Calagem no Brasil.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e) |
Texto Completo: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/820412 |
Resumo: | A maioria das espécies vegetais apresenta incremento no rendimento com aplicação de calcário em solos ácidos. A calagem é uma prática comum atualmente e está em uso há muito tempo. No Brasil, as primeiras recomendações de calcário com base em análise de solo provavelmente foram feitas em torno do ano de 1925, empregando o teor de Al trocável como referência de acidez. Esse procedimento foi adotado em várias regiões até o fim da década de 60, quando novos métodos foram implementados. No Estado do Rio Grande do Sul, adotou- se, em 1968, o método da solução tamponada SMP. Nesse procedimento, a necessidade de calagem (NC) é estabelecida em função do pH de equilíbrio da suspensão solução SMP-solo. Em 1985, o Estado de São Paulo adotou o método da saturação de bases, empregando a leitura do pH SMP para calcular, através de uma equação, o teor de H + Al. Equações semelhantes foram desenvolvidas para solos dos Estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, do Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro e para a região dos Cerrados do Brasil. Em vários estados usam-se tanto o método da saturação de bases como os teores de Al, de Ca e de Mg trocáveis para determinar a NC. Nas regiões onde o teor de Al no solo é baixo ou inexistente, o método mais empregado é o da elevação dos teores de Ca + Mg para 2 ou 3 cmolc/dm3 de solo. A primeira legislação brasileira sobre calcário agrícola foi proposta em 1961, e incluía apenas granulometria. Em 1975 foi incluída a exigência do teor de CaO + MgO. Em 1983, foi introduzido o poder de neutralização (PN) e, em 1986 (legislação atual), a classificação comercial dos diversos tipos de calcário em função do teor de CaO e MgO, bem como o poder relativo de neutralização total (PRNT) do calcário. Atualmente o consumo de calcário no Brasil é de 15 milhões de toneladas por ano, o que constitui cerca de 1/3 da capacidade de moagem instalada. Dados recentes a respeito da aplicação de calcário na superfície do solo, em lavouras manejadas sob sistema plantio direto, indicam que doses até cerca da metade da recomendada para elevar o pH do solo em água para 5,5 podem ser empregadas sem que ocorra redução no rendimento das culturas. Considerando a atual tendência de adoção do método da saturação em bases para estimar a necessidade de calcário e do plantio direto como sistema de cultivo, as principais necessidades de pesquisa referem-se aos seguintes aspectos: a) determinação da relação matemática entre pH SMP e teores de H + Al para solos ou regiões onde esta relação ainda é desconhecida; e b) métodos de aplicação de calcário no sistema plantio direto. Em síntese, a calagem é atualmente uma prática usual no Brasil nas regiões de solos ácidos, bem como métodos químicos adequados para estimar a necessidade de calagem dos solos estão disponíveis. |
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