A crise cambial e o ajuste fiscal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Economia Política |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31571999000100003 |
Resumo: | RESUMO Acreditamos que a literatura de crise da balança de pagamentos pode oferecer a base para entender a atual turbulência econômica no Brasil. De acordo com nossos cálculos, a taxa de câmbio real requer uma desvalorização de 15% a 20%, a fim de garantir que a restrição intertemporal da balança de pagamentos não seja violada. Essa moeda apreciada (e a política cambial projetada para reduzir a valorização) impõe um fardo pesado à política monetária: a paridade de juros cobertos implica em altas taxas de juros domésticas reais para financiar a conta corrente. Eventualmente, a defesa da taxa de câmbio exige um aumento adicional nas taxas de juros, aceitas pelo governo, o peso da estabilidade na função de perda do governo parece ser muito maior do que o atribuído ao desemprego (ou crescimento). No entanto, apesar dessas preferências, a existência de um grande déficit orçamentário impõe limites objetivos ao uso das taxas de juros como forma de defender a moeda. Na ausência de um acentuado ajuste fiscal, a política monetária não será mais plausível. Nesse sentido, o ajuste fiscal é um elemento crucial para sustentar a atual política cambial. |
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