Variabilidade genética da resistência bovina ao carrapato.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SIQUEIRA, F.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: BLECHA, I. M. Z., CARDOSO, F. F.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1107155
Resumo: Para satisfazer a demanda dos consumidores por produtos de alta qualidade e produzidos de forma sustentável em regiões tropicais, a seleção de bovinos resistentes ao carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus tem se tornado um método alternativo de controle não químico deste ectoparasita. Está bem estabelecido que a resistência à infestação por carrapatos é determinada geneticamente e ocorre devido a um conjunto complexo de respostas, no entanto, os mecanismos específicos e sua importância relativa continuam a ser objeto de discussão (Tabor et al., 2017). Em bovinos, a manifestação da resistência ocorre em duas fases: uma chamada de resistência inata, que já está presente no animal na primeira infestação e que não depende do contato prévio do animal com o carrapato, e a resistência adquirida, formada por meio da resposta do sistema imunológico do hospedeiro após sucessivas infestações, envolvendo a imunidade humoral e celular, com prejuízo ao desenvolvimento do carrapato (Wikel, 1996). Assim, a primeira linha de defesa do hospedeiro frente à picada do carrapato é a resposta imune inata, consistindo, principalmente, em resposta inflamatória e processos hemostáticos, como vasoconstrição, ativação de fatores de coagulação sanguínea e consequente agregação plaquetária (Pereira et al., 2008). Desta forma, a alimentação do carrapato induz uma ordem complexa de respostas imunes nos hospedeiros envolvendo a apresentação de antígenos via células apresentadoras de antígenos (APCs), células-T, células-B, anticorpos, citocinas, sistema complemento, basófilos, eosinófilos e uma variedade grande de moléculas bioativas (Brossard; Wikel, 2004). Essas interações complexas podem ser consideradas como uma balança entre a defesa do hospedeiro e as estratégias de invasão do carrapato, facilitando a alimentação e a transmissão de patógenos.
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