As duas lógicas nucleares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto Abreu de Moura, José
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Augusto Dias Monteiro, Alvaro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista da Escola de Guerra Naval (Ed. Português. Online)
Texto Completo: https://www.portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/revistadaegn/article/view/4171
Resumo: A partir dos anos 1980, o Brasil tomou diversasmedidas políticas de construção da confiança na áreanuclear, culminando com a adesão ao Tratado de NãoProliferação das Armas Nucleares. A partir daí, tornou-se um enérgico apoiador do desarmamento nos forosinternacionais. Mesmo assim, como domina a tecnologiade enriquecimento de urânio, continuou se ressentindode ações externas negativas, que têm retardado seusprojetos. Isso ocorre porque, como essa tecnologia é dual,a lógica internacional, baseada na ameaça das armasnucleares e privilegiando a não proliferação, tem pontosde choque com a brasileira, baseada nos usos pacíficos daenergia nuclear, mas privilegiando o desenvolvimentoe a autonomia nacionais. A lógica internacional originapressões transmitidas por formadores de opinião namídia especializada, que estão aumentando com osavanços no desenvolvimento do submarino convencionalde propulsão nuclear, o que exigirá, a médio prazo,negociações com a Agência Internacional de EnergiaAtômica, sobre os procedimentos de salvaguarda paraseu combustível. Conclui-se que, como a tecnologia édual, sempre haverá choque entre as duas lógicas, mas oBrasil tem condições de negociação apesar da oposição dalógica internacional porque o Tratado reconhece o direitoinalienável ao desenvolvimento da tecnologia nuclearpara fins pacíficos.
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