Quando os (des)afetos “fazem famílias”. Não-ditos, mentiras e fracassos nas trajetórias de migração em Cabo Verde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REMHU (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-85852020000300205 |
Resumo: | Resumo No presente artigo, pretendo complexificar o que venho chamando de “fazer família à distância” ao refletir sobre os segredos, os não-ditos, as mentiras, as manipulações e os fracassos que permeiam e constituem as relações sociais familiares entre aqueles que emigram e os que ficam. Minha intenção é perguntar o que podemos aprender sobre tais relações quando tomamos como ponto de partida não os laços de trocas, partilha e solidariedade, mas as formidáveis estratégias de manipulação de si e das experiências migratórias. O artigo explora como segredos, mentiras e omissões, alimentam o espaço social migratório no qual se atualizam as relações familiares. Indo além, abordarei como se dão aquelas trajetórias que, supostamente realizadas em prol do bem-estar de todos, muitas vezes levam ao sofrimento, às rupturas e ao abandono. Os dados que apresento são oriundos de pesquisas em duas ilhas, a Ilha da Boa Vista e a ilha de Santiago. Em ambos os casos estudei em contextos urbanos, respectivamente, na Vila de Sal-Rei e na Cidade da Praia (a capital do país). |
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Quando os (des)afetos “fazem famílias”. Não-ditos, mentiras e fracassos nas trajetórias de migração em Cabo VerdemigraçõessegredosmentirasfamíliasetnografiaCabo VerdeResumo No presente artigo, pretendo complexificar o que venho chamando de “fazer família à distância” ao refletir sobre os segredos, os não-ditos, as mentiras, as manipulações e os fracassos que permeiam e constituem as relações sociais familiares entre aqueles que emigram e os que ficam. Minha intenção é perguntar o que podemos aprender sobre tais relações quando tomamos como ponto de partida não os laços de trocas, partilha e solidariedade, mas as formidáveis estratégias de manipulação de si e das experiências migratórias. O artigo explora como segredos, mentiras e omissões, alimentam o espaço social migratório no qual se atualizam as relações familiares. Indo além, abordarei como se dão aquelas trajetórias que, supostamente realizadas em prol do bem-estar de todos, muitas vezes levam ao sofrimento, às rupturas e ao abandono. Os dados que apresento são oriundos de pesquisas em duas ilhas, a Ilha da Boa Vista e a ilha de Santiago. Em ambos os casos estudei em contextos urbanos, respectivamente, na Vila de Sal-Rei e na Cidade da Praia (a capital do país).Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios2020-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-85852020000300205REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana v.28 n.60 2020reponame:REMHU (Online)instname:Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM)instacron:CSEM10.1590/1980-85852503880006012info:eu-repo/semantics/openAccessLobo,Andréapor2021-01-04T00:00:00Zoai:scielo:S1980-85852020000300205Revistahttp://www.csem.org.br/remhu/index.php/remhu/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||remhu2006@gmail.com2237-98431980-8585opendoar:2021-01-04T00:00REMHU (Online) - Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM)false |
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