Valoração de serviços ecossistêmicos na bacia hidrográfica dos rios Mogi-Guaçu e Pardo (SP) e avaliação dos impactos da dinâmica de uso do solo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, D. C.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: ROMEIRO, A. R., FASIABEN, M. do C. R.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/864114
Resumo: O principal objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos da dinâmica de uso dos solos sobre os valores dos serviços ecossistêmicos gerados pela bacia hidrográfica dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo (estado de São Paulo). Os resultados encontrados mostram que a dinâmica do uso da terra na região entre os anos de 1988 e 2002 teve um impacto negativo no valor total de serviços gerados (perda líquida de 2,78% no valor dos serviços ecossistêmicos providos, sendo as pastagens e culturas anuais as categorias de uso do solo que mais contribuíram para essa redução). Demonstrou-se também os impactos sobre os serviços ecossistêmicos sob a hipótese de cumprimento da legislação ambiental. Através de estimativas do déficit de APP e RL (Área de Proteção Permanente e Reserva Legal, respectivamente) para o ano de 2002 (110.359,93 ha), simularam-se dois cenários nos quais, respectivamente, o déficit fosse liquidado exclusivamente em áreas de uso agrícola e em áreas agrícolas e de pastagens. Os resultados mostraram que em ambos os casos haveria ganho líquido no valor dos serviços ecossistêmicos (8,84 e 8,38% de aumento no valor em relação a 1988 para os dois cenários, respectivamente). Por fim, a análise permitiu demonstrar que o valor gerado em termos de serviços ecossistêmicos por unidade de área florestada é maior que o valor gerado caso essa mesma unidade estivesse sendo utilizada com outros tipos de uso, como cana e/ou pastagem. Ao produtor, esse resultado não tem interesse imediato, já que ele não se apropria de todo o valor gerado pelos serviços ecossistêmicos. A comparação feita apenas comprova o fato de que a conversão de terras para florestas deve ser incentivada via política de compensação, dado o maior valor social gerado em relação ao valor privado.
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