Lâmina e frequência de irrigação, substrato e adubação na aclimatização de mudas micropropagadas de antúrio (anthurium maricense).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CAMPOS, A. S.
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102161
Resumo: O Anthurium maricense é uma espécie com grande potencial de comercialização, contudo, para uma produção em escala comercial, as mudas devem ser produzidas pela micropropagação, uma técnica da cultura de tecidos que possui cinco etapas importantes. A última delas, a aclimatização, é uma das mais críticas, muitas vezes levando a altas taxas de mortalidade, baixos índices de desenvolvimento e elevada desuniformidade das mudas, principalmente pela carência de informações nesta etapa. Para preencher esta lacuna existente com informações relevantes sobre o adequado manejo das mudas durante esta etapa, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes frequências e lâminas de irrigação, bem como de distintos substratos e doses de fertilizantes na aclimatização de mudas micropropagadas de A. maricense. A pesquisa foi dividida em quatro experimentos, realizados em um telado (sombrite 80%) pertencente à Embrapa Agroindústria Tropical, situada no município de Fortaleza, Ceará. Durante os experimentos, a temperatura e umidade do ar foram registradas a cada 10 minutos. Foram realizadas, ainda, análises físico-hídricas e químicas em amostras dos substratos utilizados. O delineamento adotado em cada um dos experimentos foi o inteiramente casualizado, composto de cinco tratamentos, quatro repetições e quatro mudas por parcela, cultivadas individualmente em vasos de 415 mL. No experimento I, os tratamentos consistiram em cinco lâminas de irrigação: 50%; 75%; 100%; 125% e 150% da capacidade de retenção de água (CRA) no substrato. No experimento II, os tratamentos consistiram em cinco frequências de irrigação: 0,5; 1; 2; 3 e 4 irrigações ao dia. No experimento III, foram testados cinco substratos: HS Flores; e fibra de coco mais húmus de minhoca nas proporções de 0,5:1,0; 1:1; 2:1 e 3:1. No experimento IV, foram testadas cinco doses de fertilizantes de liberação lenta (Osmocote 15:9:12): 0,0; 2,5; 5,0; 7,5; e 10,0 kg m-3. Nos experimentos I, II e IV, as mudas foram cultivadas no substrato comercial HS Flores. Nos experimentos I, III e IV, a frequência de irrigação foi de duas vezes ao dia. A lâmina de irrigação para os experimentos II, III e IV foi equivalente a 100% da CRA. Em dias alternados, as mudas dos experimentos I, II e III receberam adubações foliares. As variáveis analisadas foram: variação na altura da planta (VAP), no número de folhas (VNF) e na área da maior folha (VAMF), ocupação de vaso (OV), taxa fotossintética líquida (A), carbono interno (Ci), temperatura da folha (Ti) e umidade da folha (Ui). Os resultados evidenciaram o melhor desenvolvimento das mudas micropropagadas de A. maricense quando: irrigadas com a lâmina de 150% da CRA; submetidas à frequência de quatro irrigações diárias; cultivadas no substrato composto por fibra de coco e húmus de minhoca na proporção de 3:1; e adubadas com Osmocote® 15:9:12 na dose de 6,40 kg m-3, durante todo o experimento.
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