O CONTROLE QUÍMICO DA CRIANÇA: A INFÂNCIA ENTRE A MEDICALIZAÇÃO E A PALAVRA
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista Expressão Católica (Online) |
Texto Completo: | http://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1448 |
Resumo: | Este artigo aborda a banalização da medicalização infantil na sociedade e sua aplicação com fins normatizadores sob o enfoque da Psicanálise, como uma forma de anulação do sujeito infantil. A ideia de uma criança que sofre é difícil de ser aceita, pois se criou uma imagem de criança feliz e livre de problemas, uma representação que resulta de uma “invenção do infantil” produzida pela sociedade. A análise histórica do conceito de infância revela que o lugar outorgado à criança no contexto social é produto do “Campo do Grande Outro”. Freud apresenta uma nova criança dotada de sexualidade, perversamente polimórfica. Objetiva-se verificar o lugar da criança em meio à tentativa de normalização, via medicação, e refletir sobre a função que a medicalização da criança vem cumprindo para as instituições da escola e da família. Fez-se uso de revisão bibliográfica, visando buscar na literatura conceitos e ideias a respeito da infância particulares ao tema em estudo. Conclui-se que o problema não é a medicação, pois ela é um recurso eficaz para muitos fins terapêuticos, mas o uso que dela se faz, como mais um instrumento de modelização subjetiva, de formatação de padrões de normalidade. |
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O CONTROLE QUÍMICO DA CRIANÇA: A INFÂNCIA ENTRE A MEDICALIZAÇÃO E A PALAVRACiências HumanasMedicalização. Controle. Criança.Este artigo aborda a banalização da medicalização infantil na sociedade e sua aplicação com fins normatizadores sob o enfoque da Psicanálise, como uma forma de anulação do sujeito infantil. A ideia de uma criança que sofre é difícil de ser aceita, pois se criou uma imagem de criança feliz e livre de problemas, uma representação que resulta de uma “invenção do infantil” produzida pela sociedade. A análise histórica do conceito de infância revela que o lugar outorgado à criança no contexto social é produto do “Campo do Grande Outro”. Freud apresenta uma nova criança dotada de sexualidade, perversamente polimórfica. Objetiva-se verificar o lugar da criança em meio à tentativa de normalização, via medicação, e refletir sobre a função que a medicalização da criança vem cumprindo para as instituições da escola e da família. Fez-se uso de revisão bibliográfica, visando buscar na literatura conceitos e ideias a respeito da infância particulares ao tema em estudo. Conclui-se que o problema não é a medicação, pois ela é um recurso eficaz para muitos fins terapêuticos, mas o uso que dela se faz, como mais um instrumento de modelização subjetiva, de formatação de padrões de normalidade. Núcleo de Publicação UNICATÓLICALima, Keyssiane Maria de Alencar; Centro Universitário Católica de QuixadáVieira, Marcus Kleredis Monteiro2015-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigos de Revisão de Literaturaapplication/pdfhttp://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/144810.25190/rec.v4i1.1448Revista Expressão Católica; v. 4, n. 1 (2015): Revista Expressão Católica2357-848310.25190/rec.v4i1reponame:Revista Expressão Católica (Online)instname:Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)instacron:Unicatólicaporhttp://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/1448/1181/*ref*/ANVISA. Relatório de 2009. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/sngpc/relatorio_2009.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2014./*ref*/BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004./*ref*/FERREIRA, T. A escrita da clínica: Psicanálise com crianças. Belo Horizonte: Autêntica, 2000./*ref*/FERREIRA, Marina Aparecida; ANDRADE, Eduardo Lucas. Criança, Laço Social e algo a mais. Psiquê Ciência e Vida, São Paulo, v. 7, n. 97, p. 38- 44, janeiro. 2014/*ref*/FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: E.S.B. das Obras Completas de Sigmund Freud. Um caso de histeria, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1996.p.119-231.v.VII./*ref*/_________. O mal-estar na civilização. In: E.S.B. das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago. 1996.p.73-151v.XXI./*ref*/_________. Novas conferências introdutórias sobre a Psicanálise. In: E.S.B. das Obras Completas de Sigmund Freud. Novas conferências introdutórias sobre a Psicanálise e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago. 1996.p.13-189.v.XXII./*ref*/KAMERS, Michele. A fabricação da loucura na infância: psiquiatrização e medicalização da criança. Estilos da clínica., São Paulo, v. 18, n. 1,p.153-165, jan./abr. 2013./*ref*/LUENGO, F. C. A vigilância punitiva: a postura dos educadores no processo de patologização e medicalização da infância. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica,2010/*ref*/WOLFF, Danielle Cristina. Desconstrução da infância. Psiquê Ciência e Vida, São Paulo, v. 8, n. 99, p. 38- 43, mar. 2014Direitos autorais 2015 Revista Expressão Católicahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-05-06T10:29:21Zhttp://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/recPRIhttp://publicacoesacademicas.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/oai2357-84832237-8782opendoar:2020-05-06 10:29:22.777Revista Expressão Católica (Online) - Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica)false |
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Este artigo aborda a banalização da medicalização infantil na sociedade e sua aplicação com fins normatizadores sob o enfoque da Psicanálise, como uma forma de anulação do sujeito infantil. A ideia de uma criança que sofre é difícil de ser aceita, pois se criou uma imagem de criança feliz e livre de problemas, uma representação que resulta de uma “invenção do infantil” produzida pela sociedade. A análise histórica do conceito de infância revela que o lugar outorgado à criança no contexto social é produto do “Campo do Grande Outro”. Freud apresenta uma nova criança dotada de sexualidade, perversamente polimórfica. Objetiva-se verificar o lugar da criança em meio à tentativa de normalização, via medicação, e refletir sobre a função que a medicalização da criança vem cumprindo para as instituições da escola e da família. Fez-se uso de revisão bibliográfica, visando buscar na literatura conceitos e ideias a respeito da infância particulares ao tema em estudo. Conclui-se que o problema não é a medicação, pois ela é um recurso eficaz para muitos fins terapêuticos, mas o uso que dela se faz, como mais um instrumento de modelização subjetiva, de formatação de padrões de normalidade. |
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