A Anemia Infecciosa Eqüina afeta o desempenho funcional dos eqüinos no Pantanal Matogrossense?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: REZENDE, A. S. C.
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: SANTOS, D. R. dos, SANTOS, S. A., LIMA, M. F. N. T. de, SANTIAGO, J. M, MELLITO FILHO, R., BARCELOS, K. M., TRIGO, P.
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1067771
Resumo: A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma enfermidade incurável que acomete os equinos, sendo endêmica no pantanal matogrossense, onde o controle da doença, através do sacrifício dos animais soropositivos não é obrigatório. Um número crescente de proprietários rurais vem se interessando pelos equinos da raça Pantaneira e é neste momento que a AIE passa a ser um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura regional. O estudo objetivou avaliar o desempenho físico dos animais soropositivos para AIE visando obter dados para incentivar o controle da doença no pantanal matogrossense. Foram utilizados 16 equinos machos Pantaneiros, entre 10 e 16 anos, sendo 8 soronegativos(G1) e 8 soropositivos(G2). Os grupos foram mantidos separados em fazendas próximas, na região de Nhecolandia no Pantanal e permaneceram soltos em pastagem nativa, com sal mineral e água à vontade. Antes e após 42 dias de treinamento foram realizados testes de esforço progressivo, em pista gramada, de topografia plana e com 1.500 m de comprimento, onde, um mesmo cavaleiro, deveria percorrer com cada animal no trote, trote alongado, galope reunido e galope alongado. Durante os testes os animais usaram frequencímetro cardíaco e ao final de cada etapa foram monitoradas a frequência cardíaca (FC) e a concentração sanguínea de lactato [La]. Quando os animais atingiam La > 4mmol e FC > 150btm o teste era interrompido. A distância percorrida (DP) foi equivalente ao período do início do teste até que o momento em que ele era interrompido. O Hematócrito (H) foi realizado no repouso, imediatamente após, aos 10, 30 e 60 min. após os testes 1 e 2. Durante o período de condicionamento físico os animais trabalharam em dias alternados durante 1h no passo e galope, sendo que a velocidade do galope correspondeu a 70% da velocidade da FC máxima atingida no 1º teste. Estimou-se através de equação de regressão, a velocidade em que a[La]atingiu 2mmol/L (VLa2), 3mmol/L (VLa3) e 4mmol/L (VLa4). Com esses resultados e os de FC que os grupos atingiram ao final de cada etapa do teste incremental de esforço, foram avaliadas as diferenças de desempenho entre os grupos G1 e G2. Nos dois testes a DP foi maior em G1. Este grupo apresentou H superior (p<0,05) em todos os tempos avaliados após o Teste2. No 1º teste não houve diferença entre os grupos experimentais na FC e na VLa2, VLa3 e VLa4, mas , no teste 2, os animais de G2 apresentaram menor (p<0,05) VLa2, a VLa3 e VLa4 e maior FC nas velocidades de 3,5, 4,2, 5,3 e 8,2m/s. Conclui-se que a AIE deve ser controlada no pantanal matogrossense, pois afeta o desempenho funcional dos equinos para o trabalho, sua principal função na região.
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