Influência da estocagem de ovos de Anagasta kuehniella no parasitismo de Trichogramma pretiosum.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BUENO, R. C. O. F.
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: BUENO, A. F., XAVIER, M. F. C.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/908152
Resumo: Para viabilização de liberações de Trichogramma spp. em grandes áreas é necessário a produção do parasitoide em grande escala, que é realizada utilizando-se ovos de hospedeiros alternativos, destacandose a Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae). No entanto, a técnica de armazenamento dos ovos até a utilização pode comprometer a qualidade tanto do hospedeiro quando do parasitoide produzido. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a viabilidade de armazenamento de ovos de A. kuehniella inviabilizados e sem inviabilizar em nitrogênio líquido (- 196°C), ultra-freezer (-80°C), geladeira (4°C) e freezer (-15°C) para a produção de T. pretiosum. Ainda, as temperaturas de armazenamento foram avaliadas em dois tipos de recipientes para o armazenamento, placa de plástico e papel alumínio, além da comparação entre ovos inviabilizados por exposição à luz ultra-violeta e ovos sem inviabilizar. Na testemunha foram utilizados ovos frescos (até 24 h). Os ovos foram oferecidos às fêmeas de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), com menos de 24 h de vida, copuladas e alimentadas. O parasitismo foi permitido por 24 h e posteriormente os ovos foram armazenados em condições controladas de 25 ± 2ºC, umidade relativa (UR) de 70 ± 10% e fotofase de 14 horas. As avaliações do parasitismo foram realizadas semanalmente durante 22 semanas (158 dias). Observou-se que o maior parasitismo (< 60%) ocorreu em ovos inviabilizados, armazenados em geladeira, independente do tipo de recipiente utilizado, podendo nestas condições serem armazenados até 80 dias. Os ovos inviabilizados armazenados em placas de plástico e em freezer também apresentaram parasitismo superior a 60%, mas a partir de 63 dias os valores foram inferiores aos observados em ovos armazenados em geladeira. O parasitismo foi nulo em ovos armazenados em nitrogênio líquido e ultra-freezer, em decorrência da rejeição pela fêmea, que não reconheceu o hospedeiro como adequado ao desenvolvimento de sua progênie. Assim, os ovos inviabilizados armazenados em geladeira até 80 dias são os mais indicados para utilização da multiplicação de T. pretiosum, visando a liberação do parasitoide em campo.
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