Recuperação de larvas de nematoides tricostrongilídeos em fezes de ovinos em sistemas de monocultivo e silvipastoril.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDREADE, R. P. de
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: FARIA, E. F., KRAMBECK, D. R., LOPES, L. B.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1013187
Resumo: Sistemas integrados de produção como o silvipastoril pode ser uma opção de quebra de paradigmas para o pecuarista, independentemente da espécie animal em questão. O equilíbrio entre os fatores que compõe o sistema é fundamental para o desempenho animal, entre estes fatores podemos destacar a saúde animal devido à complexidade de interações e aspecto multifatorial das doenças parasitárias. O objetivo deste estudo foi avaliar a recuperação de larvas de nematóides tricostrongilídeos (L3) em fezes no sistema de integração Pecuária-Floresta e sistema de pastejo convencional, avaliando a sazonalidade destes parasitas, sua sobrevivência no ambiente e as condições microclimáticas dos sistemas avaliados. O estudo foi implantado em novembro de 2013 no campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, município de Sinop/MT, onde foi conduzido até setembro de 2014 para que fossem realizadas avaliações nas quatro estações do ano. Os módulos experimentais são compostos por 60 amostras de 20 gramas de fezes de ovinos com aproximadamente sessenta mil ovos de nematóides tricostrongilídeos. A cada estação do ano estas unidades são dispostas de maneira inteiramente casualizada em dois diferentes arranjos de pastagem, sendo estes caracterizados como pastagem a pleno sol (Trat. A) e pastagem integrada a componente florestal com renques triplos de eucalipto com espaçamento entre renques de 15 metros (Trat. B). Quatorze dias após a deposição das fezes, em três horários distintos (às 06:00, 12:00 e 18:00 horas) foram coletadas as amostras de fezes remanescentes na superfície. Tais amostras foram encaminhadas ao laboratório para a obtenção do número de L3/kg de matéria seca. Com base no teste de Qui-Quadrado (95% de confiança), a média de L3 nas amostras de fezes do Trat. B foi significativamente superior ao Trat. A, 12.385 e 10.246, respectivamente. Avaliando-se as diferentes estações do ano, a média de L3 recuperadas foi superior no mês de junho (26.110), seguido pela média de março (5.728,84) e dezembro (2108,51), havendo diferença estatística entre todos os períodos. Com relação aos horários de coleta, foram recuperadas um maior número de L3 às 12:00 horas (12.638), mas não houve diferença significativa entre as médias às 06:00 (10.927) e 18:00 horas (10.382). Com base nos resultados, pode-se concluir que as estações do ano foram capazes de influenciar o número de larvas infectantes recuperadas nas fezes independentemente dos tratamentos, porém o sistema silvipastoril apresentou uma maior média quando comparado ao sistema de monocultura de pastagem. Pode-se concluir ainda que o horário de coleta de amostras pode interferir com o resultado de L3 recuperadas nas fezes.
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