A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Economia Política |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572001000300514 |
Resumo: | RESUMO O autor começa perguntando por que os formuladores de políticas brasileiros optaram por direcionar a taxa de câmbio para estabilizar a inflação quando essa estratégia já falhou no México. A resposta: não era mais possível acomodar a alta taxa de inflação do país através do uso generalizado da indexação de preços e de uma política competitiva de taxa de câmbio. Sob condições de inflação alta, a ancoragem da taxa de câmbio no Plano Real foi o caminho mais rápido para a estabilidade de preços. No entanto, o sucesso das políticas também exigiu um ajuste fiscal profundo, e a política tradicional brasileira resistiu obstinadamente às reformas tributárias necessárias. Em contraste com o México, onde a queda do peso foi alimentada por imprudentes gastos e empréstimos do setor privado, a desvalorização do Brasil em janeiro de 1999 foi desencadeada por déficits fiscais cronicamente altos. A rápida recuperação do Brasil sob um regime de moeda flexível sugere que os fundamentos macroeconômicos estão de volta aos trilhos; o desafio agora reside na elaboração de uma coalizão política viável a favor da reforma que possa romper os numerosos interesses paroquiais que convergiram para provocar a desvalorização de 1999. |
id |
EDITORA_34-1_3e8308375f5c30809a469dd4e095e71d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0101-31572001000300514 |
network_acronym_str |
EDITORA_34-1 |
network_name_str |
Revista de Economia Política |
repository_id_str |
|
spelling |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexívelPlano Realestabilizaçãoregime cambialRESUMO O autor começa perguntando por que os formuladores de políticas brasileiros optaram por direcionar a taxa de câmbio para estabilizar a inflação quando essa estratégia já falhou no México. A resposta: não era mais possível acomodar a alta taxa de inflação do país através do uso generalizado da indexação de preços e de uma política competitiva de taxa de câmbio. Sob condições de inflação alta, a ancoragem da taxa de câmbio no Plano Real foi o caminho mais rápido para a estabilidade de preços. No entanto, o sucesso das políticas também exigiu um ajuste fiscal profundo, e a política tradicional brasileira resistiu obstinadamente às reformas tributárias necessárias. Em contraste com o México, onde a queda do peso foi alimentada por imprudentes gastos e empréstimos do setor privado, a desvalorização do Brasil em janeiro de 1999 foi desencadeada por déficits fiscais cronicamente altos. A rápida recuperação do Brasil sob um regime de moeda flexível sugere que os fundamentos macroeconômicos estão de volta aos trilhos; o desafio agora reside na elaboração de uma coalizão política viável a favor da reforma que possa romper os numerosos interesses paroquiais que convergiram para provocar a desvalorização de 1999.Centro de Economia Política2001-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572001000300514Brazilian Journal of Political Economy v.21 n.3 2001reponame:Revista de Economia Políticainstname:EDITORA 34instacron:EDITORA_3410.1590/0101-31572001-1274info:eu-repo/semantics/openAccessCARDOSO,ELIANApor2021-06-29T00:00:00Zoai:scielo:S0101-31572001000300514Revistahttps://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journalONGhttps://centrodeeconomiapolitica.org.br/repojs/index.php/journal/oai||cecilia.heise@bjpe.org.br1809-45380101-3157opendoar:2021-06-29T00:00Revista de Economia Política - EDITORA 34false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
title |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
spellingShingle |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível CARDOSO,ELIANA Plano Real estabilização regime cambial |
title_short |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
title_full |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
title_fullStr |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
title_full_unstemmed |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
title_sort |
A crise monetária no Brasil: migrando da âncora cambial para o regime flexível |
author |
CARDOSO,ELIANA |
author_facet |
CARDOSO,ELIANA |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CARDOSO,ELIANA |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Plano Real estabilização regime cambial |
topic |
Plano Real estabilização regime cambial |
description |
RESUMO O autor começa perguntando por que os formuladores de políticas brasileiros optaram por direcionar a taxa de câmbio para estabilizar a inflação quando essa estratégia já falhou no México. A resposta: não era mais possível acomodar a alta taxa de inflação do país através do uso generalizado da indexação de preços e de uma política competitiva de taxa de câmbio. Sob condições de inflação alta, a ancoragem da taxa de câmbio no Plano Real foi o caminho mais rápido para a estabilidade de preços. No entanto, o sucesso das políticas também exigiu um ajuste fiscal profundo, e a política tradicional brasileira resistiu obstinadamente às reformas tributárias necessárias. Em contraste com o México, onde a queda do peso foi alimentada por imprudentes gastos e empréstimos do setor privado, a desvalorização do Brasil em janeiro de 1999 foi desencadeada por déficits fiscais cronicamente altos. A rápida recuperação do Brasil sob um regime de moeda flexível sugere que os fundamentos macroeconômicos estão de volta aos trilhos; o desafio agora reside na elaboração de uma coalizão política viável a favor da reforma que possa romper os numerosos interesses paroquiais que convergiram para provocar a desvalorização de 1999. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572001000300514 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572001000300514 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0101-31572001-1274 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Economia Política |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Economia Política |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Political Economy v.21 n.3 2001 reponame:Revista de Economia Política instname:EDITORA 34 instacron:EDITORA_34 |
instname_str |
EDITORA 34 |
instacron_str |
EDITORA_34 |
institution |
EDITORA_34 |
reponame_str |
Revista de Economia Política |
collection |
Revista de Economia Política |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Economia Política - EDITORA 34 |
repository.mail.fl_str_mv |
||cecilia.heise@bjpe.org.br |
_version_ |
1754122479687696384 |