Caracterização da resistência do algodoeiro a Ramularia areola e variabilidade molecular do patógeno.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/274253 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivos estudar a estrutura genética e patogênica de isolados de Ramularia areola do Brasil e caracterizar a resposta de resistência no algodoeiro à mancha -de -ramulária. Foi avaliada a variabilidade genética de 28 isolados do patógeno, utilizando-se marcadores RAPD. A avaliação da patogenicidade de 6 desses isolados foi realizada após a inoculacão nas variedades Guazuncho-2 (Gossypium hirsutum) suscetível e VH8-4602 (Gossypium barbadense) resistente à doença. A herança da resistência no algodoeiro à doença foi caracterizada pela medição de intensidade da doença nas variedades Guazuncho-2 (G. hirsutum), suscetível, e VH8-4602 (G. barbadense), resistente à doença, e nas gerações F1 e F2 provenientes do cruzamento entre elas. O polimorfísmo molecular entre as linhagens de G. hirsutum DeltaOpal e CNPA CO-11612, contrastantes fenotipicamente quanto à resistência à doença foi avaliado utilizando-se 118 marcadores SSR e 24 AFLP. Para mapeamento molecular dos genes de resistência, linhagens recombinantes RIL's derivadas do cruzamento entre Guazuncho-2 e VH8 - 4602 foram genotipadadas utilizando marcadores SSR. A análise da estrutura da população de R. areola revelou que as três subpopulações foram semelhantes geneticamente Gst=0.18). Os isolados de Goiás e Minas Gerais obtiveram maior similaridade genética (0,92), que pode estar associada com o alto fluxo genético existente entre as subpopulações que foi de (Nm= 2.20). Quanto à patogenicidade, os isolados de R. areola 9. 1, coletado no estado de Minas Gerais, 8.2 e 8.3 de Goiás, foram mais agressivos na variedade sucescetível Guazuncho-2 . A variedade VH8-4602 apresentou alto nível de resistência à doença. Não foi observada interação diferencial entre os patógenos e as variedades analisadas, sendo a resistência classificada como horizontal. Na análise dos indivíduos das gerações F, e F2, provenientes do cruzamento entre Guazuncho-2 e VH8-4602, a quantificação de sintomas da doença através da contagem de manchas necróticas e pelo número de esporos mostrou variação continua da resistência à doença nos indivíduos da geração F2, indicando que a herança é poligênica. O aparecimento de sintomas e esporulação nos indivíduos F1 mostrou que a resistência é recessiva. O polimorfismo molecular entre as linhagens de G. hirsutum, DeltaOpal e CNPA CO-11612 foi de 6%, portanto baixo, para realizar o mapeamento. Durante genotipagem das RIL's foi verificado que 25% dos marcadores segregaram de acordo com as proporções das leis de Mendel, e 75% desses marcadores apresentaram distorção de segregação, com aumento da proporção de genes do parental G. hirsutum. A baixa variabilidade do patógeno e número de genes de resistência sugere que a resistência genética ao patógeno tenha alta durabilidade. |
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Este estudo teve como objetivos estudar a estrutura genética e patogênica de isolados de Ramularia areola do Brasil e caracterizar a resposta de resistência no algodoeiro à mancha -de -ramulária. Foi avaliada a variabilidade genética de 28 isolados do patógeno, utilizando-se marcadores RAPD. A avaliação da patogenicidade de 6 desses isolados foi realizada após a inoculacão nas variedades Guazuncho-2 (Gossypium hirsutum) suscetível e VH8-4602 (Gossypium barbadense) resistente à doença. A herança da resistência no algodoeiro à doença foi caracterizada pela medição de intensidade da doença nas variedades Guazuncho-2 (G. hirsutum), suscetível, e VH8-4602 (G. barbadense), resistente à doença, e nas gerações F1 e F2 provenientes do cruzamento entre elas. O polimorfísmo molecular entre as linhagens de G. hirsutum DeltaOpal e CNPA CO-11612, contrastantes fenotipicamente quanto à resistência à doença foi avaliado utilizando-se 118 marcadores SSR e 24 AFLP. Para mapeamento molecular dos genes de resistência, linhagens recombinantes RIL's derivadas do cruzamento entre Guazuncho-2 e VH8 - 4602 foram genotipadadas utilizando marcadores SSR. A análise da estrutura da população de R. areola revelou que as três subpopulações foram semelhantes geneticamente Gst=0.18). Os isolados de Goiás e Minas Gerais obtiveram maior similaridade genética (0,92), que pode estar associada com o alto fluxo genético existente entre as subpopulações que foi de (Nm= 2.20). Quanto à patogenicidade, os isolados de R. areola 9. 1, coletado no estado de Minas Gerais, 8.2 e 8.3 de Goiás, foram mais agressivos na variedade sucescetível Guazuncho-2 . A variedade VH8-4602 apresentou alto nível de resistência à doença. Não foi observada interação diferencial entre os patógenos e as variedades analisadas, sendo a resistência classificada como horizontal. Na análise dos indivíduos das gerações F, e F2, provenientes do cruzamento entre Guazuncho-2 e VH8-4602, a quantificação de sintomas da doença através da contagem de manchas necróticas e pelo número de esporos mostrou variação continua da resistência à doença nos indivíduos da geração F2, indicando que a herança é poligênica. O aparecimento de sintomas e esporulação nos indivíduos F1 mostrou que a resistência é recessiva. O polimorfismo molecular entre as linhagens de G. hirsutum, DeltaOpal e CNPA CO-11612 foi de 6%, portanto baixo, para realizar o mapeamento. Durante genotipagem das RIL's foi verificado que 25% dos marcadores segregaram de acordo com as proporções das leis de Mendel, e 75% desses marcadores apresentaram distorção de segregação, com aumento da proporção de genes do parental G. hirsutum. A baixa variabilidade do patógeno e número de genes de resistência sugere que a resistência genética ao patógeno tenha alta durabilidade. |
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