Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873968 https://doi.org/10.1590/S0100-06832010000300025 |
Resumo: | Atributos morfológicos de 28 pedons, descritos e amostrados em cronossequências, e datações absolutas por luminescência (TL e LOE) e 14C foram utilizados para elucidar os principais fatores envolvidos na formação e evolução dos Espodossolos nos depósitos marinhos quaternários da planície costeira do Estado de São Paulo. Os solos estudados localizam-se nos municípios de Bertioga (Baixada Santista), Cananeia e Ilha Comprida (Litoral Sul). Essa abordagem, pouco comum nos estudos dos ambientes de planície costeira brasileiros, possibilitou as seguintes interpretações: (a) o relevo, a dinâmica hídrica e o tempo (incluindo as variações do nível relativo do mar) são os principais condicionantes da diferenciação espacial dos Espodossolos nos terraços marinhos; (b) os Espodossolos mais antigos e bem drenados, devido às condições de relevo e rebaixamento do nível do lençol freático, apresentam grande variabilidade e diversidade de seus horizontes e atributos morfológicos, diferindo daqueles mal drenados (antigos ou jovens), em que os horizontes são mais homogêneos; (c) os Espodossolos mais antigos, quando bem drenados, mostram-se em avançado estádio de degradação, enquanto os mal drenados encontram-se bem preservados, indicando que a sua gênese e permanência na paisagem estão ligadas ao relevo, que, por sua vez, controla a dinâmica hídrica; (d) os Espodossolos mais evoluídos e antigos, dotados de horizontes cimentados (orstein), podem ser considerados indicadores pedolitoestratigráficos dos depósitos marinhos pleistocênicos da Formação Cananeia; e (e) a gênese do horizonte orstein se deu em condições topográficas e hidrológicas pretéritas diferentes das atuais, indicando se tratar de solos poligenéticos ou paleossolos. |
id |
EMBR_0888b55fa715b6313af73e2f304a18e6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/873968 |
network_acronym_str |
EMBR |
network_name_str |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
repository_id_str |
2154 |
spelling |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo.Datações por luminescência e 14CEspodossolosPodzolizaçãoDepósitos marinhos quaternáriosAtributos morfológicos de 28 pedons, descritos e amostrados em cronossequências, e datações absolutas por luminescência (TL e LOE) e 14C foram utilizados para elucidar os principais fatores envolvidos na formação e evolução dos Espodossolos nos depósitos marinhos quaternários da planície costeira do Estado de São Paulo. Os solos estudados localizam-se nos municípios de Bertioga (Baixada Santista), Cananeia e Ilha Comprida (Litoral Sul). Essa abordagem, pouco comum nos estudos dos ambientes de planície costeira brasileiros, possibilitou as seguintes interpretações: (a) o relevo, a dinâmica hídrica e o tempo (incluindo as variações do nível relativo do mar) são os principais condicionantes da diferenciação espacial dos Espodossolos nos terraços marinhos; (b) os Espodossolos mais antigos e bem drenados, devido às condições de relevo e rebaixamento do nível do lençol freático, apresentam grande variabilidade e diversidade de seus horizontes e atributos morfológicos, diferindo daqueles mal drenados (antigos ou jovens), em que os horizontes são mais homogêneos; (c) os Espodossolos mais antigos, quando bem drenados, mostram-se em avançado estádio de degradação, enquanto os mal drenados encontram-se bem preservados, indicando que a sua gênese e permanência na paisagem estão ligadas ao relevo, que, por sua vez, controla a dinâmica hídrica; (d) os Espodossolos mais evoluídos e antigos, dotados de horizontes cimentados (orstein), podem ser considerados indicadores pedolitoestratigráficos dos depósitos marinhos pleistocênicos da Formação Cananeia; e (e) a gênese do horizonte orstein se deu em condições topográficas e hidrológicas pretéritas diferentes das atuais, indicando se tratar de solos poligenéticos ou paleossolos.MAURICIO RIZZATO COELHO, CNPS; VANDA MOREIRA MARTINS, Universidade Estadual do Oeste do Paraná; PABLO VIDAL-TORRADO, ESALQ/USP; CÉLIA REGINA DE GOUVEIA SOUZA, Instituto Geológico-SMA/SP; XOSÉ LUIS OTERO PEREZ, Universidad de Santiago de Compostela; FELIPE MACÍAS VÁZQUEZ, Universidad de Santiago de Compostela.COELHO, M. R.MARTINS, V. M.VIDAL-TORRADO, P.SOUZA, C. R. de G.OTERO PEREZ, X. L.MACÍAS VÁZQUEZ, F.2021-11-03T14:04:45Z2021-11-03T14:04:45Z2011-01-242010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleRevista Brasileira de Ciência do Solo, v. 34, n. 3, p. 833-846, 2010.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873968https://doi.org/10.1590/S0100-06832010000300025porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2021-11-03T14:04:54Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/873968Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542021-11-03T14:04:54falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542021-11-03T14:04:54Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
title |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
spellingShingle |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. COELHO, M. R. Datações por luminescência e 14C Espodossolos Podzolização Depósitos marinhos quaternários |
title_short |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
title_full |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
title_fullStr |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
title_full_unstemmed |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
title_sort |
Relação solo-relevo-substrato geológico nas restingas da planície costeira do estado de São Paulo. |
author |
COELHO, M. R. |
author_facet |
COELHO, M. R. MARTINS, V. M. VIDAL-TORRADO, P. SOUZA, C. R. de G. OTERO PEREZ, X. L. MACÍAS VÁZQUEZ, F. |
author_role |
author |
author2 |
MARTINS, V. M. VIDAL-TORRADO, P. SOUZA, C. R. de G. OTERO PEREZ, X. L. MACÍAS VÁZQUEZ, F. |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
MAURICIO RIZZATO COELHO, CNPS; VANDA MOREIRA MARTINS, Universidade Estadual do Oeste do Paraná; PABLO VIDAL-TORRADO, ESALQ/USP; CÉLIA REGINA DE GOUVEIA SOUZA, Instituto Geológico-SMA/SP; XOSÉ LUIS OTERO PEREZ, Universidad de Santiago de Compostela; FELIPE MACÍAS VÁZQUEZ, Universidad de Santiago de Compostela. |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
COELHO, M. R. MARTINS, V. M. VIDAL-TORRADO, P. SOUZA, C. R. de G. OTERO PEREZ, X. L. MACÍAS VÁZQUEZ, F. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Datações por luminescência e 14C Espodossolos Podzolização Depósitos marinhos quaternários |
topic |
Datações por luminescência e 14C Espodossolos Podzolização Depósitos marinhos quaternários |
description |
Atributos morfológicos de 28 pedons, descritos e amostrados em cronossequências, e datações absolutas por luminescência (TL e LOE) e 14C foram utilizados para elucidar os principais fatores envolvidos na formação e evolução dos Espodossolos nos depósitos marinhos quaternários da planície costeira do Estado de São Paulo. Os solos estudados localizam-se nos municípios de Bertioga (Baixada Santista), Cananeia e Ilha Comprida (Litoral Sul). Essa abordagem, pouco comum nos estudos dos ambientes de planície costeira brasileiros, possibilitou as seguintes interpretações: (a) o relevo, a dinâmica hídrica e o tempo (incluindo as variações do nível relativo do mar) são os principais condicionantes da diferenciação espacial dos Espodossolos nos terraços marinhos; (b) os Espodossolos mais antigos e bem drenados, devido às condições de relevo e rebaixamento do nível do lençol freático, apresentam grande variabilidade e diversidade de seus horizontes e atributos morfológicos, diferindo daqueles mal drenados (antigos ou jovens), em que os horizontes são mais homogêneos; (c) os Espodossolos mais antigos, quando bem drenados, mostram-se em avançado estádio de degradação, enquanto os mal drenados encontram-se bem preservados, indicando que a sua gênese e permanência na paisagem estão ligadas ao relevo, que, por sua vez, controla a dinâmica hídrica; (d) os Espodossolos mais evoluídos e antigos, dotados de horizontes cimentados (orstein), podem ser considerados indicadores pedolitoestratigráficos dos depósitos marinhos pleistocênicos da Formação Cananeia; e (e) a gênese do horizonte orstein se deu em condições topográficas e hidrológicas pretéritas diferentes das atuais, indicando se tratar de solos poligenéticos ou paleossolos. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010 2011-01-24 2021-11-03T14:04:45Z 2021-11-03T14:04:45Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 34, n. 3, p. 833-846, 2010. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873968 https://doi.org/10.1590/S0100-06832010000300025 |
identifier_str_mv |
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 34, n. 3, p. 833-846, 2010. |
url |
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/873968 https://doi.org/10.1590/S0100-06832010000300025 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) instacron:EMBRAPA |
instname_str |
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) |
instacron_str |
EMBRAPA |
institution |
EMBRAPA |
reponame_str |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
collection |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) |
repository.mail.fl_str_mv |
cg-riaa@embrapa.br |
_version_ |
1794503511316103168 |