Plantio misto de eucalipto e acácia em área de transição entre os biomas Cerrado e Floresta Amazônica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEHLING, M.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: FERREIRA, A., FARIAS, J. B., CAMARGO, D., PEREIRA, M. C., SILVEIRA, J. G. da, TSUKAMOTO FILHO, A. de A. de, BRANDANI, C. B., GONÇALVES, J. L. de M., BOUILLET, J.-P. D., LACLAU, J.-P., RODRIGUES, R. de A. R., MATOS, E. da S.
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104026
Resumo: As plantações florestais estão em constante crescimento, sendo que hoje o cultivo de eucalipto ocupa uma área em torno de sete milhões de hectares no mundo, dos quais mais da metade está plantada no Brasil (FAO, 2012). Nesse contexto, o estado de Mato Grosso possui grande potencial para o reflorestamento de eucalipto e para reduzir a pressão sobre suas florestas nativas. A floresta plantada, principalmente eucalipto, destaca-se como alternativa na geração de produtos madeiráveis, como lenha, carvão vegetal, madeiras tratadas (postes, mourões, estacas, dentre outros), painéis de madeira e também não madeireiros, como essências oleaginosas e mel. No entanto, o aumento sustentável da produção por área e por unidade de árvore manejada no povoamento é claramente necessário para enfrentar a demanda de mercado em médio e longo prazos. Apesar do potencial que possui, nas propriedades rurais de Mato Grosso o plantio de árvores geralmente é deixado em segundo plano, para não ocupar áreas destinadas à agricultura ou pecuária e, quando são plantadas, ocupam áreas menos nobres, como aquelas com fertilidade baixa ou que apresentam algum impedimento à mecanização. Nessas áreas, a deficiência nutricional, sobretudo de nitrogênio (N) e fósforo (P), é um dos principais fatores limitantes ao crescimento das árvores (FAO, 1998). Também deve ser considerado que as curtas rotações realizadas em plantações comerciais de eucalipto promovem a exportação de grandes quantidades de nutrientes, em particular de N. As perdas pelo solo ao longo das rotações devem ser compensadas para manter a fertilidade em longo prazo (Gonçalves et al., 2008). A reposição do N exportado com a colheita da biomassa por meio da fertilização mineral é onerosa, o que pode inviabilizá-la, podendo comprometer futuras rotações das plantações (Laclau et al., 2005).
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JÚLIA GRAZIELA DA SILVEIRA, UFV, Viçosa, MG
ANTONIO DE ARRUDA DE TSUKAMOTO FILHO, UFMT, Cuiaba, MT
CAROLINA BRAGA BRANDANI, UNIVERSITY OF FLORIDA, ONA, EUA
JOSÉ LEONARDO DE MORAES GONÇALVES, USP-ESALQ, Piracicaba, SP
JEAN-PIERRE DANIEL BOUILLET, CIRAD, Montpellier, FRA
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