Sigatoka-negra da bananeira no estado da Bahia: zoneamento de risco climático e recomendações de manejo.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e) |
Texto Completo: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1138300 |
Resumo: | O histórico dos trabalhos da Embrapa com a cultura da banana, investigando novas soluções tecnológicas para mitigação de problemas fitossanitários, é conhecido. Um grande exemplo liderado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura foi o desenvolvimento de variedades resistentes à Sigatoka Negra, no início da década de 80, com o estabelecimento do programa de melhoramento de banana. Interessante pontuar que os estudos científicos foram desenvolvidos mesmo antes desse problema fitossanitário chegar ao território brasileiro, na época apontado como principal fator de risco para a bananicultura nacional, pela eventual introdução do patógeno no território brasileiro. A Embrapa, utilizando-se do melhoramento preventivo, avaliou e desenvolveu genótipos resistentes, disponibilizando-os à sociedade. Essas ações coordenadas resultaram em elevado impacto positivo à cadeia produtiva dessa fruteira, viabilizando, por exemplo, a bananicultura em regiões onde se aplica baixa tecnologia e com condições climáticas favoráveis à disseminação do patógeno, como é o caso da região Norte do Brasil, primeiro foco da doença, detectado no país no ano de 1998, afetando severamente as diferentes variedades cultivadas na região. Algumas das variedades selecionadas e recomendadas para a região Norte, mesmo antes da introdução do patógeno no Brasil, são: BRS Pacovan Ken, BRS Preciosa, Maravilha (FHIA 01), BRS Garantida e BRS Caprichosa. Outras variedades tolerantes também apresentam inserções interessantes em importantes regiões produtoras, viabilizando sistemas de produção mais sustentável graças à redução expressiva da necessidade de pulverização para o controle da doença. Outro ponto relevante é o avanço da bananicultura orgânica, onde o controle químico não é permitido. Nessas condições, dependendo dos riscos climáticos para ocorrência e disseminação da Sigatoka Negra, a atividade pode ser inviabilizada sem uso de manejo agronômico e/ou pelo uso de variedades resistentes que mitiguem o problema. Nesse sentido, as interações variabilidade climática, planta e patógeno são relevantes e definem os riscos climáticos e, por consequência, os riscos econômicos que irão depender do manejo adotado pelo produtor. A primeira constatação da Sigatoka Negra na Bahia data de outubro de 2015. O estado possui a maior extensão cultivada com a cultura da banana, presente em diferentes tipos climáticos, implicando em níveis de riscos variáveis para a Sigatoka Negra e, consequentemente, de diferentes estratégias para mitigação do problema. O presente documento faz uma abordagem sobre os principais elementos climáticos que afetam as interações patógeno-hospedeiro; desenvolve um modelo de avaliação de risco climático para a atividade da bananicultura em relação à doença, associando diferentes estratégias de manejo para controle/ convivência com a Sigatoka Negra; e georreferencia os riscos climáticos, com base em estudos de variabilidade dos elementos climáticos importantes para o patógeno-hospedeiro, apresentando soluções, em nível municipal, que podem ser utilizadas como ferramentas para políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de uma bananicultura sustentável. Alberto Duarte Vilarinhos Chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura |
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