“Le ceneri di Gramsci”, poema de Pier Paolo Pasolini: a crise de 1956 e a proposta da cultura extrema
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782019000100600 |
Resumo: | RESUMO A crise atual da esquerda levou-me a meditar sobre a crise dos comunistas, quando, no fatídico XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), em fevereiro de 1956, Khrushchov denunciou oficialmente o estalinismo. A denúncia foi abafada pela burocracia partidária, mas Pasolini não se calou. Foi acusado de comunista herético, de extremista cultural. Hoje, quase todos reconhecem que seus versos tinham razão: “A dor / de vocês de não mais estarem na primeira frente / seria mais pura, se na hora / em que o erro, mesmo sendo puro, se paga, / tivessem a força de se confessarem culpados” (“As cinzas de Gramsci”). O poeta, diante do pobre e severo túmulo de Gramsci, não se envergonhou da acusação, mesmo discordando de certo misticismo cultural presente na fórmula da revista Ragionamenti. Cultura extrema ou máxima, para todo proletariado do campo e da cidade, é a estratégia gramsciana da hegemonia civil, integrando a luta política com a refinada cultura dos clássicos. |
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