A persistente migração rural-urbana.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/657206 |
Resumo: | O êxodo rural perde ímpeto no Brasil todo, mas ainda é expressivo, exceto no Centro-Oeste, por causa da pujança de sua agricultura e do pequeno tamanho de sua população rural. Em 2007, as regiões conservaram, com alguma perda, suas populações rurais de 2000, exceto o Centro-Oeste, cuja população rural aumentou. Não obstante o intenso êxodo rural do pós-década de 60, o pessoal ocupado no meio rural cresceu de 1940 a 1985. Logo, parte da população urbana, nesse período, empregou-se no meio rural. Nos períodos subsequentes a 1985, a ocupação rural decresceu intensamente, e as duas séries (população rural e ocupação) passaram a ter tendências semelhantes, de queda. O corpo do trabalho procura explicar as razões que explicam esse comportamento. O êxodo rural acelera a urbanização. Mas, o crescimento de nossas cidades é cada vez menos influenciado pelo êxodo rural. Pelas estimativas feitas do êxodo rural em relação ao crescimento da população urbana, no período de 1991 a 2000, 33,1% do crescimento da população urbana foi contribuição do êxodo rural. Já no período de 2000 a 2007, é verdade que se trata de um período mais curto, a contribuição do êxodo rural caiu para 19,2%. Muito mais forte que qualquer programa específico para segurar as famílias no campo, de um lado é expandir a demanda de alimentos via exportações e via mercado interno de alimentos, e de outro é dar condições à agricultura de responder à demanda. É essa a lição que o período de 2000 a 2007 encerra, no qual houve forte expansão da agricultura e no qual se manteve a população rural do início do período, sem sermos, pelo menos, capazes de segurar o excedente de nascimentos em relação às mortes. |
id |
EMBR_4379ade80165123aa9c66ffa08420f78 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/657206 |
network_acronym_str |
EMBR |
network_name_str |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
repository_id_str |
2154 |
spelling |
A persistente migração rural-urbana.Êxodo ruralPopulação brasileiraMigração RuralPobreza RuralUrbanizaçãoO êxodo rural perde ímpeto no Brasil todo, mas ainda é expressivo, exceto no Centro-Oeste, por causa da pujança de sua agricultura e do pequeno tamanho de sua população rural. Em 2007, as regiões conservaram, com alguma perda, suas populações rurais de 2000, exceto o Centro-Oeste, cuja população rural aumentou. Não obstante o intenso êxodo rural do pós-década de 60, o pessoal ocupado no meio rural cresceu de 1940 a 1985. Logo, parte da população urbana, nesse período, empregou-se no meio rural. Nos períodos subsequentes a 1985, a ocupação rural decresceu intensamente, e as duas séries (população rural e ocupação) passaram a ter tendências semelhantes, de queda. O corpo do trabalho procura explicar as razões que explicam esse comportamento. O êxodo rural acelera a urbanização. Mas, o crescimento de nossas cidades é cada vez menos influenciado pelo êxodo rural. Pelas estimativas feitas do êxodo rural em relação ao crescimento da população urbana, no período de 1991 a 2000, 33,1% do crescimento da população urbana foi contribuição do êxodo rural. Já no período de 2000 a 2007, é verdade que se trata de um período mais curto, a contribuição do êxodo rural caiu para 19,2%. Muito mais forte que qualquer programa específico para segurar as famílias no campo, de um lado é expandir a demanda de alimentos via exportações e via mercado interno de alimentos, e de outro é dar condições à agricultura de responder à demanda. É essa a lição que o período de 2000 a 2007 encerra, no qual houve forte expansão da agricultura e no qual se manteve a população rural do início do período, sem sermos, pelo menos, capazes de segurar o excedente de nascimentos em relação às mortes.Na publicação: Eliseu Alves.ELISEU ROBERTO DE ANDRADE ALVES, DE/PR; RENNER MARRA, SGE.ALVES, E. R. de A.MARRA, R.2011-04-10T11:11:11Z2011-04-10T11:11:11Z2010-02-0820092017-04-12T11:11:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleRevista de Política Agrícola, Brasília, DF, ano 18, n. 4, p. 5-17, out./dez. 2009.http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/657206porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2017-08-16T04:11:27Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/657206Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542017-08-16T04:11:27falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542017-08-16T04:11:27Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A persistente migração rural-urbana. |
title |
A persistente migração rural-urbana. |
spellingShingle |
A persistente migração rural-urbana. ALVES, E. R. de A. Êxodo rural População brasileira Migração Rural Pobreza Rural Urbanização |
title_short |
A persistente migração rural-urbana. |
title_full |
A persistente migração rural-urbana. |
title_fullStr |
A persistente migração rural-urbana. |
title_full_unstemmed |
A persistente migração rural-urbana. |
title_sort |
A persistente migração rural-urbana. |
author |
ALVES, E. R. de A. |
author_facet |
ALVES, E. R. de A. MARRA, R. |
author_role |
author |
author2 |
MARRA, R. |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
ELISEU ROBERTO DE ANDRADE ALVES, DE/PR; RENNER MARRA, SGE. |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ALVES, E. R. de A. MARRA, R. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Êxodo rural População brasileira Migração Rural Pobreza Rural Urbanização |
topic |
Êxodo rural População brasileira Migração Rural Pobreza Rural Urbanização |
description |
O êxodo rural perde ímpeto no Brasil todo, mas ainda é expressivo, exceto no Centro-Oeste, por causa da pujança de sua agricultura e do pequeno tamanho de sua população rural. Em 2007, as regiões conservaram, com alguma perda, suas populações rurais de 2000, exceto o Centro-Oeste, cuja população rural aumentou. Não obstante o intenso êxodo rural do pós-década de 60, o pessoal ocupado no meio rural cresceu de 1940 a 1985. Logo, parte da população urbana, nesse período, empregou-se no meio rural. Nos períodos subsequentes a 1985, a ocupação rural decresceu intensamente, e as duas séries (população rural e ocupação) passaram a ter tendências semelhantes, de queda. O corpo do trabalho procura explicar as razões que explicam esse comportamento. O êxodo rural acelera a urbanização. Mas, o crescimento de nossas cidades é cada vez menos influenciado pelo êxodo rural. Pelas estimativas feitas do êxodo rural em relação ao crescimento da população urbana, no período de 1991 a 2000, 33,1% do crescimento da população urbana foi contribuição do êxodo rural. Já no período de 2000 a 2007, é verdade que se trata de um período mais curto, a contribuição do êxodo rural caiu para 19,2%. Muito mais forte que qualquer programa específico para segurar as famílias no campo, de um lado é expandir a demanda de alimentos via exportações e via mercado interno de alimentos, e de outro é dar condições à agricultura de responder à demanda. É essa a lição que o período de 2000 a 2007 encerra, no qual houve forte expansão da agricultura e no qual se manteve a população rural do início do período, sem sermos, pelo menos, capazes de segurar o excedente de nascimentos em relação às mortes. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009 2010-02-08 2011-04-10T11:11:11Z 2011-04-10T11:11:11Z 2017-04-12T11:11:11Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Revista de Política Agrícola, Brasília, DF, ano 18, n. 4, p. 5-17, out./dez. 2009. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/657206 |
identifier_str_mv |
Revista de Política Agrícola, Brasília, DF, ano 18, n. 4, p. 5-17, out./dez. 2009. |
url |
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/657206 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) instacron:EMBRAPA |
instname_str |
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) |
instacron_str |
EMBRAPA |
institution |
EMBRAPA |
reponame_str |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
collection |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) |
repository.mail.fl_str_mv |
cg-riaa@embrapa.br |
_version_ |
1794503377427628032 |