Estimativa do custo de produção de soja convencional em sistema plantio direto, em Vilhena, RO, safra 2014/2015.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOARES, J. G.
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: ARAUJO, L. V. de, OLIVEIRA, D. M. de, GODINHO, V. de P. C., BROGIN, R. L.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1035147
Resumo: A região de Vilhena é pioneira na produção de soja em Rondônia e, até meados da década de 1990, produzia praticamente toda a soja do estado. Em virtude do rápido crescimento do cultivo em outras regiões, no ano de 2013, Vilhena foi responsável por somente 25% da produção do estado. O custo de produção, é a soma dos valores de todos os insumos e serviços utilizados em um sistema de produção, e é de grande importância para verificar a viabilidade do sistema produção, seja ele qual for, auxiliando na correção dos vícios bem como facilitando o planejamento e a tomada de decisões. Sendo assim, apresentam-se os custos de produção em uma situação simulada para o cultivo de 2000 hectares de soja convencional em plantio direto na região de Vilhena, Cone Sul do estado, com valores reais verificados para a safra 2014/2015. Dividiu-se a estrutura geral dos custos em três tópicos: 1) custo operacional: despesas com insumos, mão de obra, semeadura, colheita, dentre outros; 2) custos variáveis: é o custo operacional acrescido de despesas administrativas, impostos, assistência técnica e outros; 3) custo fixo: custo de oportunidade da terra, depreciações, manutenção e seguro. Por fim, o custo total, soma dos custos fixos e variáveis, representando a despesa para se cultivar um hectare de soja, com rendimento esperado de 52 sacas por hectare, a um valor médio de R$ 48,50. O custo operacional para safra de 2014/15 foi de R$ 1.454,72 (30 sacas) e foi o principal componente dos custos por causa principalmente das despesas com insumos, sendo os maiores gastos com fungicidas, sementes e fertilizantes, este último responsável por 27,8% do custo total. Os custos variáveis, somaram R$ 1.920,44 (39,6 sacas) destacando-se, além do custo operacional, os gastos com classificação e com juros do financiamento. Os custos fixos foram de R$ 653,49 (13,5 sacas), sendo que os maiores gastos foram com depreciações e com custo de oportunidade da terra. De acordo com o exposto, o csto total foi de R$ 2.573,94, ou seja, 53,1 sacas por hectare. Considerando o rendimento médio de 52 sacas por hectare, o custo de produção das lavouras de soja na região de Vilhena não demonstra ser totalmente remunerado, sendo 2,1% superior ao valor da produção. Ressalta-se que a remuneração do proprietário (pró- labore) está inclusa nestes custos. A produção de soja em Vilhena é economicamente viável apenas para o curto prazo, sendo que investimentos em ganhos de rendimento podem amenizar o resultado no longo prazo.
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