Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yanaka,Rodrigo
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Camargo,Diogo G. de, Bovino,Fernanda, Santos,Wildemberto A., Dócusse,Maíra R., Cavassano,Bruno S., Feitosa,Francisco L.F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2012000800020
Resumo: Após o nascimento, os cabritos são dependentes das imunoglobulinas colostrais devido às características placentárias que não permitem a passagem de macromoléculas da circulação materna. De acordo com a literatura, os cabritos possuem capacidade absortiva por até quatro dias. Muitos aspectos fisiológicos de outras espécies são aceitos e utilizados para caprinos, mas aqueles relacionados à transferência de imunidade passiva precisam de investigação. Os objetivos do presente estudo foram determinar o período de passagem de macromoléculas da mucosa intestinal para a circulação e a duração da proteção humoral transferida passivamente pela ingestão de colostro bovino e caprino. Sessenta cabritos recém-nascidos foram distribuídos em seis tratamentos: T 0 (n=25), ingestão natural de colostro caprino à vontade; T 1 (n=7), colostro bovino entre o nascimento e duas horas pós-parto; T 2 (n=7), ingestão de colostro bovino entre quatro e seis horas pós-nascimento; T 3 (n=7), leite nas primeiras oito horas e colostro bovino entre 10 e 12 horas pós-parto; T 4 (n=7), ingestão de leite até 18 horas e colostro bovino entre 22 e 24 horas pós-nascimento; T 5 (n=7), leite até 30 horas e ingestão de colostro bovino entre 34 e 36 horas pós-parto. Determinaram-se as concentrações séricas de proteína total (PT), gamaglobulina, imunoglobulina G (IgG) e a atividade sérica de gama glutamiltransferase (GGT). Ao nascimento, todos os neonatos tiveram valores mais baixos das variáveis, com aumento significativo da PT e gamaglobulina, após dois dias, nos grupos T 0, T 1 e T 2; a IgG e GGT aumentaram em todos os grupos. Os tratamentos T 3, T 4 e T 5 foram considerados como indutores de falha de transferência de imunidade passiva. A absorção de macromoléculas pelo trato intestinal dos cabritos ocorreu até 36 horas pós-parto, sendo mais efetiva até 12 horas. Os níveis de anticorpos persistiram até 75 dias após a ingestão de colostro bovino, porém, com concentrações inadequadas.
id EMBRAPA-2_00f25601ea9478bafee40ebe56d1d7f2
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-736X2012000800020
network_acronym_str EMBRAPA-2
network_name_str Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovinoCaprinogamaglobulinagama glutamiltransferaseimunidade passivaimunoglobulina Gproteína totalApós o nascimento, os cabritos são dependentes das imunoglobulinas colostrais devido às características placentárias que não permitem a passagem de macromoléculas da circulação materna. De acordo com a literatura, os cabritos possuem capacidade absortiva por até quatro dias. Muitos aspectos fisiológicos de outras espécies são aceitos e utilizados para caprinos, mas aqueles relacionados à transferência de imunidade passiva precisam de investigação. Os objetivos do presente estudo foram determinar o período de passagem de macromoléculas da mucosa intestinal para a circulação e a duração da proteção humoral transferida passivamente pela ingestão de colostro bovino e caprino. Sessenta cabritos recém-nascidos foram distribuídos em seis tratamentos: T 0 (n=25), ingestão natural de colostro caprino à vontade; T 1 (n=7), colostro bovino entre o nascimento e duas horas pós-parto; T 2 (n=7), ingestão de colostro bovino entre quatro e seis horas pós-nascimento; T 3 (n=7), leite nas primeiras oito horas e colostro bovino entre 10 e 12 horas pós-parto; T 4 (n=7), ingestão de leite até 18 horas e colostro bovino entre 22 e 24 horas pós-nascimento; T 5 (n=7), leite até 30 horas e ingestão de colostro bovino entre 34 e 36 horas pós-parto. Determinaram-se as concentrações séricas de proteína total (PT), gamaglobulina, imunoglobulina G (IgG) e a atividade sérica de gama glutamiltransferase (GGT). Ao nascimento, todos os neonatos tiveram valores mais baixos das variáveis, com aumento significativo da PT e gamaglobulina, após dois dias, nos grupos T 0, T 1 e T 2; a IgG e GGT aumentaram em todos os grupos. Os tratamentos T 3, T 4 e T 5 foram considerados como indutores de falha de transferência de imunidade passiva. A absorção de macromoléculas pelo trato intestinal dos cabritos ocorreu até 36 horas pós-parto, sendo mais efetiva até 12 horas. Os níveis de anticorpos persistiram até 75 dias após a ingestão de colostro bovino, porém, com concentrações inadequadas.Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA2012-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2012000800020Pesquisa Veterinária Brasileira v.32 n.8 2012reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)instacron:EMBRAPA10.1590/S0100-736X2012000800020info:eu-repo/semantics/openAccessYanaka,RodrigoCamargo,Diogo G. deBovino,FernandaSantos,Wildemberto A.Dócusse,Maíra R.Cavassano,Bruno S.Feitosa,Francisco L.F.por2012-09-20T00:00:00Zoai:scielo:S0100-736X2012000800020Revistahttp://www.pvb.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcolegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br0100-736X1678-5150opendoar:2012-09-20T00:00Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)false
dc.title.none.fl_str_mv Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
title Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
spellingShingle Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
Yanaka,Rodrigo
Caprino
gamaglobulina
gama glutamiltransferase
imunidade passiva
imunoglobulina G
proteína total
title_short Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
title_full Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
title_fullStr Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
title_full_unstemmed Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
title_sort Período de absorção intestinal de macromoléculas em cabritos recém-nascidos após a ingestão de colostro bovino
author Yanaka,Rodrigo
author_facet Yanaka,Rodrigo
Camargo,Diogo G. de
Bovino,Fernanda
Santos,Wildemberto A.
Dócusse,Maíra R.
Cavassano,Bruno S.
Feitosa,Francisco L.F.
author_role author
author2 Camargo,Diogo G. de
Bovino,Fernanda
Santos,Wildemberto A.
Dócusse,Maíra R.
Cavassano,Bruno S.
Feitosa,Francisco L.F.
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Yanaka,Rodrigo
Camargo,Diogo G. de
Bovino,Fernanda
Santos,Wildemberto A.
Dócusse,Maíra R.
Cavassano,Bruno S.
Feitosa,Francisco L.F.
dc.subject.por.fl_str_mv Caprino
gamaglobulina
gama glutamiltransferase
imunidade passiva
imunoglobulina G
proteína total
topic Caprino
gamaglobulina
gama glutamiltransferase
imunidade passiva
imunoglobulina G
proteína total
description Após o nascimento, os cabritos são dependentes das imunoglobulinas colostrais devido às características placentárias que não permitem a passagem de macromoléculas da circulação materna. De acordo com a literatura, os cabritos possuem capacidade absortiva por até quatro dias. Muitos aspectos fisiológicos de outras espécies são aceitos e utilizados para caprinos, mas aqueles relacionados à transferência de imunidade passiva precisam de investigação. Os objetivos do presente estudo foram determinar o período de passagem de macromoléculas da mucosa intestinal para a circulação e a duração da proteção humoral transferida passivamente pela ingestão de colostro bovino e caprino. Sessenta cabritos recém-nascidos foram distribuídos em seis tratamentos: T 0 (n=25), ingestão natural de colostro caprino à vontade; T 1 (n=7), colostro bovino entre o nascimento e duas horas pós-parto; T 2 (n=7), ingestão de colostro bovino entre quatro e seis horas pós-nascimento; T 3 (n=7), leite nas primeiras oito horas e colostro bovino entre 10 e 12 horas pós-parto; T 4 (n=7), ingestão de leite até 18 horas e colostro bovino entre 22 e 24 horas pós-nascimento; T 5 (n=7), leite até 30 horas e ingestão de colostro bovino entre 34 e 36 horas pós-parto. Determinaram-se as concentrações séricas de proteína total (PT), gamaglobulina, imunoglobulina G (IgG) e a atividade sérica de gama glutamiltransferase (GGT). Ao nascimento, todos os neonatos tiveram valores mais baixos das variáveis, com aumento significativo da PT e gamaglobulina, após dois dias, nos grupos T 0, T 1 e T 2; a IgG e GGT aumentaram em todos os grupos. Os tratamentos T 3, T 4 e T 5 foram considerados como indutores de falha de transferência de imunidade passiva. A absorção de macromoléculas pelo trato intestinal dos cabritos ocorreu até 36 horas pós-parto, sendo mais efetiva até 12 horas. Os níveis de anticorpos persistiram até 75 dias após a ingestão de colostro bovino, porém, com concentrações inadequadas.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2012000800020
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2012000800020
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-736X2012000800020
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
publisher.none.fl_str_mv Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA
dc.source.none.fl_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira v.32 n.8 2012
reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
instacron:EMBRAPA
instname_str Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
collection Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)
repository.mail.fl_str_mv colegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br
_version_ 1754122232278286336