Análise do emprego da força militar pelos EUA no período Pós-Guerra Fria à luz dos conceitos de Guerras Pós-Modernas
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista da Escola de Guerra Naval (Ed. Português. Online) |
Texto Completo: | https://www.portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/revistadaegn/article/view/4513 |
Resumo: | Este texto analisa as campanhas de emprego de forçamilitar que os Estados Unidos da América (EUA)empreenderam entre o término da Guerra Fria e aocupação do Iraque iniciada em março de 2003. Objetiva-se identificar o pensamento estratégico subjacente a estascampanhas, à luz do conceito de guerra pós-moderna.Sob a denominação guerras pós-moderna, incluímos aquimuitas outras denominações que têm sido desenvolvidascom a evolução do pensamento estratégico, sendo asprincipais: guerra omnidimensional, guerra irrestrita,guerra de quarta-geração e guerra assimétrica. Todaselas ressaltam a fragmentação e o surgimento de novasameaças, acompanhadas da quebra do monopólioestatal sobre a aplicação da força coercitiva no SistemaInternacional a partir do crescimento das ameaças bélicasnão estatais, como grupos terroristas e guerrilheiros, cujocombate traz um enorme desafio para os exércitos dosEstados nacionais, mesmo estes sendo tecnologicamentemais avançados. Nessa evolução também estão inseridosos estudos de Revolução nos assuntos militares atualmenteem curso, sob a sigla RAM ou RMA (Revolution in militaryaffairs), a respeito da natureza complexa e do futuro daguerra, que adentrou no debate ocidental ao final doséculo XX e está ainda se afirmando. Pode-se afirmar queos EUA têm ganhado as batalhas em que se envolveramrecentemente, mas estão perdendo as guerras pós-modernas. São vitórias muito insatisfatórias, na medidaem que ocorrem só em nível militar, indo na contramãodo atual pensamento estratégico que fundamentaa importância dos aspectos psicossociais de umabatalha. Apesar de esses elementos estarem presentesno discurso do próprio governo norte-americano, elesainda não foram incorporados nas práticas de guerra. |
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