MIGRAÇÃO COMO CRIME, ÊXODO COMO LIBERDADE
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Resumo: | Resumo O tratamento securitário dispensado à migração – e aos deslocamentos em geral, incluindo o refúgio – não é excepcional nem secundário. Se a criminalização aparece como evento extraordinário, isso quer dizer apenas que as práticas de securitização não se limitam à punição e que não são exclusivas das instituições de repressão. Ao contrário, estão espalhadas por diversos dispositivos institucionais, práticas e discursos. No caso dos migrantes, refugiados e deslocados em geral, o que está em questão não é exatamente reprimir ou interditar, mas classificar os fluxos, os atos e os sujeitos e docilizar os corpos. E é a fuga em si mesma – seja o deslocamento voluntário ou não – que se torna objeto de tais dispositivos. Neste sentido, é preciso analisar e qualificar os eventos em relação à sua potência e à sua importância política: a criminalização e todos os atos de repressão, docilização e captura são reativos e secundários em relação à fuga; enquanto a fuga é o ato primeiro, o movimento antecedente e capaz de produzir liberdade, justiça e direitos. |
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MIGRAÇÃO COMO CRIME, ÊXODO COMO LIBERDADErefúgiosecuritizaçãomigraçãoResumo O tratamento securitário dispensado à migração – e aos deslocamentos em geral, incluindo o refúgio – não é excepcional nem secundário. Se a criminalização aparece como evento extraordinário, isso quer dizer apenas que as práticas de securitização não se limitam à punição e que não são exclusivas das instituições de repressão. Ao contrário, estão espalhadas por diversos dispositivos institucionais, práticas e discursos. No caso dos migrantes, refugiados e deslocados em geral, o que está em questão não é exatamente reprimir ou interditar, mas classificar os fluxos, os atos e os sujeitos e docilizar os corpos. E é a fuga em si mesma – seja o deslocamento voluntário ou não – que se torna objeto de tais dispositivos. Neste sentido, é preciso analisar e qualificar os eventos em relação à sua potência e à sua importância política: a criminalização e todos os atos de repressão, docilização e captura são reativos e secundários em relação à fuga; enquanto a fuga é o ato primeiro, o movimento antecedente e capaz de produzir liberdade, justiça e direitos.Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-85852015000200235REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana v.23 n.45 2015reponame:REMHU (Online)instname:Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM)instacron:CSEM10.1590/1980-8585250319880004512info:eu-repo/semantics/openAccessWaldely,Aryadne BittencourtToledo de Souza,FabrícioTheubet,Matteo Louis Raul MeirellesTavares,Natalia Cintra de OliveiraBarcellos Nepomuceno,Raísapor2018-05-10T00:00:00Zoai:scielo:S1980-85852015000200235Revistahttp://www.csem.org.br/remhu/index.php/remhu/indexhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||remhu2006@gmail.com2237-98431980-8585opendoar:2018-05-10T00:00REMHU (Online) - Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM)false |
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