Georreferenciamento dos pivôs centrais de irrigação no Brasil: ano base 2020.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GUIMARAES, D. P.
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: LANDAU, E. C.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e)
Texto Completo: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1128368
Resumo: O Brasil é um importante produtor global de alimentos. A agricultura irrigada tem possibilitado o aumento da produtividade e a extensão do período apto para a produção agrícola, o que também representa demanda local por recursos hídricos e frequente aplicação de agroquímicos. A identificação das áreas equipadas com pivôs centrais de irrigação contribui para uma gestão integrada dos recursos hídricos e priorização de áreas para restauração de ecossistemas relacionados com a água, conforme fundamentado pela Política Nacional de Recursos Hídricos ? PNRH. Foi realizado levantamento nacional das áreas com pivôs centrais em 2020, através da identificação visual em mosaicos de imagens dos satélites Sentinel 2 e Cbers 4A. Foram identificados 25.292 pivôs centrais, ocupando uma área potencialmente irrigada de 1.612.617,3 ha. Minas Gerais foi o Estado com maior número de equipamentos instalados (8.541) e área potencialmente irrigada (501.183,6 ha). Os municípios do País com maior área potencialmente irrigada pelos pivôs centrais instalados foram Paracatu-MG (72.726 ha), Unaí-MG (71.573 ha) e Cristalina-GO (62.355 ha); e aqueles com maior área relativa, Itaí-SP (17,83%), Santa Juliana-MG (15,85%), Casa Branca-SP (15,39%) e RomariaMG (15,08%). O tamanho médio das áreas potencialmente irrigadas variou consideravelmente, com os pivôs maiores mais concentrados em Estados como Mato Grosso, e os menores, na região central da Bahia. Em termos de bacias hidrográficas, a maior concentração de áreas potencialmente irrigadas por pivôs centrais ocorre nas Regiões hidrográficas do Paraná (877.735 ha) e São Francisco (636.102 ha). As com mais do que 5% de suas áreas potencialmente irrigadas por pivôs centrais foram do São Marcos (RH do Paraná/Bacia do Alto Paranaíba) e a do Paracatu 01 (RH do São Francisco/Bacia do Médio São Francisco). Foi observado aumento de 9,1% em relação à área nacional irrigada por pivôs centrais registrada em 2017. Parte dessas variações pode ser explicada pela expansão da tecnologia, mas outras variações também podem estar relacionadas com a adoção de nova metodologia para a identificação das áreas irrigadas por pivôs centrais. O uso de imagens de melhor resolução permitiu a identificação de novos pivôs instalados, exclusão de áreas que deixaram de ser irrigadas, exclusão de falsas identificações e inclusão de pequenos equipamentos não identificados nos levantamentos anteriores. Diante da tendência de crescimento da demanda pelos múltiplos usos da água é evidente a necessidade de racionalização de seu uso. A expansão futura da agricultura irrigada estará condicionada a limitações ou incentivos econômicos, à disponibilidade de água de qualidade outorgada, à adoção de práticas conservacionistas que visem o aumento da quantidade e qualidade de água disponível para irrigação e à adoção de práticas de otimização do uso da água aumentando a eficiência de uso do método.
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