Variábilidade espacial do armazenamento de água no solo visando o manejo da irrigação por aspersão.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1156994 |
Resumo: | O conhecimento do armazenamento de água no solo tem importância fundamental para as práticas agrícolas. Quando se deseja dimensionar sistemas ou definir o manejo da irrigação, o procedimento usual é utilizar valores médios assumidos como representativos de toda a área irrigada. No entanto, a variabilidade espacial é uma característica da maioria dos atributos. Neste trabalho, valores de umidade do solo em tensões de interesse agronômico e de lâmina aplicada foram avaliados com os seguintes objetivos: (a) analisar a magnitude da variabilidade, identificar a distribuição estatística e analisar dados discrepantes; (b) verificar a existência de dependência espacial e localizar áreas de menor variabilidade; (c) definir o padrão espacial dos valores de lâmina real necessária e de lâmina aplicada e ( d) avaliar o efeito da variabilidade espacial do armazenamento de água no solo na qualidade da irrigação. O ensaio foi realizado na EMBRAPA/CPAO de XV Dourados, MS, numa área cujo solo é classificado como latossolo roxo argiloso. A área, cultivada com trigo ( Triticum aestivum, L. ), era dotada de um sistema de irrigação por aspersão autopropelido. Demarcaram-se 144 pontos amostrais com espaçamento regular de 5 m, resultando numa malha regular de 8 colunas e 18 linhas. Em cada ponto foi instalado um pluviômetro e e retiradas amostras de solo indeformadas que foram submetidas às tensões de 1 O, 33, 50, 100, 500 e 1500 kPa em câmara de pressão de Richards. As curvas de retenção, após serem ajustadas, foram utilizadas para determinar a umidade na tensão 60 kPa, recomendada para a irrigação do trigo. Os semivariogramas dos dados de umidade nas tensões 1 O e 60 kPa e de lâmina aplicada foram utilizados para construir uma malha de 35 colunas e 85 linhas separadas por 1 m, composta de 3096 pontos. Com os valores de lâmina real necessária e aplicada, determinou-se, para cada ponto da malha 1 x 1 m, o excesso ou déficit hídrico e calculou-se a drenagem profunda e o grau de adequação. Esses parâmetros de desempenho também foram estimados pelo modelo linear. O solo apresentou pequena disponibildade hídrica, provavelmente, devido ao fenômeno da microagregação da fração argila. Os dados de umidade do solo apresentaram distribuição normal, baixa variabilidade e estrutura de dependência espacial com valores de efeito pepita de 14 a 56% da variação total e alcance de 22 m. Os valores de lâmina de irrigação não se ajustaram à distribuição normal, mas apresentaram um nível médio de variabilidade e forte dependência espacial, com efeito pepita da ordem de 3% da variação total e alcance de 28 m. As técnicas geoestatísticas detectaram e descreveram a variabilidade espacial do armazenamento de água no solo e da lâmina aplicada pelo sistema de irrigação. A variabilidade do armazenamento de água no solo não influenciou de forma relevante os índices de drenagem profunda e o modelo linear foi pouco sensível em diferenciar áreas deficientemente e adequadamente irrigadas |
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