Diagnóstico da cadeia produtiva da piscicultura no Estado de Tocantins.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEDROZA FILHO, M. X.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: BARROSO, R. M., FLORES, R. M. V.
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e)
Texto Completo: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/992817
Resumo: A piscicultura constitui um dos setores emergentes do agronegócio brasileiro. No estado de Tocantins, este setor tem apresentado um crescimento de 833% entre 2000 e 2011, atingindo o total de 12.412 toneladas. Neste sentido, a piscicultura representa uma atividade estratégica tanto para a economia como para a segurança alimentar do estado. No entanto, o desenvolvimento da piscicultura tocantinense tem sido acompanhado por importantes transformações tanto na oferta e como na demanda. De um lado, o volume de produção tem crescido rapidamente, gerando uma oferta significativa e consequente queda nos preços e saturação do mercado local. Por outro lado, a emergência dos supermercados no comércio de pescados tem causado efeitos na estrutura de mercado de varejo - até pouco tempo baseada em canais tradicionais como peixarias, feiras livres e venda direta ao consumidor. Soma-se a estas dificuldades o fato dos pequenos produtores serem mais susceptíveis aos gargalos existentes na cadeia. A metodologia utilizada no projeto de pesquisa que subsidiou este documento foi de natureza exploratória, baseada no modelo de cadeia global de valor. Os dados utilizados foram essencialmente qualitativos, sendo estes coletados através de entrevistas semiestruturadas junto aos agentes-chave da cadeia produtiva. Esta análise permitiu não somente conhecer em detalhes os diferentes elos que compõe a cadeia produtiva (insumos, produção, comercialização, etc.) e as relações entre eles, mas também possibilitou identificar os principais gargalos e oportunidades de agregação de valor para os piscicultores. Com exceção da alevinagem, que se constitui um elo bem estruturado, a cadeia ainda não possui um setor de insumos e serviços para piscicultura bem estabelecido. Nesse contexto, os pequenos produtores começam a enfrentar dificuldades em manter uma posição sustentável dentro da cadeia produtiva, devido à dificuldade em produzir com custos competitivos e no volume exigido pelos novos canais de varejo. Assim, fica evidente que a sustentabilidade da pequena piscicultura de Tocantins passa pelo aumento da agregação do valor do pescado através de diferentes iniciativas, sejam elas diretamente ligadas à diferenciação do produto (ex: beneficiamento e selos de qualidade) ou por meio do acesso a novos mercados e canais de comercialização. No entanto, o acesso a estas oportunidades de agregação de valor exige um elevado nível de gestão organizacional entre os piscicultores. Os aumentos de escala de produção, da qualidade e da eficiência logística, são fatores fundamentais para garantir o acesso a estas oportunidades. A capacidade dos pequenos piscicultores em se organizar se apresenta como o principal determinante para o acesso aos elos da cadeia produtiva com maior valor agregado.
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