Novas funcionalizações na fibra da casca de coco verde visando um suporte para imobilização de enzimas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MORAIS, J. S. de A.
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1125376
Resumo: Vários materiais vêm investigados como potenciais suportes para imobilização de enzimas. Dentre eles destaca-se a fibra da casca de coco verde por ser bastante disponível, de baixo custo e rica em celulose e lignina. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um novo método para obtenção de um suporte para imobilização de enzimas, a partir da fibra da casca de coco verde. Inicialmente, foi avaliado a concentração de peróxido de hidrogênio mais eficiente para o prétratamento da fibra. A condição de 4,5% de peróxido de hidrogênio em pH 11,5 foi a selecionada. Após esta etapa, dois métodos de funcionalização foram avaliados. Na funcionalização por oxidação com periodato de sódio o efeito de tempo e proporção fibra:reagente foram estudados e foram obtidos 198 µmol de grupos aldeído 1g de fibra. E para funcionalização com grupamentos tosila, foram testadas variações no tempo, na concentração de reagente e na base presente no meio. Com base em dados de impacto ambiental fornecidos pelo Software SimaPro e por Microscopia Eletrônica de Varredura utilizando Espectroscopia por Energia Dispersiva, foi possível constatar que a trietilamina foi a base que causou menor impacto ambiental negativo e maior capacidade de incorporar grupamentos tosil na fibra. As fibras brutas, prétratadas e funcionalizadas foram avaliadas quanto a estabilidade quando submetidas a diferentes meios reacionais (tampão fosfato pH 5, 7 e 9, etanol, etanol juntamente com óleo (1:1), e somente óleo), nas temperaturas 40 e 50°C, sob agitação e durante 7 dias. Análises de FTIR, TGA e colorimetria mostraram preservação da estrutura lignocelulósica e remoção de extrativos e ceras. As imobilizações utilizando lipase B de Candida antarctica (CALB) nas fibras funcionalizadas após o pré-tratamento (FF) e após a lavagem (FLF) ocorreram em condições de pH 7 e pH10, tempos de 2 e 24h e temperatura de 25°C. Foi possível imobilizar CALB em ambos suportes testados. Com maior atividade apresentada para a FF em pH 7 durante 24h, com valor de 1039 U/Kg. Foi possível tratar as fibras utilizando peróxido alcalino e funcionalizá-las com periodato de sódio para posteriormente realizar as imobilizações. Os testes com o cloreto de p-toluenosulfonila também se mostraram promissores, no entanto serão necessários estudos futuros para otimização da condição desta reação.
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