através do SF-36, foram associadas à mobilidade social através de regressão logística, modelo stepwise, no programa SPSS. Resultados: Resultados apontaram para uma mobilidade social no Brasil ainda marcada pela curta distância e pelas desigualdades de oportunidades de ascensão social, principalmente para aqueles oriundos da base da hierarquia. Constataram-se associações estatisticamente significativas entre sexo, faixa etária, escolaridade, auto avaliação de saúde e componente físico da qualidade de vida com as chances de mobilidade social intergeracional e entre sexo, escolaridade, raça/cor e faixa etária interagindo com o componente físico da qualidade de vida com as chances de mobilidade social intrageracional. Uma alta escolaridade coloca-se como o principal fator determinante das chances de mobilidade social ascendente inter e intrageracional. Mulheres, jovens, aqueles que não avaliam a própria saúde como ruim ou péssima e que apresentam maiores escores de saúde física ascendem mais intergeracionalmente. Homens brancos ascendem mais na mobilidade de carreira. Conclusões: Os processos de mobilidade social firmaram-se como eventos multideterminados. A escolaridade adquirida se traduziu fortemente no preenchimento de posições mais elevadas na hierarquia ocupacional. Há ainda, desigualdades nas oportunidades de ascensão social entre homens e mulheres. A saúde física e a saúde percebida também se colocaram como recursos capazes de influírem nas transições sociais. Dessa forma, ainda que muito seja dito sobre a saúde como resultante das condições sociais vivenciadas, evidências apontam para o poder da saúde em desvelar desfechos sociais diversos.The translation from social inequality regarding health inequality makes Public Health and Epidemiology an interesting field for studying these relations, especially in such an uneven country like Brazil. Nowadays it is possible to understand somehow clearer the mechanisms on which social aspects and health conditions relate to each other, mainly when it concerns the existing associations between social status and health. Although certain studies show, mostly, health as a result of social and economic insertion of the individuals, it is believed that health must be considered a determining factor of the social opportunities achieved, especially regarding occupational oportunities. Objective: To understand the magnitude of the concurrent associations in which sociodemographic, health and quality of life conditions exercise on the intragenerational and intergenerational social mobility chances on a probabilistic sample of Brazilian homes in 2008, used in “Pesquisa Dimensões Sociais das Desigualdades”. Methodology: The database composed of 12.423 Brazilian, heads of household and spouses, was analyzed by this research. Social mobility, as an outcome variable, was determined by the transition of occupational groups which were outlined by the Ganzeboom scale, originating five hierarchic occupational groups. Sociodemographic, health and quality of life features, measured through SF-36, were associated with social mobility through logistic regression, stepwise model, on SPSS software. Results: Social mobility in Brazil still marked by short distance movements and inequalities regarding social ascention opportunities, notably from those originated at the bottom of the social hierarchy. Statistically meaningful associations were perceived, concerning gender, age group, schooling, health selfassessment and physical components of the quality of life with the chances of intergenerational social mobility and between gender, schooling, race/ethnics, age group interacting with the physical component of quality of life in relation to the chances of intragenerational social mobility. A high level of schooling stands as the main determinant of social mobility ascendance chances, be it inter or intragenerational. Women, youngsters, people who did not assess their own health as poor or terrible and that show better physical health scores ascended more intergeneratively. White men ascend more in career mobility. Conclusions: The social mobility processes were settled as multidetermined events. The acquired schooling decisively meant filling higher positions in the occupational hierarchy. There are, still, inequalities in the opportunities of social ascension between men and women. Physical health and perceived health were also taken as resources capable of weighting on social transitions. Thus, even though much is said about health as a result of the social conditions lived by the individuals, evidences show the power of health on unveiling distinct social outcomes.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porQualidade de VidaSF-36Mobilidade SocialQuality of LifeSF-36Social MobilityMobilidade SocialQualidade de VidaNível de SaúdeIniqüidade SocialMobilidade social e saúde: uma análise do survey pesquisa dimensões sociais das desigualdades (PDSD), Brasil, 2008Social mobility and health: an analysis of survey research dimensions of social inequality (PDSD), Brazil, 2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALluisa_sorio_flor_ensp_mest_2012.pdfapplication/pdf1460965https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24609/1/luisa_sorio_flor_ensp_mest_2012.pdf7518198dced2f84157b8031423adcb2aMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24609/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT822.pdf.txt822.pdf.txtExtracted texttext/plain191364https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24609/3/822.pdf.txt91bca1f25c854b174a8b7d44f9157fffMD53luisa_sorio_flor_ensp_mest_2012.pdf.txtluisa_sorio_flor_ensp_mest_2012.pdf.txtExtracted texttext/plain191364https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24609/4/luisa_sorio_flor_ensp_mest_2012.pdf.txt91bca1f25c854b174a8b7d44f9157fffMD54icict/246092023-04-11 14:33:02.009oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24609Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-04-11T17:33:02Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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