Morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas de Metachirus nudicaudatus (Geoffroy, 1803), Didelphidae-Marsupialia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Suely F.
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Nogueira,José C., Soares,Bruno A., Ambrósio,Natália A., Chaves,Amália S., Melo,Leandra Q. de, Zangeronimo,Márcio G.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2015001300069
Resumo: Resumo: Foram utilizadas as gônadas e vias espermáticas de cinco animais machos, adultos em fase reprodutiva, da espécie Metachirus nudicaudatus Geoffroy 1803, única espécie do gênero, para descrever a morfologia do escroto, do testículo e das vias espermáticas. O Metachirus possui escroto pré-peniano e que contém os testículos permanentemente. A pele escrotal é não pigmentada e com poucos pelos e glândulas. A lâmina parietal da túnica vaginal apresenta-se pouco pigmentada. Os testículos são ovais e ligados ao epidídimo através do pedículo testículo-epididimário. Eles são envolvidos, externamente, pela cápsula testicular e sustentados por um estroma de natureza conjuntiva. As células intersticiais são os elementos predominantes no abundante tecido intertubular. Os túbulos seminíferos são largos, enovelados e envolvidos por uma túnica própria fibroelástica, contendo células mióides. O epitélio seminífero é formado pelas células espermatogênicas e de Sertoli intercaladas. Os túbulos seminíferos convergem em direção à extremidade capitata do testículo, ficando revestidos por apenas células de sustentação, caracterizando uma região de transição entre túbulos seminíferos e túbulos retos, ocupada por uma estrutura tipo "válvula" que obstrui parcialmente o lume tubular. Os túbulos retos reúnem-se para formar um único dúctulo eferente, que percorre uma pequena extensão intratesticular, atravessa a albugínea e penetra no pedículo testículo-epididimário. A parte flexuosa do dúctulo eferente forma um lóbulo separado na parte medial do corpo do epidídimo. O epidídimo é envolvido pela cápsula epididimária e constituído pelo ducto epididimário, que se encontra bastante enovelado. O ducto epididimário é revestido por epitélio simples colunar pseudoestratificado apresentando células principais, basais, apicais e de "halo claro". As células principais são predominantes e apresentam características morfológicas e histoquímicas que diferem ao longo do ducto, possibilitando a caracterização de nove diferentes zonas epididimárias. É no lume da zona sete (início da cauda) que começa o pareamento de espermatozoides. Esse fenômeno coincide com alterações morfológicas bem evidentes e uma maior quantidade de mucossubstâncias neutras é secretada nessa zona.O ducto deferente apresenta-se dividido em três partes: justa-epididimária, funicular e abdominal, baseando nas variações histológicas e histoquímicas de seu epitélio e componentes envolventes. O ducto deferente não apresenta ampola e nem cruza o ureter antes de desembocar na uretra. O funículo espermático contém o ducto deferente, artéria e veias testiculares, vasos linfáticos, nervos e um desenvolvido músculo cremáster. Seus componentes apresentam modificações estruturais nas regiões proximal, média e distal, sendo notável a peculiar rede admirável.
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