Toxidez de manganês em leguminosas forrageiras tropicais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online) |
Texto Completo: | https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17810 |
Resumo: | Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação que tiveram como finalidade estudar a influência da toxidez de manganês no estabelecimento de seis leguminosas forrageiras (Centrosema pubescens, Pueraria javanica, Glycine javanica var. SP-1, Glycine javanica var. Tinaroo, Stylozanthes gracilis e Phaseolus atropurpureus), em dois solos da Baixada Fluminense. No primeiro experimento estudou-se a influência de quatro níveis de manganês (0, 50, 100 e 200 ppm) aplicado em forma de MnSO4, na sintomatologia e no desenvolvimento das seis leguminosas. Não houve efeito da aplicação do manganês na germinação das plantas. Por ocasião do desbaste já se notou maior ou menor sensibilidade das espécies à toxidez de manganês. A Centrosema pubescens se mostrou mais tolerante tendo ao mesmo tempo maior desenvolvimento radicular. C. pubescens, P. javanica e P. atropurpureus, nesta ocasião, já apresentaram aproximadamente 50% das plantas noduladas enquanto nas três outras leguminosas esta percentagem foi insignificantes. Dois meses após o plantio, quando o experimento foi colhido, estas diferenças estavam ainda mais pronunciadas tendo sido altamente significativa a interação espécie x manganês para peso de nódulos, peso das plantas, teor de nitrogénio nas plantas e para o nitrogênio total nas plantas. Outra vez, a C. pubescens, a P. javanica e a P. atropurpureus foram as espécies que conseguiram desenvolver nodulação abundante neste solo, tendo, porém, já a primeira dosagem de manganês reduzido consideravelmente o peso dos nódulos e o nitrogênio fixado. A variedade SP-1 da G. javanica mostrou ser mais tolerante à toxidez de manganês que a variedade Tinaroo. No segundo experimento estudou-se o efeito da calagem com e sem adubação fosfatada no estabelecimento das duas variedades de Gycine javanica em dois solos com toxidez de manganês. Na época de desbaste já se notou efeito favorável da calagem em todas as observações feitas na nodulação e no desenvolvimento das plantas, exceto no crescimento das raízes, que foi prejudicado. A variedade Tinaroo mostrou desenvolvimento inicial mais rápido. A calagem reduziu a absorção do manganês pela planta, mas a adubação fosfatada num dos solos a aumentou. Dois meses após o plantio o efeito da calagem na presença da adubação fosfatada proporcionou um aumento da ordem de 10 a 30 vezes no nitrogênio fixado e na produção de forragem, confirmando pronunciada toxidez de manganês além da deficiência de fósforo, nos dois solos. O melhor desenvolvimento inicial da variedade Tinaroo, nesta época já não se fazia sentir. A variedade SP-1, como no primeiro experimento, se mostrou mais tolerante à toxidez de manganês sendo principalmente sua simbiose menos afetada do que a da variedade Tinaroo. |
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Toxidez de manganês em leguminosas forrageiras tropicaisManganese toxicity in tropical forage legumesForam realizados dois experimentos em casa de vegetação que tiveram como finalidade estudar a influência da toxidez de manganês no estabelecimento de seis leguminosas forrageiras (Centrosema pubescens, Pueraria javanica, Glycine javanica var. SP-1, Glycine javanica var. Tinaroo, Stylozanthes gracilis e Phaseolus atropurpureus), em dois solos da Baixada Fluminense. No primeiro experimento estudou-se a influência de quatro níveis de manganês (0, 50, 100 e 200 ppm) aplicado em forma de MnSO4, na sintomatologia e no desenvolvimento das seis leguminosas. Não houve efeito da aplicação do manganês na germinação das plantas. Por ocasião do desbaste já se notou maior ou menor sensibilidade das espécies à toxidez de manganês. A Centrosema pubescens se mostrou mais tolerante tendo ao mesmo tempo maior desenvolvimento radicular. C. pubescens, P. javanica e P. atropurpureus, nesta ocasião, já apresentaram aproximadamente 50% das plantas noduladas enquanto nas três outras leguminosas esta percentagem foi insignificantes. Dois meses após o plantio, quando o experimento foi colhido, estas diferenças estavam ainda mais pronunciadas tendo sido altamente significativa a interação espécie x manganês para peso de nódulos, peso das plantas, teor de nitrogénio nas plantas e para o nitrogênio total nas plantas. Outra vez, a C. pubescens, a P. javanica e a P. atropurpureus foram as espécies que conseguiram desenvolver nodulação abundante neste solo, tendo, porém, já a primeira dosagem de manganês reduzido consideravelmente o peso dos nódulos e o nitrogênio fixado. A variedade SP-1 da G. javanica mostrou ser mais tolerante à toxidez de manganês que a variedade Tinaroo. No segundo experimento estudou-se o efeito da calagem com e sem adubação fosfatada no estabelecimento das duas variedades de Gycine javanica em dois solos com toxidez de manganês. Na época de desbaste já se notou efeito favorável da calagem em todas as observações feitas na nodulação e no desenvolvimento das plantas, exceto no crescimento das raízes, que foi prejudicado. A variedade Tinaroo mostrou desenvolvimento inicial mais rápido. A calagem reduziu a absorção do manganês pela planta, mas a adubação fosfatada num dos solos a aumentou. Dois meses após o plantio o efeito da calagem na presença da adubação fosfatada proporcionou um aumento da ordem de 10 a 30 vezes no nitrogênio fixado e na produção de forragem, confirmando pronunciada toxidez de manganês além da deficiência de fósforo, nos dois solos. O melhor desenvolvimento inicial da variedade Tinaroo, nesta época já não se fazia sentir. A variedade SP-1, como no primeiro experimento, se mostrou mais tolerante à toxidez de manganês sendo principalmente sua simbiose menos afetada do que a da variedade Tinaroo.Two greenhouse experiments were carried out to study manganese toxicity in the establishment, nitrogen fixation and growth of six tropical forage legumes (Centrosema pubescens, Pueraria javanica, Glycine javanica var. SP-1, Glycine javanica var. Tinaroo, Stylozanthes gracilis, and Phaseolus atropurpureus, in two soils of Rio de Janeiro State. In the first experiment symptomatology and development were studied with the application of manganese sulphate at four levels (0, 50, 100 and 200 ppm Mn on soil basis). Germination of the seeds was not affected by these manganese levels. Twenty-two days after sowing however manganese toxicity was already pronounced. C. pubescens seemed to be the most tolerant showing at the same time fastest root growth. C.pubescens, P. javanica and Ph. atropurpureus at that time showed about 50% of plants nodulated while nodulation of the three other species was insignificant. Two months after planting these differences were still more pronounced. The interaction species x manganese was highly significant for nodule weight, plant weight, nitrogen content and total nitrogen in plants indicating varying tolerance of the species. Again C. pubescens, P. javanica and Ph. atropurpureus were the only species to develop abundant nodulation in this soil, 50 ppm of manganese reducing considerably nodulation and nitrogen fixation even of these species. The variety SP-1 of G. javanica prooved to be more tolerant to manganese toxicity than the variety Tinaroo. In a second experiment the effect of liming with and without phosphorus were studied on the two varieties of G. javanica in two manganese toxicity soils. Twenty days after sowing the affect of liming was already apparent on nodulation and plant growth, but root growth retarded. Liming reduced absorption of manganese by the pant but in one of the soils the application of superphosphate increased manganese absorption. Two months after planting liming together with the application of superphosphate increased 10 to 30 times nodulation, nitrogen fixation and forage production demonstrating high manganese toxicity besides phosphorus deficiency in the two soils. The variety SP-1 as in the first experiment was more tolerant to manganese toxicity, being specially its Rhizobium symbiosis less affected.Pesquisa Agropecuaria BrasileiraPesquisa Agropecuária BrasileiraSouto, Sebastião ManhãesDöbereiner, Johanna2014-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17810Pesquisa Agropecuaria Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 129-138Pesquisa Agropecuária Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 129-1381678-39210100-104xreponame:Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPAporhttps://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17810/11940info:eu-repo/semantics/openAccess2014-04-15T18:25:42Zoai:ojs.seer.sct.embrapa.br:article/17810Revistahttp://seer.sct.embrapa.br/index.php/pabPRIhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppab@sct.embrapa.br || sct.pab@embrapa.br1678-39210100-204Xopendoar:2014-04-15T18:25:42Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
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