Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Canella, Camillo F.C.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Tokarnia, Carlos Hubinger, Döbereiner, Jürgen, Benjamin, Dimitri Sucre
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
Texto Completo: https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845
Resumo: Foram realizados experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn em bovinos, tendo a planta sido colhida em diferentes épocas do ano de diversos municípios dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A planta fresca, folhas e pedúnculos com flores ou frutos, foi administrada por via oral em quantidades até 25,1 g/kg. Os animais não apresentaram quaisquer sintomas de intoxicação. Ao contrário destes resultados, P. longepedunculata fora considerada tóxica para bovinos, segundo um registro bibliográfico; a planta teria causado a morte dos bovinos na dosagem de apenas 1 g/kg. Esses resultados adversos devem ser atribuídos a equivoco na coleta da planta usada nos experimentos relatados naquele trabalho, porque P. longepedunculata muito se assemelha nas suas folhas a Palicourea maregravii St. Hil, altamente tóxica para bovinos. Ambas também são encontradas no mesmo “habitat". Pode-se distinguir as duas plantas somente pela inflorescência e pelo cheiro. Ao esmagar as folhas ou talos frescos de P. maregravii percebe-se cheiro de salicilato de metila. Esse cheiro característico foi, no trabalho referido, erroneamente atribuído também a P. longepedunculata, fato que fortalece a suspeita de ter havido erro na coleta da planta usada naquela experimentação. Conclui-se que Palicourea longepedunculata Gardn. não é planta tóxica para bovinos.
id EMBRAPA-4_e9be67292ad22ee3698dacff87f57bbf
oai_identifier_str oai:ojs.seer.sct.embrapa.br:article/17845
network_acronym_str EMBRAPA-4
network_name_str Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
repository_id_str
spelling Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinosExperiments with Palicourea longepedunculata Gardn. revealing its non-toxicity for cattleForam realizados experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn em bovinos, tendo a planta sido colhida em diferentes épocas do ano de diversos municípios dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A planta fresca, folhas e pedúnculos com flores ou frutos, foi administrada por via oral em quantidades até 25,1 g/kg. Os animais não apresentaram quaisquer sintomas de intoxicação. Ao contrário destes resultados, P. longepedunculata fora considerada tóxica para bovinos, segundo um registro bibliográfico; a planta teria causado a morte dos bovinos na dosagem de apenas 1 g/kg. Esses resultados adversos devem ser atribuídos a equivoco na coleta da planta usada nos experimentos relatados naquele trabalho, porque P. longepedunculata muito se assemelha nas suas folhas a Palicourea maregravii St. Hil, altamente tóxica para bovinos. Ambas também são encontradas no mesmo “habitat". Pode-se distinguir as duas plantas somente pela inflorescência e pelo cheiro. Ao esmagar as folhas ou talos frescos de P. maregravii percebe-se cheiro de salicilato de metila. Esse cheiro característico foi, no trabalho referido, erroneamente atribuído também a P. longepedunculata, fato que fortalece a suspeita de ter havido erro na coleta da planta usada naquela experimentação. Conclui-se que Palicourea longepedunculata Gardn. não é planta tóxica para bovinos.In order to investigate its toxicity, experiments with Palicourea longepedunculata Gardn. were performed on bovines. Samples from various counties of the States of Rio de Janeiro and Espírito Santo were collected at different times of the year. The leaves, flowers and fruits were given orally in doses up to 25,1 g/kg. No symptoms of poisoning were observed. Contrary to these results, P. longepedunculata was considered poisonous to cattle according to one published paper; the plant is said to have caused death of bovines in doses of only 1 g/kg. These different results probably are due to an erroneous identification of the plant material used. The leaves of P. longepedunculata are very similar to those of Palicourea maregravii St. Hil, a very poisonous plant for cattle. Both plants are found in the same "habitat" and can only be distinguished by their flowers and odor. Crushed leaves or stems of P. maregravii produce the odor of methyl salicylate. In the paper referred to, P. longepedunculata was reported having this odor, a statement which enhances the suspicion that there. was a mistake in the identification of the plant material used in those experiments. It is concluded that Palicourea longepedunculata Gardn. is not a poisonous plant for cattle.Pesquisa Agropecuaria BrasileiraPesquisa Agropecuária BrasileiraCanella, Camillo F.C.Tokarnia, Carlos HubingerDöbereiner, JürgenBenjamin, Dimitri Sucre2014-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845Pesquisa Agropecuaria Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 205-208Pesquisa Agropecuária Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 205-2081678-39210100-104xreponame:Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPAporhttps://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845/11959info:eu-repo/semantics/openAccess2014-04-15T18:25:42Zoai:ojs.seer.sct.embrapa.br:article/17845Revistahttp://seer.sct.embrapa.br/index.php/pabPRIhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppab@sct.embrapa.br || sct.pab@embrapa.br1678-39210100-204Xopendoar:2014-04-15T18:25:42Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false
dc.title.none.fl_str_mv Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
Experiments with Palicourea longepedunculata Gardn. revealing its non-toxicity for cattle
title Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
spellingShingle Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
Canella, Camillo F.C.
title_short Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
title_full Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
title_fullStr Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
title_full_unstemmed Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
title_sort Experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn. revelando a sua inocuidade para bovinos
author Canella, Camillo F.C.
author_facet Canella, Camillo F.C.
Tokarnia, Carlos Hubinger
Döbereiner, Jürgen
Benjamin, Dimitri Sucre
author_role author
author2 Tokarnia, Carlos Hubinger
Döbereiner, Jürgen
Benjamin, Dimitri Sucre
author2_role author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv

dc.contributor.author.fl_str_mv Canella, Camillo F.C.
Tokarnia, Carlos Hubinger
Döbereiner, Jürgen
Benjamin, Dimitri Sucre
dc.subject.none.fl_str_mv

description Foram realizados experimentos com Palicourea longepedunculata Gardn em bovinos, tendo a planta sido colhida em diferentes épocas do ano de diversos municípios dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A planta fresca, folhas e pedúnculos com flores ou frutos, foi administrada por via oral em quantidades até 25,1 g/kg. Os animais não apresentaram quaisquer sintomas de intoxicação. Ao contrário destes resultados, P. longepedunculata fora considerada tóxica para bovinos, segundo um registro bibliográfico; a planta teria causado a morte dos bovinos na dosagem de apenas 1 g/kg. Esses resultados adversos devem ser atribuídos a equivoco na coleta da planta usada nos experimentos relatados naquele trabalho, porque P. longepedunculata muito se assemelha nas suas folhas a Palicourea maregravii St. Hil, altamente tóxica para bovinos. Ambas também são encontradas no mesmo “habitat". Pode-se distinguir as duas plantas somente pela inflorescência e pelo cheiro. Ao esmagar as folhas ou talos frescos de P. maregravii percebe-se cheiro de salicilato de metila. Esse cheiro característico foi, no trabalho referido, erroneamente atribuído também a P. longepedunculata, fato que fortalece a suspeita de ter havido erro na coleta da planta usada naquela experimentação. Conclui-se que Palicourea longepedunculata Gardn. não é planta tóxica para bovinos.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-04-15
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845
url https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/17845/11959
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Pesquisa Agropecuaria Brasileira
Pesquisa Agropecuária Brasileira
publisher.none.fl_str_mv Pesquisa Agropecuaria Brasileira
Pesquisa Agropecuária Brasileira
dc.source.none.fl_str_mv Pesquisa Agropecuaria Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 205-208
Pesquisa Agropecuária Brasileira; v.4, n.1, 1969: Série Agronomia e Veterinária; 205-208
1678-3921
0100-104x
reponame:Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron:EMBRAPA
instname_str Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
instacron_str EMBRAPA
institution EMBRAPA
reponame_str Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
collection Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
repository.name.fl_str_mv Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
repository.mail.fl_str_mv pab@sct.embrapa.br || sct.pab@embrapa.br
_version_ 1793416673761427456